sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Para onde vão as nossas coisas quando não estivermos mais por aqui?

Desde que a minha mãe morreu (dois meses e uns dias), tenho pensando muito no destino que os nossos objetos, depois que a gente morre, toma. Não é apego ou coisa parecida (e se fosse tb eu não teria nenhum problema em assumir), mas um pensamento que tem se tornado recorrente depois do que nos aconteceu. Eu, assim como muita gente, tenho acumulado, ao longo da minha pequena vida, alguns objetos (tais como CD´s - já foram os LP´s, um dia-; livros, objetos de decoração; utensílios domésticos, móveis, principalmente, e eles, de certa forma, contam um pouco da minha história (pessoal e profissional tb).
Quanto retornei à cada de meus pais e meu padrasto foi me mostrando alguns objetos de minha mãe fiquei tão emocionado com a história que cada um deles tinha: presentes, bijuterias, roupas, fotografias (de ex-alunos, de amigos, de sua história como professora), cartas pessoais, cartões comemorativos, certificados de cursos e tantas coisas que tiveram o seu tempo (não a importância de sua dona) e a sua história independentemente de minha mãe e que, certamente, terão um destino bastante diferente daquele pensado por ela para essas coisas (eu trouxe de recordação um xale vermelho que a presentei numa de minhas vindas ao Rio; o seu baralho de tarô, dois aneis - bijuterias -, e algumas fotografias).
Que destino dar aos meus CD´s? Aos meus objetos pessoais sem muito valor? Aos objetos que enfeitam os móveis de casa (sei apenas que os livros devem ir para uma biblioteca)?
E depois (de tanto tempo), o que acontecem com eles?
Bem, tenho uma ideia, eles se acabam com o tempo.

3 comentários:

  1. Ainda não passei pela experiência de perder um ente querido e tudo que isto acarreta. Nem imagino como lidar com isto...

    Obrigado pela dica do site!Ótimo início de ano!

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  2. Ah meu amigo, que coisa, penso o mesmo as vezes...

    Quando perdemos o meu pai, eu tive que separar tudo o que era dele e levei pro asilo em Itatiba, 25 dias depois minha mãe teve o AVC, e nunca mais voltou a falar, ai fomos nos desfazendo de tudo, dos objetos, dos móveis, da casa...é como um perder as raizes sabe.
    Não tem mais pai, nem mãe, nem a casa da mãe pra onde a gente sempre ia...e ai quando olho pras minhas coisas penso nisso...força ai e obrigada pelas palavras de força que me escreveu, foi bem assim que senti, mas nada como um dia após o outro, lavamos a cara e continuamos, como tem que ser... um beijo grande!

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  3. É... nunca tinha parado pra pensar nisso ..muito interessante, acho que vou começar a me livrar de algumas coisas para que quando o dia chegar, as passoas não tenha que se fazer essa pergunta...
    Adorei a visita ao meu cantinho e desde já faço parte do seu ..

    Um grande abraço!!

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Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...