domingo, 21 de março de 2010

Cadê as chaves? (texto)

Ontem fui ao cinema, assisti ao filme Uma visão do Paraíso. Gostei bastante. Cenas muito bonitas. Depois da sessão, resolvemos comer alguma coisa e tomar outra para acompanhar. Papo vem, risada daqui, papo vai, risada de lá. Um conta uma história aqui outro conta outra, e como éramos três, tínhamos  muitas histórias para contar. Por volta das 23h, resolvi tomar o caminho de casa (não sou mesmo mais do tipo que entra pela noite). Pagamos a conta, e fomos caminhando em direção à casa de uma amiga, mais ou menos perto de onde estávamos. 
Apalpa daqui, apalpa dali (antes que alguém pense outra coisa, era uma auto-apalpação), encontro o meu celular e a carteira, mas e as chaves de casa? Não estavavam comigo! Voltamos ao boteco. Não estava por lá. Onde elas poderiam estar? No shopping! Cheguei um pouco mais cedo, antes dos amigos, e tomei um café. Eu poderia tê-las esquecido na mesinha da cafeteria.
Observação importantíssima: o shoppinng fecha depois da última sessão de cinema. Ligamos para um táxi, porque em cidades pequenas, como Cascavel, não existe táxi circulando pelas ruas. Ligamos tb para o cinema. O táxi atendeu primeiro. Ah, ninguém atendia no cinema, mas tinha sinal de fax. Se eu tivesse com  meu aparelho de fax, poderia ter enviado um para o cinema, né?
No shopping perguntei ao segurança que perguntou a não sei quem que respondeu para o segurança que me respondeu que as chaves não tinham sido encontradas. Restava apenas o cinema. Ninguém para nos atender, mas uma sessão estava terminando... precisava esperar.
A mocinha dos bilhetes apareceu e perguntei sobre as chaves. Ela me disse que foram encontradas, "MAS (gelei, como é que naquele horário e em Cascavel poderia ter ainda um MAS? - já me explico) a gerente foi embora às 22h30 e como ninguém apareceu para buscá-las, ela as deixou no escritório, trancadas".
Não tinha mais o que fazer, senão ligar para um chaveiro 24h e pedir para abrir a porta de casa. Eis a questão, ligamos para todos os chaveiros de plantão (todos os 4) e eles resolveram desligar o celular, ou seja, não estavam à disposição no sábado à noite. Cidade pequena tem dessas.
Eu não tinha muita escolha. Teria que dormir na casa de um dos amigos. Pensei, pensei, pensei (porque, é claro que preferiria dormir na minha própria casa) e resolvi voltar ao meu prédio. Eu moro no térreo, ao lado do meu apartamento fica o salão de festas. Entre o meu ap. e o salão de festas tem uma pequena área. Se o porteiro tivesse a chave dessa pequena área e eu tivesse deixado alguma janela aberta, daria para entrar porque tenho uma cópia das chaves. O porteiro não tinha a chave da pequena área, mas a chave do salão. O salão tem janelas para a pequena área. As janelas do meu ap. estavam abertas. Não tive dúvidas, pulei, pulei outra vez e, finalmente, entrei em casa.
As chaves de casa dormiram fora. Mas eu, pelo menos, pude escovar os dentes, tomar banho etc. etc. etc.

3 comentários:

  1. Olha aqui meu pedacinho do céu, se vc está comigo e resolve fazer essa aventura toda só pra não dormir fora de casa, o bicho ia pegar!!!!!!!!!!
    Obrigada pelo carinho viu, fiquei com uma vontade daquele abraço!
    Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Adorei a história. Sempre soube que a sua vocação era escrever contos...
    mesmo que tão pequenos ainda são cheios de graça e doçura próprias de quem tem o que contar...
    Abraços,
    Gustavo

    ResponderExcluir

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...