domingo, 20 de junho de 2010

O tempo que tudo devora (texto)

Os livros estão se acumulando sobre a minha escrivaninha, sobre o criado mudo, sobre as prateleiras das estantes, tomam conta do sofá no meu escritório, estão espalhados pela sala, empilhados em forma de colunas na beirada das janelas da minha casa. E não há esperança de que eu consiga dar conta deles. Por hora, apenas consigo desempoeirá-los ou ajeitá-los de forma que fiquem emparelhados.
Leituras imprescindíveis e não consigo realizá-las. Informações essenciais para as aulas e escritas e não consigo fazê-las. Tenho apenas a sensação de que o tempo não para, de que ele devora tudo, inclusive a mim.

2 comentários:

  1. Se meu amadinho largasse essa vida de boemia dava tempo né!
    Não fica bravo não, é só pra te alegrar!
    Bjs querido.

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  2. Tá descrevendo meu quarto? Por enquanto tenho que me contentar só com o espaço dele. Esses dias reclamei que a diarista não tira o pó direito e a mãe "também, filha, dá medo de entrar no teu quarto de tanta bagunça e papel espalhado!"
    Que a gente faz? Queima? Doa (doei uns esses dias, mas o monte continua grande)?

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