sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Se eu estou sem ela, eu estou com ela

Assim como muita gente, que conheço pessoalmente, que conheço de ouvir falar, que não conheço e nunca vou conhecer, no Natal não fico muito animado. Já fiquei, é verdade, mas depois que a minha mãe morreu, não faz muito sentido comemorar a data.
A nossa comemoração era, normalmente, um almoço no dia 25. Nada além disso. Mas era uma comemoração importante porque estávamos juntos.
Trocávamos presentes. Ríamos muitos. E nos lembrávamos sempre das festas antigas nas quais minha avó, minha bisavó e muitos acontecimentos divertidos surgiam. Era sempre assim. E mesmo nesse óbvio era muito bom. Minha mãe era divertida, engraçada, gente boa, uma pessoa do bem. E fazia de tudo para que tudo saísse da melhor forma possível.
Nesses dias de final de ano, me lembro sempre muito dela. A sua presença sempre é muito forte. E aí me dou conta de que estou sozinho, de que estou sem ela. E por isso, o natal não tem o mesmo sentido.
Bem, vou pro Rio como sempre faço. Vou passar, como sempre tenho feito nos últimos anos, o natal com o meu pa(i)drastro, mas mais do que ficar feliz, eu fico melancólico por conta dessas lembranças.
De toda forma, é isso que eu tenho e tendo isso é importante que eu faça disso o melhor que eu possa fazer. E assim que vai ser. 

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