domingo, 9 de julho de 2017

Que tal um filhote de tartaruga?

Meus dias têm sido, desde que o Lacan chegou, limpar xixi e cocô. Como ele ainda não pode sair de casa por causa das vacinas, tudo (inclusive correr, latir, rosnar, roer, teimar) é feito entre a cozinha e a lavanderia. Quando ele está bem calmo (coisa rara para um filhote que não seja de tartaruga, suponho), eu o levo até o sofá da sala para ficar ali comigo vendo TV. Ele fica calmo por uns 3 segundos, no máximo.
Eu acordo cedo, incluindo os finais de semana, para colocar comida, trocar a água e limpar, limpar, limpar. Ele já havia aprendido a fazer o xixi na fralda higiênica, mas faz dois dias que não tem acertado. Na verdade, ora acerta, ora erra (é que de tão cansado, os erros me parecem muito mais frequentes e pesados).
Não é uma fase boa e continuo apostando na próxima: poder sair com ele para caminhar na rua e brincar nos parques para, finalmente, conseguir me divertir um pouco fora de casa.
Estou bem cansado e se eu pudesse dar um conselho a alguém sobre ter um filhote preso num apartamento, eu diria, não o tenha porque não é fácil, sobretudo se vc morar sozinho.
Ontem à noite, ele infernizou a minha vida. Eu tenho outras coisas para fazer além dele e, como ele está restrito àquela área, precisei colocar uma grade entre a cozinha e os quartos para que a ventilação não fosse afetada e eu pudesse assim, sem precisar fechar a porta, saber o que acontece com ele: eu estava no escritório tentando ler uma dissertação e ele não parou de latir. Nos intervalos desse latido, ou ele roía a tal grade ou tentava puxar o tapete e como não conseguia latia ainda mais: latia para mim e para o tapete. Fez isso até me irritar de tal maneira que me levantei e briguei com ele: o que mudou? Absolutamente na-da. Só sossegou na hora em que decidi desligar o computador e me trancar no quarto, aí ele entendeu que era hora de dormir.

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