quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pensamento para todos os dias

NÃO ADIANTA SAIR DO MATO, SE O MATO NÃO SAI DE DENTRO DE VOCÊ. (B. H. Dall Molin)

Explicando o inexplicável (texto)

Técnicos da Prefeitura do Rio de Janeiro são flagrados urinando na rua em "Choque de Ordem". Acho que talvez seja necessário explicar o que significa "Choque de Ordem", vamos lá: é o nome dado pela atual equipe do prefeito eleito da Cidade do Rio, Eduardo Paes, para as medidas adotadas, na cidade, em relação à organização e ao "bom" funcionamento dela.
Dentre as medidas da atual equipe estão: limpar a cidade, destruir construções irregulares, proibir a venda de produtos ilegais, retirar os moradores de rua, aumentar o policiamento da cidade etc.
Feito o parêntese, continuo com aquele papo de urina na rua...
O Secretário de Obras da cidade pede desculpas à população e diz que os técnicos serão advertidos, no entanto, em março, o estudante Thiago da Silva Rocha Paz, 18 anos, foi detido, pelo Secretário Municipal de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, por urinar na rua no desfile do Monobloco, no Centro. Thiago foi levado à 5ª DP (Gomes Freire), autuado e liberado.
A lei penal prevê detenção de três meses a um ano ou multa para ato obsceno, mas a pena pode ser alternativa, como doação de cestas básicas.
"Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço" traduz bem os dois pesos e duas medidas da equipe do atual prefeito.
Não estou justificando o ato do estudante. Acho que urinar na rua não é nada educado, além do cheiro desagradável que isso provoca. Mas todos nós sabemos que não existem banheiros químicos para serem usados em parte alguma da cidade, nem mesmo quando há uma grande concentração de pessoas, como é o caso dos desfiles de blocos na cidade do Rio de Janeiro.
Ou a prefeitura disponibiliza os banheiros ou faz como o Secretário Municipal de Obras, pede desculpas e adverte a população.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Noite de horror - Parte II (texto)

(esquerda abaixo) Victoria Beckham numa mistura de deusa grega com galinha d'angola; Rihanna apareceu com, ah sei lá, acho que disfarçada para que o namorado violento não a reconhecesse; A estilista Stella McCartney foi com aquilo ali, uma espécie de macacão recortado com tesoura de picote; Leighton Meester de vaso chinês!
(a direita acima) Miranda Kerr depois de um confronto com skinhead; Karolina Kurkova não teve tempo de escolher um vestido, foi de camisola mesmo. Anne Hathaway pegou às pressas o vestido de Fabiana Karla (a Dra. Lorka) e deu um jeitinho; Rachel Bilson se enrolou com gazes verdes; Emma Roberts, por sua vez, pegou o abajur que estava sobre o criado-mudo e foi.

Uma noite de horror (texto)

(esquerda) Uma coisa é não entender nada de moda. Outra coisa e não conseguir ver moda naquilo que vejo. Festa de famosos em Nova Iorque: um show de mal gosto.
Jessica Alba vestida de capa de botijão de gás; Gisele Bündchen pronta para a Praça; Raquel Zimmermann vestida de pufe e, finalmente Madonna, homenageando a crise, vestida de papel crepom.
(direita-abaixo) Eva Mendes solvou a noite. Renee Zellweger deve ter cuidado de uma criança antes da festa e olha o resultado: verde-diarreia. Mary-Kate Olsen de cigana de rua. Ashley Olsen de Fantasminha Pluft.
Pensou que foi só isso? Tem mais.

Tudo vira Bosta (texto)

Deu no Globo.com: Mais um escândalo no SENADO FEDERAL!!!! Uma comissão técnica especial do Senado encontrou contratação de serviços de limpeza com valor quase 100% superior ao preço médio do mercado. Os relatórios sobre os contratos de quatro empresas foram entregues na semana passada ao primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), que deu publicidade aos documentos nesta terça-feira (5).

De acordo com o relatório, a Secretaria Especial de Informática (Prodasen) contratou em 2005 uma empresa para realizar serviços de limpeza de forma emergencial (sem licitação) por R$ 269,6 mil mensais. Provavelmente para limpar toda sujeira dos senadores.
A contratação estava autorizada inicialmente para a modalidade de pregão. O órgão promoveu uma pesquisa junto aos interessados na licitação e encontrou como preço médio o valor de R$ 136,2 mil mensais para o mesmo serviço, 97,9% a menos do que o valor do contrato firmado posteriormente.
O valor começou a subir quando o Prodasen, sem autorização da primeira-secretaria, decidiu mudar o modelo de licitação de pregão para contratação emergencial. Foi feita novamente uma pesquisa e encontrado o preço médio de R$ 210 mil, valor abaixo dos R$ 269,6 mil efetivamente pagos.
Neste mesmo contrato foi observado que a fixação dos salários para auxiliares e encarregados de limpeza estão acima dos previstos para a categoria. Por fim, a comissão recomenda que seja evitado o expediente de contratações emergenciais, a elaboração de uma nova licitação por meio de pregão, a redução de 50% dos funcionários para a limpeza e o compromisso de que os serviços deverão ser contratados com base na área física a ser limpa, com estimativas de custo por metro quadrado.

Outros contratos

Em outro contrato auditado pela comissão também foram encontrados valores pagos acima dos de mercado. No caso de uma empresa contratada por R$ 244,6 mil mensais para realizar serviços de arquivo, a comissão afirma que contrato semelhante na Casa paga valores menores por funcionário, embora não especifique o quanto menos.
Neste caso, a comissão sugere a revogação do contrato para buscar “salários mais vantajosos”. Propõe também a redução de 25% do efetivo e a supressão de categorias que tenham atribuições similares a exercidas por funcionários do quadro do Senado.
Nos outros dois contratos analisados, os problemas são menores. Um deles trata de serviço de vigilância de apartamentos funcionais e da residência oficial do Senado e foi reajustado no ano passado. A comissão sugere a unificação dos contratos da área de vigilância.

No outro contrato, de prestação de serviços de manutenção do sistema elétrico e de cancelas eletrônicas, foi encontrado um pagamento a maior de R$ 195 mensais desde outubro de 2007, para o qual é pedido ressarcimento.
Não podemos perder de vista que TODOS eles estão lá nos representando. Todos foram escolhidos democraticamente através dos nossos votos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Uma alegria para sempre (Mário Quintana)

(para Helena Quintana)
As coisas que não conseguem ser olvidadas
continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre
onde as datas não datam.
Só no mundo do nunca existem lápides...
Que importa se - depois de tudo - tenha "ela" partido
casado, mudado, sumido, esquecido, enganado,
ou que quer que te haja feito, em suma?
Tiveste uma parte da sua vida que foi só tua e, esta,
ela jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que, a
o contrário do que pensas,
fazem parte de tua vida presente
e não do teu passado.
E abrem-se no teu sorriso mesmo quando,
deslembrado deles, estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto deves à ingrata
criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
- disse, há cento e muitos anos,
um poeta inglês que não conseguiu morrer.

(80 anos de poesia/Mário Quintana: organização Tânia Franco Carvalhal. - 7 ed. - São Paulo: Globo, 1996)

A vida sem poesia é uma bosta! (texto)

Gosto muito de poesia só que faz muito tempo (muito mesmo) que não leio nada. Hoje no almoço com uma grande amiga (Jacicarla) fui lembrado de que poesia existe e que a vida sem poesia é uma bosta. Minha vida está uma bosta faz muito tempo.
Quase todo o meu dia é dedicado ao trabalho: ler livros (teóricos), preparar aulas, ler trabalhos de alunos, corrigir provas, preparar exercícios, corrigir exercícios, ler dissertação, projetos, teses, escrever projetos, atender alunos, pensar no jornal do vestibular e na prova do vestibular, pensar no vestibular indígena, falar com professor, escrever texto para possíveis pubicações, preparar palestras, seminários, pensar em congressos, pensar e escrever textos para esses congressos, participar de bancas de avaliação dos colegas, reuniões, participar de bancas de estágio probatório de colegas, ler livros (teóricos) e tudo outra vez.
Tenho pouco tempo dedicado ao que realmente gosto de fazer (não que eu odeio o meu trabalho, mas quando a gente apenas trabalha ele começa a ocupar a vida de forma cansativa).
Gosto muito de conversar e se possível uma conversa que me faça rir. Eu rio bastante, mas já ri muito mais. Hoje em dia eu rio pouco porque quase sempre estou mal humorado por causa do trabalho. Gosto também das aulas de francês, mas me pergunte quando foi a última vez que fui à aula? Acho que a professora não se lembra mais de mim.
Hoje passei o dia na universidade: cheguei bem cedo para duas aulas de linguísticas (7h50min). Sempre chego cedo. Depois das aulas fiquei lendo alguns projetos para à tarde poder falar sobre eles.
Passei a tarde inteira sentado diante de uma plateia com mais dois professores fazendo comentários sobre os projetos de mestrado de 6 alunos. Saí da universidade às 17h. Exausto, sem energia nenhuma, só com vontade de deitar e dormir umas quatro semanas.
Eu preciso urgentemente dar um jeito na minha vida ou ela fica do jeito que está. E do jeito que ela está não está me agradando.

domingo, 3 de maio de 2009

Lugar de homem é na cozinha (texto)

Gosto muito de bacalhau. Minha avó, mãe de minha mãe é casada com um português (cujo nome não é Joaquim) e por isso bacalhau na casa deles era prato semanal, como a feijoada nas quartas ou sábados lá no Rio de Janeiro. Eu podia ter escrito que o meu avô é português, mas como não era ele quem cozinhava achei melhor fazer aquela curva explicativa. Uma coisa é gostar de bacalhau outra é saber fazê-lo.
Depois que minha avó deixou de cozinhar, só comia bacalhau ou na casa dos amigos ou em algum restaurante (minha mãe sempre foi um desastre na cozinha). Mas é claro que achava isso vergonhoso, (não a minha mãe ser um desastre, mas depender do outro para comer alguma coisa) porque julgo não saber fazer quaisquer pratos somente por conta da preguiça. Basta um livro de receito para fazer um prato. É claro que ir à casa dos amigos ou a um restaurante é bem mais prático.
Tenho um grande amigo chamado Marcelo Iran e ele me ensinou faz alguns anos uma receita de bacalhau fácil e deliciosa. Vamos a ela.
Bacalhau ao Iran
Ingredientes:
1 quilo de bacalhau; 1 dúzia de ovos; 2 quilos de batata; 2 brócolis; 2 potes de requijão; 1 litro de azeite extra virgem.
Praparando:
cozinhar os ovos e cortá-los em rodelas; cozinha os brócolis e usar apenas a flor; praparar um purê de batata com o requijão; cozinhar o bacalhau até dessalgá-lo e depois desfiá-lo; bacalhau desfiado e dassalgado misturar numa panela com meio livro de azeite extra-virgem (primeira etapa).
Montando o prato:
uma camada de ovos, sobre essa camada, uma camada de brócolis, sobre essa, uma de bacalhau (ad infinutun); prato preparado, despeje sobre as camadas o meio litro que sobrou de azeite (é isso mesmo, muito azeite); sobre tudo isso o purê de batatas feito com requeijão (cubra tudo como se estivesse colocando sobre um bolo a cobertura).
Forno:
40 minutos de forno e pronto.

Posso garantir que é muito bom! Nâo tem como dar errado ou ficar ruim. mesmo. Experimentem!


sábado, 2 de maio de 2009

Augusto Boal (1931-2009) (texto)

Boal foi fundador do Teatro do Oprimido: teoria e prática que interpela o homem em ator. Segundo o diretor, "O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo, pois todos os seres humanos são atores porque atuam...". Metodologia internacionalmente conhecida que alia teatro a ação social.
Um dos únicos homens de teatro a escrever sobre sua prática, formulando teorias a respeito de seu trabalho, tornou-se uma referência do teatro brasileiro e internacional. Principal liderança do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 1960.
Escreveu O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas, 1975; 200 Exercícios para Ator e o Não-Ator com Vontade de Dizer Algo através do Teatro, 1977; Técnicas Latino-Americanas de Teatro Popular, 1979; Stop: C'est Magique, 1980; Teatro de Augusto Boal, vol. 1 e 2, 1986 e 1990; Jogos para Atores e Não Atores, 1988; Teatro Legislativo, 1996.
Escreve dois textos autobiográficos, Milagre no Brasil, em 1977, e Hamlet e o Filho do Padeiro, em 2000.
Entre outros significativos títulos e prêmios angariados por Boal no exterior, destacam-se o Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres, outorgado pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França, em 1981, e a Medalha Pablo Picasso, atribuída pela Unesco em 1994. Em 2009, é nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco.
Fiz, na época da graduação, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), uma oficina sobre o Teatro do Oprimido com o diretor e naquela época pouco tinha ouvido falar sobre ele e a sua obra, mas nos encantamos com a possibilidade de estar no palco ouvindo tantas ideias saindo de uma só cabeça: "Ser cidadão, meus companheiros, não é viver em sociedade: é transformar a sociedade em que se vive!"

O tempo e as pedras (nanotexto)

O tempo sempre sabe mais como agir e as pedras às vezes duram pouco (ML).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º de Maio (texto)

O 1º de Maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, é uma data usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história . Ela reporta ao ano de 1886, no qual ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores em Chicago, E.U.A..
Os trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a carga horária diária pela qual eram submetidos (13 horas). A greve paralisou os Estados Unidos.
No dia 3 de maio, houve vários confrontos entre manifestantes e a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos trabalhadores. Esses protestos ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional decretou o dia daquelas manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas diárias de trabalho.
Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.
Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1925 no governo de Rodrigues Alves. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

X-MEN (Filme)

X-Men não é um sanduíche de homem, antes que me perguntem, mas um filme de ação, efeitos especiais, lutas e carros explodindo. Assim, pode parecer que é um daqueles enlatados americanos, fast-food sem sabor nenhum. Não mesmo! X-MEN Origins Wolverine é um superfilme de ação que pega carona nas produções que recontam, depois de estreias bem-sucedidas no cinema, dentre as quais X-MEN, depois X-MEN2 e na sequência X-MEN - O confronto Final, a história que deu origem ao mutante-master.
Não perdi nenhum. Acompanho os mutantes e sou fã dessas sequências: vibro com os superpoderes de cada um deles e os leio como metáfora da diversidade, em vários sentidos.
As cores do filme, os efeitos especiais e, sobretudo, o dom de cada um deles são espetaculares. Neste filme, montamos, finalmente, o quebra-cabeça que nos era apresentado em flash nos filmes anteriores sobre o surgimento do Wolverine. Vale à pena ver de novo. E vou!

Lei de Imprensa (texto)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (30), por maioria, derrubar a Lei de Imprensa. Sete ministros seguiram o relator do caso, Carlos Ayres Britto, de que a legislação é incompatível com a Constituição Federal. Três foram parcialmente favoráveis à revogação, e apenas o ministro Marco Aurélio votou pela manutenção da lei.
Com a decisão do STF, nos casos em que for cabível, será aplicada a legislação comum, como o Código Civil e o Código Penal.
A ação contra a lei 5.250 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento começou no dia 1º de abril, quando o relator votou pela total revogação, argumentando que a lei, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal de 1988.
Um dos pontos de maior debate entre os ministros foi a questão do direito de resposta. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez a defesa mais contundente pela manutenção dos dispositivos da Lei de Imprensa relativos ao tema: "Vamos criar um vácuo jurídico em relação aquele que é o único direito de defesa do cidadão, a única forma de equalizar essa relação, que é desigual", afirmou.
"Por que considerar a Lei de Imprensa totalmente incompatível com a Constituição Federal? A liberdade de imprensa não se compraz com uma lei feita com a intenção de restringi-la", afirmou o ministro Menezes Direito, primeiro a votar hoje, seguindo o relator. "Nenhuma lei estará livre de conflito com a Constituição se nascer a partir da vontade punitiva do legislador."
"Trata-se de texto legal totalmente supérfluo, pois se encontra contemplado na Constituição", disse o ministro Ricardo Lewandowski. Também votaram nesse sentido os ministros Cesar Peluzo e Cármen Lúcia.

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...