sexta-feira, 10 de julho de 2009

HARRIET


(No fundo do peito esse fruto apodrecendo a cada dentada. Macalé & Duda, Hotel das Estrelas)


Chamava-se Harriet mas não era loura. As pessoas sempre esperavam dela coisas como longas tranças, olhos azuis e voz mansa. Espantavam-se com os ombros largos, a cabeleira meio áspera, o rosto marcado e duro, os olhos escurecidos. Harriet não brincava com os outros quando a gente era criança. Harriet ficava sozinha o tempo todo. Mesmo assim as pessoas gostavam dela. Quase todo mundo foi na estação quando eles foram embora para a capital. Ela estava debruçada na janela, com os cabelos ásperos em torno das maças salientes. Eu fiquei olhando para Harriet sem conseguir imaginá-la no meio dos edifícios e automóveis. Acho que senti pena - e acho que ela sentiu que eu sentia pena dela porque de repente fez uma coisa completamente inesperada. Harriet desceu do trem e me deu um beijo no rosto. Um beijo duro e seco. Qualquer coisa como uma vergonha de gostar. Essa foi a primeira vez que eu vi os pés dela. Estavam descalços e um pouco sujos. Os pés dela eram os pés que a gente esperava de uma Harriet. Pequenos e brancos, de unhas azuladas como de criança. Eu queria muito ficar olhando para seus pés porque achei que só tinha descoberto Harriet na hora dela ir embora. Mas o trem se foi e ela não olhou pela janela. Um tempo depois a gente viu a fotografia dela numa revista com um vestido de baile. Harriet era manequim na capital. Todo mundo falou e comprou a revista. Quase todos os dias a gente via suas fotos em jornais. Harriet era famosa. A cidade adorava ela mas ela nunca escreveu uma carta para ninguém. Muito tempo depois eu a vi outra vez. Eu estava trabalhando num jornal e tinha que fazer uma entrevista com ela. Harriet estava sozinha e não ficou feliz em me ver. Continuava grande e consumida e tinha nos olhos uma coisa cheia de dor. Fumava. Falei da cidade, das pessoas, das ruas, mas ela pareceu não lembrar. Contou-me de seus filmes, seus desfiles, suas viagens - contou tudo com uma voz lenta e rouca. Depois, sem que eu soubesse por que, mostrou-me uma coisa que ela tinha escrito. Uma coisa triste parecida com uma carta. Tinha um pedaço que nunca mais consegui esquecer e que falava assim:


sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meus deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus mas como você me dói de vez em quando.


Quando eu terminei de ler eu tinha vontade de chorar e fiquei uma porção de tempo olhando para os pés dela. E pensei que ela parecia ter ecrito aquilo com os pés de criança e não com as mãos ossudas. Eu disse para Harriet que era lindo mas ela me olhou com aquela cara dura que a gente não esperava de uma Harriet e disse que não adiantava ser lindo. Tive vontade de fazer alguma coisa por ela. Mas eu só tinha uma vaga numa pensão ordinária e um número de telefone sempre estragado. Eu não podia fazer nada. E se pudesse ela também não deixaria. Fui embora com a impressão que ela queria dizer alguma coisa. Três dias depois a gente soube que ela tinha tomado um monte de comprimidos para dormir, cortou os pulsos e enfiou a cabeça no forno do fogão a gás. Foi muita gente no enterro e ficaram inventando estórias sujas e tristes. Mas ninguém soube. Ninguém soube nunca dos pés de Harriet. Só eu. Um desses invernos eu vou encontrar com ela no meio duma praça cinzenta e vou ficar uma porção de tempo sem dizer nada só olhando e pensando: que pena - que pena, Harriet, você não ter sido loura. De vez em quando, pelo menos.


(Para Luzia Peltier, que soube dela)

“O HOMEM E A MORTE” (poesia)

O homem já estava deitado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.
Não era pancada forte.
Contudo, ele se assustou,
Pois nela uma qualquer coisa
De pressago adivinhou.
Levantou-se e junto à porta
- Quem bate? Ele perguntou.
- Sou eu, alguém lhe responde.
- Eu quem? Torna. – A Morte sou.
Um vulto que bem sabia
Pela mente lhe passou:
Esqueleto armado de foice
Que a mãe lhe um dia levou
.
Guardou-se de abrir a porta,
Antes ao leito voltou,
E nele os membros gelados
Cobriu, hirto de pavor.
Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver – uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.
A luz de quem nesta vida
Tudo viu, tudo perdoou.
Olhar inefável como
De quem ao peito o criou.
Sorriso igual ao da amada
Que amara com mais amor
.
- Tu és a Morte? Pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
-Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? Ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
E o Anjo foi-se aproximando,
A fronte do homem tocou,
Com infinita doçura
As magras mãos lhe cerrou...
Era o carinho inefável
De quem ao peito o criou
.
Era a doçura da amada
Que amara com mais amor.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Haikai (poesia)

Tem político que faz do público privada.

O buraco é mais fundo e mais lamacento (texto)

A Fundação José Sarney - entidade privada instituída pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente da República - desviou para empresas fantasmas e outras da família do próprio parlamentar dinheiro da Petrobras repassado em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca saiu do papel, segundo informações da edição desta quinta-feira (9) do jornal "O Estado de S. Paulo" .
Do total de R$ 1,3 milhão repassado pela estatal, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço com endereços fictícios em São Luís (MA) e até em uma conta paralela que nada tem a ver com o projeto.
Uma parcela do dinheiro, R$ 30 mil, foi para a TV Mirante e duas emissoras de rádio, a Mirante AM e a Mirante FM, de propriedade da família Sarney, a título de veiculação de comerciais sobre o projeto fictício. A verba foi transferida em 2005 após ato solene com a participação de Sarney e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
A estatal repassou o dinheiro à Fundação Sarney pela Lei Rouanet, que garante incentivos fiscais às empresas que aceitam investir em projetos culturais. Mas esse caso foi uma exceção. Apenas 20% dos projetos aprovados conseguem captar recursos.
O projeto de Sarney foi aprovado pelo Ministério da Cultura em 2005 e está em fase de prestação de contas na pasta. Antes da aprovação, o próprio Sarney chegou a enviar um bilhete ao então secretário executivo e hoje ministro da pasta, Juca Ferreira, pedindo para apressar a tramitação.
Em 14 de dezembro, o ministério comunicou que o projeto estava aprovado e, no dia seguinte, a Petrobras anunciou a liberação do dinheiro.

Petrobras:
Procurada, a estatal informou que a fundação foi incluída no programa de patrocínio como “convidada” e por isso não teve de passar pelo processo de seleção.
O objetivo do patrocínio, que a fundação recebeu sem participar de concorrência pública - que a estatal faz para selecionar projetos -, era digitalizar os documentos do museu.
“Processamento técnico e automação do acervo bibliográfico”, como diz um relatório de contas. Pela proposta original, que previa o cumprimento das metas até abril de 2007, computadores seriam instalados nos corredores do museu, sediado num convento centenário no centro histórico de São Luís, para que os visitantes pudessem consultar online documentos como despachos assinados por Sarney na época em que ocupava o Palácio do Planalto. Até ontem, não havia um único computador à disposição dos visitantes.

Prestação de contas:
A Fundação José Sarney informou que foram cumpridas “todas as metas privilegiadas no contrato de patrocínio da Petrobras”. Argumentou ainda que as empresas de comunicação da família Sarney receberam recursos em razão da “média de audiência comprovada” no Maranhão. A resposta enviada ao jornal "Estado de São Paulo" é assinada pelo presidente da entidade, José Carlos Sousa e Silva.
Ele confirma que R$ 100 mil foram repassados a uma “conta administrativa” da fundação. Alegou que o recurso foi usado para “pagamento de projetos”. Informa ainda que os outros R$ 45 mil transferidos a essa conta paralela foi um “remanejamento”.
O montante, explicou, foi devolvido logo depois à conta criada para o projeto. A Fundação José Sarney enviou ainda cópia do termo de recebimento de prestação de contas enviado à Petrobras.

Vai ou não vai? (texto)

Sem o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), a situação do presidente do Senado, José Sarney, está cada vez mais delicada. É claro que o seu partido, PMDB, dá alguma sustentação, mas não garante a permanência do senador: a estretégia de aguardar o recesso que começa na próxima quarta-feira, 15, e com isso ganhar algum tempo. As denúncias são tantas, as medidas tomadas não correspospondem à gravidade do problema: nomeações, exonerações, pagamentos de horas extras, pagamentos de planos de saúde odontológicos e clínicos para familiares de ex-parlamentares, entre outras aberrações inadmissíveis num estado democrático de direito.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Paris (filme)

Paris conta a história de dois irmãos. Ele acha que vai morrer e passa, por conta disso, a olhar as pessoas de uma outra forma, dá a sua vida uma outra perspectiva.
O filme mostra algumas faces da cidade: a xenofobia da dona da padaria, a ilusão do romance entre um professor e sua aluna, o desejo de imigrantes de uma vida melhor, tudo isso ligado por uma linha tênue como a vida, que pode se extinguir a qualquer instante.
A música é delicada e envolvente. O filme é divertido e triste.
E já que somos movidos pelo amor, pelo desejo, Paris é o melhor lugar para se estar.

Balangandãs - Ná Ozzetti (CD)

Ná Ozzetti nunca surpreende porque o seu repertório sempre é bom demais e assim temos a disposição, a cada novo trabalho, boas músicas, excelentes interpretações, arranjos cuidadosos. É ouvir e se apaixonar pelo seu jeito de cantar, sem falar que nesse jeito tão especial notamos que as músicas têm letras.
Balangandãs, o seu mais recente CD, traz canções de Assis Valente, Synval Silva, Ary Barroso, Dorival Caymmi e Braguinha eternizadas na voz de Carmem Miranda.
Eu destacaria, "
O Samba e o Tango", "Camisa Listrada" (com arranjo e interpretação fantásticos), "Touradas em Madri", "Na Batucada da Vida", "Tic Tac do Meu Coração" e "Adeus Batucada", entre tantas outras. São 15 músicas bem cantadas. Comprei na sexta, dia 03 de julho, e não parei de ouvir.
iniciou sua carreira musical com o grupo
Rumo, com o qual fez muitos espetáculos e gravou 7 LPs. Seu primeiro álbum solo em 1988, intitulado simplesmente Ná Ozzetti. No segundo CD, Ná, passou também a compor, tendo ganho com esse disco o prêmio Sharp de melhor disco e arranjos no segmento pop-rock. Em 1996 lançou o CD Love Lee Rita, em homenagem à conterrânea Rita Lee. Seguiram-se os CDs Estopim e Show, este com clássicos da MPB. O CD Piano e Voz é lançado em 2005 em parceria com André Mehmari, reunindo canções nacionais de várias épocas e também internacionais. Tenho TODOS, com muito orgulho!
Eu recomendo!


domingo, 5 de julho de 2009

De repente, Califórnia (filme)

Homossexuais assistiram sempre a filmes românticos entre um homem e uma mulher sem que isso fosse impedimento para ir ao cinema e tb gostar dos filmes: finais felizes, cenas de amor e carinhos, beijos etc. Agora é a vez de héteros tb terem a oportunidade de ver um ótimo filme de amor entre dois homens sem que isso seja um problema: cenas de surf, skate, praias lindas, um trilha sonora de deixar os ouvidos felizes.
Embora filmes gays sejam um segmento forte em grandes cidades americanas como Nova York e São Francisco, no Brasil, onde mais de 3 milhões de pessoas se reúnem em paradas de afirmação da sexualidade, eles ainda são pouco explorados. O panorama pode começar a mudar com o romance De Repente, Califórnia, primeiro lançamento do selo Filmes do Mix, que deve agradar (e muito) à plateia. Com atores talentosos, bonitos e sarados, além de um roteiro plausível e reflexivo, a trama mostra os dilemas de Zach (Trevor Wright). Esse jovem californiano tem uma namoradinha, trabalha em uma lanchonete e adora pegar ondas. Mas ocupa a maior parte de seu tempo livre cuidando do sobrinho pequeno (Jackson Wurth), praticamente renegado por sua irmã (Tina Holmes). Quando Zach reencontra Shaun (Brad Rowe), o irmão mais velho de seu melhor amigo, rolam altos papos, afinidades e... a amizade vira atração.
Sensível e bem acabado. Vale à pena ver.

sábado, 4 de julho de 2009

Gostoso como chuchu (texto)

Estou no aeroporto de Curitiba. Estou desde às 10h30 aguardando o voo para o Rio. Estou cansado, desanimado com a demora. Ficar num aeroporto durante tanto tempo é tão empolgante quanto comer um prato de chuchu. Não, acho que um prato de chuchu com shoyu tem mais sabor do que estar por aqui e não ter o que fazer. Já li, já comi, já andei, mas o tempo não passa. Já prestei atenção na conversa dos outros, já quase dei cascudos numa criança que insistia em passar debaixo da minha cadeira, já chupei trinta balas, já liguei para alguns amigos, já recebi ligações, já acordei e dormi, mas o tempo não passa.
Só me resta escrever...e é isso que estou fazendo. Tem uns adolescente aqui ao meu lado que tb estão reclamando da falta do que fazer. Eles, pelo menos, estão em bando e podem falar e rir das besteiras que os amigos falam. Eu tb posso rir dessas besteiras, mas não é muito educado ficar rindo do assunto dos outros.
Por enquanto, é o que tenho para fazer: olhar quem passa por mim e insistir aqui neste texto.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sou menino ou menina? (texto)

Alguns pais decidem não querer saber o sexo da criança durante a gestação. Esperam pela hora do parto para descobrirem se é um menino ou uma menina. Até aí tudo igual faz alguns anos. Mas um casal de 24 anos na Suécia levou esta prática além dessa realidade. Eles se recusam a dizer o sexo de sua criança, que já tem dois anos e meio de idade. “Queremos que Pop (nome fictício para proteção da criança) cresça com maior liberdade e que não seja forçado a um gênero que o/a moldará”, disse a mãe.
Pop usa vestidos e também calças masculinas e seu cabelo muda do estilo feminino para o masculino a cada manhã. Apesar de Pop saber as diferenças entre um menino e uma menina, os pais se recusam a adotar pronomes para chamar a criança.
A controversa atitude do casal gerou um intenso debate no país. O jornal sueco que entrevistou os pais, The Local, conversou com a pediatra sueca Anna Nodenström do Instituto Karolinska sobre os efeitos a longo prazo no comportamento da criança. “Afetará a criança, mas é difícil de dizer se fará mal a ela”, diz a pediatra. “Não sei o que os pais querem com isso, mas certamente ela será diferente”, completou. Anna ainda afirmou que quando Pop entrar na escola, se seu gênero ainda for desconhecido, ela chamará muito a atenção dos coleguinhas.
A psicóloga canadense Susan Pinker autora do livro The Sexual Paradox, também entrevistada pelo jornal sueco, disse que será difícil manter incógnito o sexo da criança por muito mais tempo. “As crianças são curiosas sobre suas identidades e tendem a gravitar em torno das de mesmo sexo no começo da infância”. Pop logo ganhará um irmãozinho ou irmãzinha, porque a mãe está grávida. Ela afirmou que irão revelar o gênero ”quando Pop quiser”.
O que você acha disso? De perto, ninguém é normal!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Poema

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança

E o medo era motivo de choro

Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa

Morna e ingênua

Que vai ficando no caminho

Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás
(Cazuza)

Enlouquecido, Jornalista do CQC se atira no chão! (texto)

O Senado Federal amanheceu esta quinta-feira (2) com cordões de isolamento instalados na entrada do plenário e na porta do gabinete do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), impedindo o acesso de jornalistas a essas áreas. Na chegada de Sarney ao Senado nesta manhã os profissionais de imprensa foram impedidos por um forte aparato de segurança de realizar as tradicionais perguntas sobre o possível afastamento do presidente do comando da Casa, devido à crise gerada pelas denúncias de atos secretos, irregularidades em nomeações e contratos do Senado.
Segundo a assessoria do presidente, a decisão de isolar certas áreas foi adotada em virtude de incidentes que teriam ocorrido na tarde desta quarta-feira (1), quando Sarney deixava o Senado. "Ontem, quase derrubaram o presidente. Foi por causa disso", explicou o porta-voz do presidente, Chico Mendonça.
As imagens mostram que o Jornalista sequer chegou perto de Sarney e que se houve algum tumulto ou se o Presidente do senado quasse foi derrubado, foi justamente devido às atitudes dos seus seguranças.
Na quarta, a equipe do programa humorístico "CQC" tentou entrevistar Sarney. O repórter do programa acusa os seguranças do Senado de agressão; a Polícia do Senado nega a violência e diz que o repórter se jogou no chão (sic). Nesta quinta, Sar
ney deve se encontrar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Depois disso, o peemedebista deve conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a sua possível renúncia da presidência do Senado. Também o PT deve encontrar Lula para tratar da crise na Casa.
As práticas são as mesmas desde a época da ditadura militar, quando os jornalistas não apenas se jogavam no chão, num ataque de loucura, mas batiam nos próprios rostos ou ajoelhavam-se evidenciando, assim, as suas insanidades. Loucura total!!!

Foto: Dida Sampaio/Agência Estado.

Ainda Sarney (texto)

Fico, sinceramente, passado com a atitude dos SENADORES que em nome da moral e tb em nome da ética e, principalmente, "preocupados com que a sociedade vai pensar do Senado Nacional" estão pedindo ao Presidente da Casa, José Sarney, que se afaste do cargo que ocupa para que as irregularidades possam ser apuradas.
Como é? Em nome da moral e da ética? Quem mesmo? PSDB e DEM? O que será que esses senadores entendem por moral e ética?
Não estou, em hipótese alguma, dizendo aqui que o Sarney não deva se afastar. Estou dizendo que o Senado, ou quase 90% dele, se afaste em nome da moral e da ética e, principalmente, se estão realmente preocupados com a opinião pública.
Acho que a opinião pública (sic) depois dessa atitude vai mesmo acreditar nos senadores e em suas práticas. Vou rir um pouco e depois volto.

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...