segunda-feira, 10 de maio de 2010

À minha mãe (texto)

Lembro-me pouco da minha infância, não faço ideia das noites em que a senhora e meu pai ficaram acordados porque alguma coisa me incomodava. Minha memória é muito ruim. Lembro-me apenas que eu era um chorão, por outro lado estou quase sempre rindo muito nas poucas fotografias dessa época. Isso é um bom sinal! Tive uma boa infância. Recebi muito carinho da minha mãe (do pai, por circunstâncias que não me dizem respeito, pouco tempo tivemos juntos). Tenho, além desse carinho, boas recordações de nossa convivência: como eu ri com Heloísa, como eu me diverti sozinho com ela em casa, como passeamos juntos pela cidade, por outras cidades, como chorei em sua companhia, como fui consolado, como não tive vergonha de ser criança, depois de homem velho, no momento de um abraço de chegada ou de partida.
Sei que tenho muito dela em mim. Queria, de verdade, ter muito mais, porque ela foi um exemplo de disciplina, de ética, de respeito (tudo isso respeitando os seus limites). 
Fiquei ontem, dia das mães, me lembrando dos bolos que sempre tinham problemas na hora de comê-los: ou ficaram moles demais, duros demais, doces demais, salgados demais. E como isso era divertido! Teve a fase (porque ela era péssima na cozinha) do bolo de cenoura com cobertura de chocolate, da torta de maçã que não descia nem com reza forte, do mingau de aveia, da sopa que eu odiava. Teve a fase tb de eu comer tudo isso e dizer que era a melhor comida do mundo! E ela não acreditar, é claro!
Ela me conhecia muito e não me perguntava nada que pudesse me constranger. Nenhuma pergunta desse tipo durante todos os nossos dias juntos. Que saudade!
Sempre um presentinho no meu aniversário, mesmo quando a situação era de muita dureza. Um beijo, um abraço, um afago. Como eu gostava de deitar em seu colo e ela passar as mãos, as mais macias desse e de todos os mundos, nas minhas costas. Tentei retribuir esse carinho. Tomara eu tenha conseguido!!! Brigamos sim, brigávamos quase sempre, mas eu, muito parecido com ela, meio minuto depois já estava falando qualquer bobagem.
O seu amor era tão grande que às vezes me sufocava. Sua preocupação tão intensa que eu ficava irritado. Tantas perguntas que eu ficava sem respostas: comeu? tá bem? tá dormindo bem,? precisando de dinheiro? quer me dizer alguma coisa? foi ao médico? vai aonde? que horas volta? Tantos conselhos para todos os momentos: olha a hora do colégio! cuidado com essa cidade! nada de chegar em casa pela manhã! essa camisa está toda amarrotada! venha comer! tá na hora de dormir! estuda! Que saudade!
Queria acreditar que um dia a gente ainda vá se encontrar: seja lá o que isso possa significar! Muito bom tê-la por tantos anos sempre perto e sempre disposta. Te amo muito.

sábado, 8 de maio de 2010

I Seminário Internacional de Diversidade, Etnia e Formação

Uniioeste/Cascavel - 13-15 de maio

PROGRAMAÇÃO

Dia 13 de maio de 2010.
Quinta-feira.

NOITE 
(CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER)

Às 19 horas: Abertura.
Às 19h30: Palestra - Prof. Dr. Toni Reis “Diversidade”
Às 21h30: Café Cultural.
Às 21h45: Debate - Prof. Dr. Toni Reis “Diversidade”
Às 22h30: Encerramento
Dia 14 de maio de 2010.
sexta-feira.

MANHà
(UNIOESTE - AUDITÓRIO CAMPUS CASCAVEL)
Às 8 horas: Abertura.
Às 8h30: Palestra - Prof. Dr. Adebayo Abidemi Majaro (Nigeriano)
Às 10 horas: Café Cultural.
Às 10h15: Debate - Prof. Dr. Adebayo Abidemi Majaro (Nigeriano)
ÀS 11h45: Encerramento

TARDE
(UNIOESTE - AUDITÓRIO CAMPUS CASCAVEL)


Às 13h30: GTs
Às 15h30: Café Cultural
Às 15h45: GTs
Às 17h30: Encerramento


NOITE 
(CENTRO CULTURAL GILBERTO MAYER)
Às 19 horas: Abertura
Às 19h30: Palestra - Profa. Dra. Lucília Maria Sousa Romão (USP) “Discurso em rede: movimentos opacos do sujeito”
Às 21h30: Café Cultural “Show com Eros Dellavega”
Às 21h45: Debate - Profa. Dra. Lucília Maria Sousa Romão (USP) “Discurso em rede: movimentos opacos do sujeito”
Às 22h30: Encerramento
Dia 15 de maio de 2010.
Sábado.

MANHÃ
(UNIOESTE - AUDITÓRIO CAMPUS CASCAVEL)

Às 8 horas: Abertura.
Às 8h30: Palestra -  Profa. Ms. Rejane Nóbrega (MinC) “Diversidade e Cultura”
Às 10horas: Café Cultural.
Às 10h15: Palestra - Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste) “Formação de Professores: Etnia e diversidade”
ÀS 11h45: Encerramento.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Por aí (texto)

Ando sem vontade de escrever. Ando sem vontade. Ando com uma preguiça crônica. Vontade mesmo de ficar quieto. Vontade de ouvir nada nem ninguém. Vontade boa de ficar sozinho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alunos da USP fazem manifestação contra jornal com insultos a gays (texto)

Cerca de 200 pessoas acompanharam nesta terça-feira (4) uma manifestação contra a homofobia em frente à faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP). Ditando palavras de ordem, os manifestantes pediram justiça e o fim do preconceito contra os homossexuais. A manifestação ocorreu 11 dias depois da publicação do jornal "O Parasita", feito pelos alunos da faculdade. Nele, um texto pedia que os homossexuais fossem agredidos. "A posição do jornal é um pouco do que enfrentamos em nosso dia a dia", disse Bárbara Coelho, estudante de letras da USP .

domingo, 2 de maio de 2010

Sexting (texto)

Em busca da fama virtual, adolescentes  (e algumas vezes não tão adolescentes assim) estão aderindo cada vez mais ao “sexting”. O fenômeno criado por jovens nos EUA há cerca de cinco anos chegou recentemente ao Brasil. O termo é originado da união de duas palavras em inglês: “sex” (sexo) e “texting” (envio de mensagens). Para praticar o “sexting”, meninos e meninas produzem e enviam fotos sensuais de seus corpos nus ou seminus usando celulares, câmeras fotográficas, contas de e-mail, salas de bate-papo, comunicadores instantâneos e sites de relacionamentos.

sábado, 1 de maio de 2010

Da Série Contos Mínimos (texto)

Combinaram que daquele dia em diante nunca mais falariam sobre aquele assunto. Muitas dores. Nada mais para se fazer. O silêncio seria o tiro de misericórdia.

Da Série Contos Mínimos (texto)

As expectativas de cada um eram distintas. Ele não a esperou como ela esperava que fosse. Não tinham a mesma vontade de se ver. Não se viram. O presente comprado ficou para que um amigo, em comum, entregasse. A vida sempre continuava.

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia goz...