sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quais são os melhores versos do cancioneiro popular? (Enquete)

Fico aqui aguardando as sugestões. Pra mim seriam os seguintes versos das músicas Segredo (Herivelto Martins e Marino Peixoto) "o peixe é pro fundo das redes/segredo pra quatro paredes/primeiro é preciso julgar/pra depois condenar"; de A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha) Tire seu sorriso do caminho/Que eu quero passar com a minha dor/Hoje pra você eu sou espinho/Espinho não machuca a flor".

Só vigia um ponto negro: o meu ciúme (texto)

Ciúme nada mais é do que o instinto de posse que ainda não foi educado.

O ciumento passa a vida a procura de um segredo que
possa destruir sua felicidadeAxel Oxenstierna (1612–1654)

Ciúme é a emoção usada pelo seu psiquismo como reação ao medo de perder. Tem gente que gosta de sentir ciúme, pois todas as emoções geram neurotransmissores e seu cérebro fica viciado neles da mesma forma como fica viciado em álcool, nicotina, cafeína, etc.
O ciúme, a expectativa, a carência e a decepção são pontos de chegada possíveis para o nosso medo de perder. O ciúme tem como subproduto a mentira, para evitar a reação ciúmenta do outro nós mentimos, pois o ciúme nos torna agressivos e como autopreservação o indivíduo mente.
Talvez se entendermos o porquê da necessidade da exclusividade em um relacionamento afetivo, possamos entender melhor a natureza do ciúme. Outro ponto a ser considerado é a sexualidade. Será que o amor é prisioneiro do sexo? Ou o sexo é prisioneiro do amor? Existem outras possibilidades?
Sou do contra, eu não endosso o costume popular de dizer que um pouquinho de ciúme é bom. Minha opinião pessoal é que o que não é bom para uma criança pequena não é bom para um adulto.
Quando uma criança pequena quase bate na outra que quis pegar algum de seus brinquedos o os mais velhos dizem: “que feio! Tem que emprestar!”, não obstante, basta a criança pegar algo do adulto para ele sentenciar: “isso é meu e não é para brincar!“. Ou seja, fala uma coisa, mas faz outra. Bem fácil de entender.
Quando você era pequeno sua mãe lhe ensinou a não ser ciúmento com seus brinquedos de criança. Está na hora de aprendermos a não ter ciúmes de nossos brinquedos de gente grande, não acha?

O ciúme Patológico (texto)

Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza frequentemente se torna vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas podem se transformar em ideias supervalorizadas ou francamente delirantes. Depois das ideias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de suas dúvidas. O(a) ciumento(a) verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro(a), contrata detetives particulares etc. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida.
Entre absurdos e ridículos, há o caso de uma paciente portadora de Ciúme Patológico que marcava o pênis do marido assinando-o no início do dia com uma caneta e verificava a marca desse sinal no final do dia (Wright, 1994). Mais absurda ainda é a história de outro paciente, com ciúme obsessivo, que chegava a examinar as fezes da namorada, procurando possíveis restos de bilhetes engolidos (Torres, 1999).
Os ciumentos estão em constante busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas mas, ainda que confirmada pelo(a) companheiro(a), essa inquisição permanente traz mais dúvidas ainda ao invés de paz. Depois da capitulação, a confissão do companheiro(a) nunca é suficientemente detalhada ou fidedigna e tudo volta à torturante inquisição anterior.
Os portadores de Ciúme Patológico comumente realizam visitas ou telefonemas de surpresa em casa ou no trabalho para confirmar suas suspeitas. Os companheiros(as) desses pacientes vivem dissimulando elogios e presentes recebidos ou omitindo fatos e informações na tentativa de minimizar os graves problemas de ciúme, mas geralmente agravam ainda mais.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A carne mais barata do mercado é a carne negra (texto)

Quando vale a vida de um menino de  11 anos, negro, pobre, morador da Baixada Fluminense? Por quanto tempo a morte "inexplicada" desse menino ficará ainda ocupando as páginas dos jornais cariocas? O que acontecerá com os policiais que estão envolvidos com a morte e com o ocultamento do corpo do menino?
Se Juan fosse filho da classe média carioca, o tratamento teria sido o mesmo? 
O filho da atriz Cissa Guimarães foi atropelado e morto, há mais ou menos um ano, na zona sul do Rio de Janeiro. Tb havia policiais-bandidos envolvidos no caso. Como esse comportamento é recorrente!
Por que homens como esses entram na polícia militar? Como é feita a seleção desses homens? 
Hoje, Juan, foi sepultado. O enterro foi pago pela Secretaria de Segurança do Rio. O Secretário admitiu que os policiais erraram e que eles serão punidos exemplarmente.
Como será a punição de um policial que mata um menino de 11 anos e ainda tenta esconder o seu corpo? Sei que faço perguntas demais? Sei que já fiz essas mesmas perguntas outras vezes, inclusive aqui no Blog. Nunca soube das respostas.
Há muitos outros casos sem respostas.
Até hoje o corpo de Patrícia Amieiro não foi encontrado. Tb há (oito) policiais militares envolvidos nesse crime.
No caso do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva,  tb havia policiais militares envolvido.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Socorro! Chamem o ladrão (texto)

Policiais continuam matando no Rio de Janeiro (no Brasil) e  quem deveria saber dessas práticas tão recorrentes não sabe. Não é impressionante? Não é surpreendente como notícias de policiais envolvidos em mortes no Estado/Cidade do Rio (e não menos em outras cidades), em desaparecimentos de pessoas, em torturas, em roubos, em devios de cargas, em devios de todas as ordens são rememorados pelos meios de comunicação como novidades?
Hoje, dia 06 de julho, chegaram à conclusão de que o corpo encontrado era do menino Juan desaparecido depois de troca de tiros entre policiais militares e bandidos na Baixada Fluminense.
Segundo o G1, dos quatro PMs que foram afastados das ruas por conta desse episódio, dois já estiveram envolvidos em situações em que o suspeito é morto em confronto com a polícia. Um cabo esteve envolvido em autos de resistência oito vezes e o outro 13 vezes.
O irmão do menino, Wanderson, em entrevista ao Fantástico disse que viu quando Juan foi alvejado: “O pequenininho passou na minha frente. E assim que a gente saiu, chegou no finalzinho do beco, aí começou o tiroteio. Eles começaram a atirar. Muito tiro. Aí ele foi baleado, eu tomei três tiros. Eu vi quando ele tomou o tiro. Ele estava na minha frente, então eu vi. As balas vinham de uma direção só”, disse.
Um outro irmão de Juan, Wesley, disse em depoimento que tomou um tiro no pé e também viu o irmão caído, ensanguentado. Ele contou que tentou ajudá-lo, mas recebeu outro tiro, dessa vez no ombro. Então, ele se arrastou para fora do beco. Foi o último momento em que Juan foi visto com vida.
Os PMs disseram que foram ao local por causa de uma denúncia da presença de traficantes feita pelo serviço 190. A chamada registrada na central é de 20h54, depois de os três meninos já terem sido baleados. A gravação não foi divulgada pela polícia.
No registro de ocorrência feito na delegacia, à 1h44, os PMs apresentaram uma arma e drogas como sendo de Wanderson e apontaram Wesley como menor infrator. Mas, 45 minutos depois, mudaram o depoimento: Wesley passou de infrator a testemunha. Wanderson ficou cinco dias algemado à cama, até ter a prisão relaxada pelo juiz.
É ou não impressionante a conduta desses militares?

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...