sábado, 9 de maio de 2015

Da Série Contos Mínimos

Resultado de imagem para casa vaziaUm dia voltei para a casa e ele não estava mais por lá. Não havia mais ninguém me esperando. Ninguém precisava mais de mim. Só aí me dei conta de que estava completamente sozinho.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Da Série Contos Mínimos

Resultado de imagem para de outra vidaDe repente estavam outra vez lado a lado. Amigos de longa data. Amigos de escola: não das do tempo de infância ou da adolescência. De muitos anos depois, pra ser sincero. Não se viam fazia bastante tempo. Mas existem histórias que são de outras vidas, seja lá o que isso possa significar.

Cacos de amor

Hoje acordei com essa música na cabeça, na verdade, dormi com ela. E aí bateu uma saudades daquelas que a gente sente apenas de pessoas únicas em nossas vidas. 
No próximo domingo comemora-se por aqui o dia das mães. E fiquei hoje pensando pra onde foi todo aquele amor ... ainda que o brilho da estrela possa ser visto e ela não esteja mais por ali.
Tenho sentido tanta saudade da minha mãe, parece que ela está a cada dia mais presente ainda que não esteja mais por aqui.  






Cacos de amor

Casos de amor
Cacos de vidro na areia
Cacos de vida no chão

Parte de mim
Acha que o tempo passou
Outra diz que não

Será que você ainda lembra de mim como eu quero
Será que o mar que guardou destruiu o castelo
De conchas e cacos de amor

Olha
No brilho de uma estrela que já não existe
É lá que meu amor te vê e ainda insiste
Como se calculasse um mapa astral

Juro
Eu não te quero mais como eu queria
Se o coração me ouvisse não andava assim
Pisando em cacos de amor

Casos de amor
Cacos de vidro na areia
Cacos de vida no chão

Parte de mim
Acha que o tempo passou
Outra diz que não

Será que você ainda lembra de mim como eu quero
Será que o mar que guardou destruiu o castelo
De conchas e cacos de amor

Vedi
Nella luce di una stella che già non esiste
Da dove io ti guardo il mio amore insiste
È una costellazione solo mia
Giuro
Io non ti voglio più come volevo
Ma il cuore non mi ascolta
E chiede almeno

domingo, 26 de abril de 2015

A menina ainda dança

Resultado de imagem para baby do brasilEstou aqui ouvindo o mais recente CD da Baby do Brasil, via Deezer, Baby Sucessos, A menina ainda dança
Resultado de imagem para baby sucessosNão vou ficar aqui falando do repertório, da voz, do visual porque eu ia ficar chovendo no molhado, mas do retorno dessa que foi e é uma das grandes vozes da MPB.
Assisti a este show numa virada de ano em Copacabana. Se eu me detivesse aqui nas minhas memórias, certamente eu iria me lembrar de quando isso aconteceu, mas estou com preguiça e nem acho que essa informação seja relevante, sei que lá me senti muito feliz com a oportunidade de ouvir/ver (de pertinho) esta que ocupou grandes espaços musicais na minha vida: primeiro, como integrante e uma das vozes dos Novos Baianos, depois, ao lado de Pepeu Gomes, e em seguida em carreira solo.
Baby sempre me surpreendeu muito pelo seu visual, pela voz e depois por sua conversão religiosa. Mas jamais me surpreendeu tanto quando descobri que esta conversão não a fez se esquecer desse seu passado musical belíssimo. Quando o contrário acaba sendo bastante comum entre os artistas que se comportam da mesma forma.
Ela continuou nos encantando com aquele repertório cheio de boas escolhas. O CD é bom do começo ao fim e foi me reportando, a cada música, a um tempo diferente da minha vida. Vale ouvir sem parar.

sábado, 25 de abril de 2015

Da Série Contos Mínimos

Viveu o seu último ano afastado de tudo. Pensou que assim estaria protegido de sentimentos piegas, sobretudo de pena. Os seus dias não eram fáceis: dores insuportáveis, calafrios, falta de ar, ausências. Mas havia aquele silêncio que lhe permitir dormir e acordar em outros lugares.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Da Série Contos Mínimos

_Ah, se eu tivesse te encontrado naqueles dias. Teríamos tido mais tempo juntos. Disse um ao outro, depois de descobrirem que estiveram próximos muitas vezes, por muitas vezes, por muitas vezes em momentos diversos. Mas a vida é mesmo construída de desencontros em desencontros e desencontros.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A língua, meu amigo, não é transparente.

Resultado de imagem para transparênciaA ideia me parece sempre a mesma: eu falo de um lugar específico, mas naturalizo esse lugar como se ele fosse o mesmo para todos. 
Falo da minha experiência como se ela pudesse/fosse a mesma de todos os outros. "E não é (?)", diriam uns.
Falo em nome de deus, da sociedade, da meritocracia, da oportunidade igual para todos, da família como se tudo isso fosse único e o mesmo pra todo mundo. Porque eu consegui significa necessariamente que quem não consegue fez alguma coisa que não devia.
Bem, a língua nesse caso tem mesmo uma opacidade que a gente não consegue perceber. A língua e os seus sentidos nos parecem tão transparentes e evidentes que não percebemos o lugar que ocupamos nesses embates.

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...