segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Carol - O filme

Nova York, década de 1950, mesmo em se tratando de uma história de amor entre duas mulheres, Carol (filme de 2015) consegue inspirar esperança. E quando eu escrevo "mesmo em se tratando de" quero deixar claro que me refiro ao tempo retratado e as dificuldades ainda bem atuais quando o tema é o amor entre duas pessoas do mesmo sexo, sobretudo, entre duas mulheres.
O filme retrata a atração entre duas mulheres e nos mostra como, nos EUA, hoje conhecido pela diversidade de pensamento, a opressão da sexualidade era vivida.  É claro que há muito mais acontecendo entre a história delas e as suas vidas: um casamento acabado, a guarda da filha etc. A imagem escolhida por mim para ilustrar o post representa a  turbulência vivida por Carol. A gente   fica num lugar meio estranho porque não sabe ao certo se está feliz ou triste pelas duas mulheres. 
O roteiro é adaptado do romance The price of salt, publicado em 1952, da norte-americana Patricia Highsmith. Ao lançar a história, a autora usou um pseudônimo Claire Morgan, e não é muito difícil saber o por quê. Apesar disso, o que marca o livro e o filme é a abordagem relativamente otimista do romance lésbico: o amor está acima do preconceito.
Vale assistir com atenção: a cena final captura com muita sutileza um momento da vida com o qual todo mundo que já se apaixonou vai se identificar. Eu recomendaria não tirar o olho de Carol até o fim do filme.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Branco como a neve...

A obra acabou. E, finalmente, tudo voltou ao estado normal. Sou suspeito, mas o ap. ficou bem bonitinho pintado. Tudo branquinho: paredes, portas e rodapés. 
Fazia um bom tempo que eu queria fazer isso, mas faltava tempo e dinheiro. Não que agora a grana esteja sobrando, bem ao contrário (vou deixar de fazer outras coisas), mas não tinha muita opção porque a coisa estava feia. 
Mais de 6 anos sem pintar. Muita gente que entrou/saiu daqui sem fazer nenhum movimento de pintura. Ao contrário, todos nós, de alguma forma, contribuímos para deixar o ap. um pouco mais sujo: é uma mão na parede, um pneu de bicicleta que esbarra aqui e ali, um copo de café que cai e respinga em algum lugar. E não tinha muito jeito de ser diferente. 
Além disso, o tempo que, necessariamente, contribui muito para o branco não ficar assim tão branco, tão limpo. Bem, agora é curtir a casa por uns poucos dias já que, em breve, estarei de volta ao trabalho.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Uma rua alagada, um sapato apertado e uma obra na sua casa

Obra, seja grande ou pequena, sempre é ruim. A impressão de quem está passando por esta experiência é similar a de quem está atravessando uma rua alagada, usando sapato apertado com meia, calça jeans,  camisa e leva consigo duas sacolas pesadas com as compras da semana, na volta do supermercado. Volta esta que vc decidiu fazer a pé para aproveitar aquele dia que estava lindo. Isso mesmo, o dia estava lindo e de repente o tempo virou e vc se f*.
Estou apenas pintando o apartamento, no Rio. Eu escrevi "apenas" porque me pareceu tão simples pintar as paredes, as portas e os rodapés que me surpreende tanta sujeira, tanta confusão, tanta noite mal dormida, tanta coisa fora do lugar.
A sorte, inda bem que tenho sorte nesta vida, é o pintor ser tão bacana e pontual e trabalhador que nem dá pra me estressar. O cara marca às 10h e está chegando aqui em casa exatamente no horário marcado. Fica até às 17h30 sem sossegar. Como sei valorizar a pontualidade das pessoas! 
Além disso, o que não é pouco, me dá sempre uma atenção naqueles pequenos reparos que eu devia ter feito há tempos e não tinha vontade ou alguém que o fizesse.
Já consertou tomada, já trocou o varal, já cobriu com gesso uns espaços que deixaram faz anos no banheiro e na cozinha.
Tudo indica que amanhã, no final do dia, tudo estará pronto. Parto para a limpeza final. 
(Esta última fotografia era do ap. antes da pintura. E estava tudo tão arrumadinho...)
*ferrou.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Da Série: Contos Mínimos

Um era francês, o outro brasileiro. E se encontraram assim, por acaso. Tinham muita coisa para oferecer: gostos parecidos, gestos similares, intenções comuns. Uma noite agradável.

E depois?

Depois é o que contam da gente: pode ser alguma coisa ou coisa alguma. Depois é memória.  Depois é apenas memória.  Depois não há futuro fora das amarras das lembranças dos outros. Depois de nossa estadia, passagem, não há história. E depois é o que a gente deixou por aqui, seja através dos filhos, dos discos, dos livros, dos textos que escrevemos. Até que a frequência dessa lembrança se esvaia com-ple-ta-men-te.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

7 anos de blog.

O número 7 é, com certeza, o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde os tempos imemoriais até os nossos dias. Ele é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e pai da numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência. Indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. Ele é uma combinação do 3 com o 4. 
O 3, representado por um triângulo, é o espírito; o 4, representado por um quadrado, é a matéria. O 7 podemos dizer que é espírito na Terra, apoiado nos quatro elementos, ou a matéria “iluminada pelo espírito”. 
É a alma servida pela natureza. O número 4 que simboliza a Terra, associado ao 3, que simboliza o céu, permite inferir que o 7 representa uma totalidade em movimento ou um dinamismo total, isto é, a totalidade do universo em movimento.
O sete é o número da transformação, é a primeira manifestação do homem para conhecer as coisas do espírito. Ao lado do 3, é o mais importante dos números sagrados na tradição das antigas culturas orientais.
Entre os judeus a concepção oriental do 7 se manifesta no Candelabro de sete braços (MENORAH), que representa tanto a divisão em quatro partes da órbita da Lua, que dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.

A vida acontece...

Ninguém disse que a vida é fácil. Enquanto pensamos em outras coisas, ela acontece. Fazemos planos como se tivéssemos a eternidade para colocá-los em prática, mas ela, como num passe  de mágica, nos chama à realidade. 
A vida bate a nossa porta, tropeçamos nela, ali na próxima curva ela nos espreita. Mas não percebemos a sua presença até que: a porta se abra, a unha se quebre, ou nos deparamos com os seus grandes olhos a nos vigiar. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Da vida moderna nos banheiros higienizados do mundo afora



Como todo mundo já deve saber, nos banheiros modernos, seja no Brasil, seja em qualquer parte do mundo moderno e higiênico, não existe mais papel para secar as mãos. Basta você aproximá-las de um dispositivo com um jato de ar para que em alguns segundos a sua mão fique completamente seca. Isso mesmo! Tão seca que ressecada. E em relação ao ressecamento, você resolve com um creminho qualquer que você carregue, que você empreste, que você, numa loja, no mesmo shopping, use uma pequena amostra grátis.
Bem, o problema da mão seca será resolvido, em breve. Mas a falta de papel não seria um problema se, sempre há este se no nosso dia a dia, mesmo num mundo moderno e tecnológico, você também não precisasse lavar o rosto, lavar a boca ou escovar os dentes ou se você, assim como eu, cultivasse uma boa barba.
Aí você entra pra escovar os dentes e inevitavelmente você molha a sua barba, não toda, mas aquela parte que se encontra no queixo até o pescoço. Esta mesma parte que, se molhada, respinga a sua camisa, paletó, casaco, peito, burca ou seja lá o que você estiver usando ao ir a um banheiro moderno.
Ou se, num calor como o que faz aqui no Rio de Janeiro em todas as estações do ano, você precisasse também de lavar  rosto para se aliviar um pouco.
E aí, como enfiar a sua barba, o seu rosto, num desses dispositivos para que o jato de ar dê conta de lhe secar? Isso é humanamente impossível. Não há alternativa a não ser procurar no reservado papel higiênico para estes fins. Acontece que ao molhar aquela parte da barba e sair em busca de um pedaço de papel, mesmo que o reservado esteja livre, você já respingou a sua camisa, paletó, casaco, peito, burca ou seja lá o que você estiver usando. Se o reservado estiver reservado, aí sem chances, melhor mesmo usar logo uma das mãos e secá-las nas calças antes que você saia como se tivesse tentado tomar um banho no lavabo.
Falar em bom sendo nunca é uma boa alternativa porque o bom senso para umas pessoas não é para outras e a lógica do mercado: menos é mais, ou seja, extinguir o uso do papel (o que também nos remete ao ecologicamente correto) e investir no jato de ar, significa necessariamente, trocar um pelo outro e não sobrepor alternativas.

O jeito então é o velho e bom companheiro lenço de papel que se carrega na ausência de outra alternativa ou simplesmente colocar a barba de molho e seguir a vida.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Da Série: Contos Mínimos

Olharam-se uma, duas, três, tantas vezes e em momentos distintos, até que, finalmente, resolveram quebrar o gelo e trocar algumas palavras. Foram tomados por uma paixão instantânea, daquela que não se sabe ao certo como e nem por que?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Da Série: Músicas que me tocam

Hoje fiquei em casa me lembrando e ouvindo músicas que falam sobre "levantar a poeira e dar a volta por cima" ou "sobre as voltas que o mundo dá" ou "nada como um dia atrás do outro". Meu deus, como temos músicas sobre isso no cancioneiro popular! 
A primeira que me veio à cabeça foi Olhos nos Olhos de Chico Buarque e os versos "Olhos nos olhos, quero ver o que você faz ao sentir que sem você eu passo bem demais". Isso é lindo! Produz a sensação de que o tempo é definitivamente o melhor remédio pra tudo. Toda a letra desta música é incrível. É uma bofetada atrás da outra: "Me pego cantando sem mais nem porquê" ou "Quero ver como suporta me ver tão feliz."
E aí vou de uma lembrança a outra. Alcione canta "Nada como um dia atrás do outro, tenho essa virtude de esperar". Beth Carvalho, em Vou festejar, canta os versos "Chora, não vou ligar, não vou ligar, chegou a hora, vais me pagar" num refrão que produz uma satisfação de quem se sente vingado por uma traição.
Vingança de Lupicínio Rodrigues, interpretada por Bethania, tem os seguintes versos: "Eu gostei tanto/ Tanto quando me contaram/ Que lhe encontraram/ Bebendo e chorando/ Na mesa de um bar/ E que quando os amigos do peito/ Por mim perguntaram/ Um soluço cortou sua voz".
Na sequência, Tola foi você de Angela Ro Ro, e os seguintes versos: "E se eu mudei devo a você/ Todo desamor que a vida me ensinou/ Coração aberto, felicidade perto, sou toda amor."
E não tem fim esta lista e vejam que estou apenas apostando na memória.
Ouça, interpretada por Maysa diz o seguinte: "Quando a lembrança/ Com você for morar/ E bem baixinho/ De saudades vc Chorar." Ainda tem Orgulho de um sambista, por Adriana Calcanhoto, com os versos: "Meu povo inteiro chorou e vc sorriaPois trocou nossa escola de temposPor um simples amor de três diasSufoquei minha dor em sorrisos para não chorarTudo isso ajudou minha escola a ganhar."
Eu, pelo jeito, poderia ficar mês e meio escrevendo partes de músicas da MPB sobre o amor que vai e a superação da dor. Acho que dá pra ter uma ideia do tanto que se fala sobre perdas amorosas, vinganças, etc etc etc.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Organização

Pode parecer estranho para algumas pessoas, mas eu gosto de arrumar a minha casa (poderia ser também as dos outros), colocar as coisas em ordem, jogar coisas que não são úteis fora, organizar, tirar do lugar e achar um outro mais adequado, arejar o ambiente. 
Isso me deixa tranquilo. Gosto da sensação de casa arrumada. De olhar depois de tanto trabalho e testes e perceber que ficou melhor. Sempre que posso faço isso. Não é a impressão de casa nova, mas a de circulação do ar por onde ele não poderia passar antes.
Ontem, isso mesmo sábado, tirei a tarde/noite para colocar a casa, aqui do Rio, em ordem. Não posso negar que num certo momento eu me desesperei ao ver que tudo estava fora do lugar ao mesmo tempo. Quarto, sala e cozinha de pernas pro ar. Aproveitei que a internet não estava funcionando, ela sempre me tira a concentração, e coloquei o pé na estrada. Música, short e mãos à obra.
Era tanta poeira que daria para aterrar outra vez o Aterro do Flamengo. Exageros que aos poucos foram dando cara a uma sala, principalmente, mais ampla, mais circulável, menos atravancada. (Não que estivesse entulhada. Nunca! Mas, por exemplo, a mesa para as refeições ficou usável.).
Bem, não sou muito bom de reconhecer de primeira espaços para os móveis como certos amigos (principalmente, a Sil e o Rodrigo). Tem gente que tem olho clínico para saber o que fica melhor em determinado lugar. Eu não! Preciso experimentar. O que dá muito mais trabalho, é verdade. Mas no final, tudo fica, digamos melhor, porque, como eu disse, o ar circula por outras direções.
Ainda não finalizei. Olho e vejo que ainda preciso de mais um pouco de elaboração, experimentação, mas ainda hoje tudo fica pronto.

sábado, 2 de janeiro de 2016

2016 é o ano do Macaco

Se você achou que 2015 foi cheio de surpresas, desafios, mudanças e agitação, então se prepare para viver em 2016 o dobro de tudo. É o que indica o Horóscopo Chinês com a regência do Macaco de Fogo. O Sol e o número 9 serão os regentes deste ano.
O ano-novo chinês começa em 08 de fevereiro e vai até 27 de janeiro de 2017. E promete muitas mudanças em nossas vidas.
    O período regido pelo Macaco de Fogo é de muita sorte, bons fluídos e boas oportunidades a quem planta o bem. O Macaco de Fogo é justo e cumpri o que está traçado na vida das pessoas. Logo, cuidado com o que andou plantando na vida.
Ao Macaco está associado um forte impulso de ambição, busca maior de fama, poder, vitórias e ganhos financeiros de forma ilícita. Avareza, egoísmo e ambição cega podem levar as pessoas a guerras ou a destruição de caráter, amizades e famílias.
Mas, se bem controlado e usado com harmonia e inteligência, a busca por melhores padrões financeiros pode levar a pessoa a progredir na carreira ou negócios de uma forma satisfatório e positiva. Para quem já tem uma carreira ou negócio, tudo está favorável para crescer, progredir e até ganhar mais dinheiro.
Para quem vai começar agora um trabalho, negócio ou carreira, o ano do Macaco de Fogo é muito favorável. Cuidado com a ambição cega e a impulsividade descontrolada. O Macaco de Fogo cobra com juros quem foi injusto, falso e destruidor de vidas e sonhos.
No campo do amor há grandes chances de traição na vida de casais que estão em crise ou vivem uma relação fria. Isso parece bem óbvio, né não?
O ano do Macaco de Fogo no amor é cheio de energia, namoros e paixões. Para quem gosta de namorar muito ou gosta de aventuras amorosas, 2016 será um ano repleto de possibilidades de ficar com vários parceiros. 
Para fechar, o ano do Macaco de Fogo, é um ano de festas, viagens, aventuras e amizades.

A primeira do ano

Hoje é dia 02 de janeiro, quase hora do almoço, e estou aqui em "casa" colocando ordem na bagunça. Janeiro é o mês que mais gosto, porque sempre estou de férias e assim: não tenho hora para acordar, hora para dormir, hora para comer, hora pra nada que não seja apenas a vontade de fazer o que der vontade de fazer naquela hora. Tem que desenhar?
Pena mesmo que estas férias serão curtas, as aulas voltam no dia 18 de janeiro e assim sendo tenho que estar em sala de aula tão logo chegue a primeira quarta-feira. Nem vou ficar chateado, porque em março tem mais 15 dias. 
É justo! Foram muitos dias de greve e a gente tem que repor os dias parados. 
Bem, este é apenas pra dar um alô a quem por aqui passar. Um feliz ano pra todos nós, que a gente tenha vontade de fazer deste ano um ano melhor em todos os sentidos!

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro . Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurd...