Ele olhava apenas para o próprio umbigo e não era capaz de enxergar nada que se passava a um palmo do seu nariz.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Da Série: Contos Mínimos
A gente se leva pra onde a gente vai. Pouco importa se Rio de Janeiro ou Marechal Rondon, se Barcelona ou Cascavel. Tem gente que nasce pra ser feliz e tem gente que não vê a felicidade mesmo quando ela está.
domingo, 3 de julho de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Onde foi? De que maneira? Quando? Com quem? A partir do quê? Eu ficava neste lugar das perguntas sem respostas. No lugar da repetição. Das falsas impressões sobre mim. E a vida lá fora corria solta.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Da Série: Contos Mínimos
As suas grandes tristezas estavam nas pequenas coisas: era o encontro que não dava certo, o telefone que não tocava, o e-mail que não vinha, a resposta negativa. Aí ele se recolhia no escuro silêncio.
terça-feira, 28 de junho de 2016
D. Lúcia e seu Zé - gratidão
Fazia tempo que eu estava querendo escrever um pequeno texto, mas me faltava um assunto, uma ideia, um tema, uma palavra que levasse consigo um início qualquer.
Uma palavra que me envolvesse a ponto de eu conseguir transformá-la numa pequena história.
Uma palavra que me envolvesse a ponto de eu conseguir transformá-la numa pequena história.
A palavra que surge é gratidão e a ideia desse texto não era nem de longe a imaginada/esperada por mim. Enquanto a gente pensa em outras coisas, a vida acontece...
Num pequeno espaço de quinze dias perdi duas grandes referências na minha vida: D. Lúcia e seu Zé, pais de grandes amigos (Joubert, Magali, Darven, Catia e Monica). Referências porque, em suas singularidades, estiveram presentes na minha vida durante muitos anos e de maneiras diversas.
Eles não eram apenas os pais desses amigos, mas eram, sem quaisquer dúvidas, pessoas que eu tinha/tenho um grande carinho por muitos motivos. Fui recebido muitas vezes com muita afetividade em sua casa e isso significa muito pra mim. Fui tratado como um membro da família e me sentia um pouco irmão desses amigos.
Seu Zé que me parecia, lá da minha adolescência, às vezes sério demais, calado demais, era um homem que, na sua sabedoria, sempre apostava muitas fichas para que a gente colhesse bons frutos da vida e do futuro (me incluí nessa porque ouvi dele muitos conselhos que nem eram pra mim).
Ele estava sempre pensando no adiante. E aquela seriedade era uma forma de encarar a vida com responsabilidade e de nos mostrar que só assim nos tornaríamos boas pessoas.
Ele estava sempre pensando no adiante. E aquela seriedade era uma forma de encarar a vida com responsabilidade e de nos mostrar que só assim nos tornaríamos boas pessoas.
Da última vez que o encontrei, ficamos quase uma hora batendo um longo papo nesta mesma varanda aí da fotografia. Eu contando as novidades dos últimos anos e ele atento me ouvindo, ele me falando dos últimos anos dos filhos e da vida e eu ali totalmente emocionado transformado em ouvidos-atentos as suas memórias.
Ele nem de longe me pareceu aquele senhor sério e calado e seco na minha adolescência, mas, ao contrário, tinha uma doçura enorme nos olhos e nas palavras (que eu não conseguia compreender, à época). Eu saí dessa conversa tão feliz porque a sensação era a de eu que havia resgatado anos da minha vida.
D. Lúcia era uma mulher doce e atenciosa. Parecia muitas vezes que era frágil, que se a gente a tocasse ela se quebraria, mas, ao contrário disso, ela era forte e firme. Sabia sempre o que nos dizer.
Durante aquela minha última conversa com o seu Zé, ela estava, sem me avisar, preparando um cafezinho pra gente. Ela era assim: uma presença tímida, mas importante. Nos deixou ali conversando e a sua forma de mostrar atenção, saudade e carinho foi o café da tarde que nos ofereceu. Era uma presença discreta que fazia diferença.
Essa família muitas vezes foi a referência de família que eu não tinha. Estavam, todos os dias, sem uma falta sequer, presentes. Eu recorria sempre que precisava e, sempre que eu precisava, tinha pelo menos algum deles por perto.
É sempre com muita tristeza que falamos da morte de pessoas tão especiais e queridas, mas, por outro lado, é com muita alegria que eu sinto ter tido este privilégio de tê-los conhecido.
sábado, 25 de junho de 2016
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