
Não sei mais se a primeira frase traduz um narcismo extremo ou se ela aponta para uma inferioridade imensurável. E acho que esta primeira resposta se cola à segunda, porque, apesar de achar que a amizade também é interesse, não consigo compreender que passe primeiramente pela cabeça de alguém que ele, o interesse, tenha, necessariamente, que ser sexual. O que produz como efeito de sentido (emprestando da análise de discurso francesa) um querer dizer que "para oferecer ao outro só se tenha o próprio sexo".
Venho de uma cidade, Rio de Janeiro, onde homens podem pagar cerveja, jantar, almoço, cinema, café para uma outra pessoa (homem/mulher) sem que isso queira dizer interesse sexual apenas (ou necessariamente), mas um outro tipo de aproximação, o da companhia para um papo, uma conversa descontraída, uma noite divertida e agradável. E aí fiquei achando que em cidades menores, como em Cascavel, por exemplo, a amizade não pode se iniciar dessa maneira. Os rituais são outros, e tenho, portanto, que me aculturar.
Venho de uma cidade, Rio de Janeiro, onde homens podem pagar cerveja, jantar, almoço, cinema, café para uma outra pessoa (homem/mulher) sem que isso queira dizer interesse sexual apenas (ou necessariamente), mas um outro tipo de aproximação, o da companhia para um papo, uma conversa descontraída, uma noite divertida e agradável. E aí fiquei achando que em cidades menores, como em Cascavel, por exemplo, a amizade não pode se iniciar dessa maneira. Os rituais são outros, e tenho, portanto, que me aculturar.