Essa falta vai me afetar sempre, não se preenche uma distância dessa natureza.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
domingo, 31 de dezembro de 2017
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Da Série: Contos mínimos
Irrompe porta adentro, senhor de si, um personagem de uma história. Aos berros, pergunta o porquê dele sofrer tanto ao longo de sua jornada ficcional. Eu, pego de surpresa, digo apenas que, algumas vezes, o personagem tem responsabilidades sobre o destino. Ao longo de uma narrativa, assim como na não-ficção, nem sempre o autor controla o próximo passo.
sábado, 2 de dezembro de 2017
Nuvens não morrem
A gente devia, porque se assim não fosse, seria uma outra vida (a que a gente não tem), imaginar todos os dias que hoje poderia ser o último dia. E às vezes é.
Eu jamais deixei de dizer à Monica o quanto eu a amava. O quanto eu sentia sua falta. O quanto eu me sentia bem em sua companhia.
Nossas vidas se cruzaram num barco rumo à Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e nunca mais nos largamos. Foi sim ... amor à primeira vista. Não foi à toa que os nossos olhares se esbarraram e que nos aproximamos no meio do mar.
Dona de um sorriso largo, de um abraço apertado e quente, de gestos generosos.
Me salvou à vida. Eu desesperado, ela me acalmou com um caminho: fácil, à mão, mas que precisava de ser apontado.
Já trocamos batidas de coração vendo a lua (a milhas e milhas de distância). A lua era um caminho que nos aproximava.
Tantas músicas ouvimos juntos. Tantas dedicamos ao outro. Tantos papos batemos. Tantas poesias lemos. Tantas risadas, daquelas de dar dor na barriga e de doer as bochechas, compartilhamos.
Se nos encontrávamos, era abraços e braços para todos os lados. Não havia rosto suficiente para tantos beijos e nem olhar bastante para o tanto que queríamos dizer. Dizíamos muito pelo assim.
Se nos encontrávamos, era abraços e braços para todos os lados. Não havia rosto suficiente para tantos beijos e nem olhar bastante para o tanto que queríamos dizer. Dizíamos muito pelo assim.
Hoje, recebo a notícia de que vc morreu. Mas vc é uma nuvem e nuvens não morrem. Nuvens passam. Nuvens se transformam, às vezes em chuva, às vezes em bichinhos estranhos para tornarem-se nuvens outra vez.
Saudades vou sentir sempre, porque é este o sentimento que sempre tenho por vc. Você é uma grande amiga, daquelas que moram no lado esquerdo do peito. Pra sempre.
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