Hoje seria, se não tivesse sido diferente, o aniversário de um grande amigo. Ele não está por aqui, assim, digamos, para que eu possa ligar, desejar sorte e saúde, abraçar bem apertado, sair para comemorar a data, mas estará em pensamento comigo em todos os dias da minha vida.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
domingo, 20 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
É o que tem pra hoje (texto)
Eu sei que não se muda o mundo. Sei também que a contradição é parte constitutiva do ser humano. Sei que não devia me incomodar com coisas que não vão, mesmo que eu faça a maior força, ser de outro jeito, mas tenho visto tanta coisa errada, tanta injustiça, tanta coisa fora do lugar.
Hoje mesmo, não me contive: cidades, no país inteiro, sem saúde pública digna, sem educação, sem água. Como é que essas situações acontecem e nada é feito para punir quem tem responsabilidade?
A impressão que tenho é de que é exatamente porque nada acontece que essa situação continua igual faz tanto tempo. Desde que eu me entendo por gente, e bota tempo nisso, ouço, vejo, acompanho notícias como essas pela TV, pelos jornais e revistas, e me parece que tudo continua quase igual (em algumas situações o igual piorou).
Hoje um menino de 12 anos era entrevistado no Jornal Hoje (da TV Globo). Ele dizia que gostava de ler, mas que não tinha tempo para as leituras porque ficava o dia inteiro de um lado para o outro levando água para casa e transportando pessoas. Um outro, da mesma idade, ajudava o pai a cavar um buraco de lama para dar de beber aos animais. Algumas prefeituras foram saqueadas em virtude da posse dos novos prefeitos. Uma prefeita eleita afirmou que encontrou na conta de prefeitura R$2,10 (isso mesmo: dois reais e dez centavos!!!!).
Alguma coisa devia ser feita diante disso. Não dá para esperar as pessoas terem consciência, serem honestas, justas. Isso não vai acontecer nunca.
Ontem, à noite, no Fantástico, matéria sobre uma senhora de quase 100 anos que era agredida por uma cuidadora e pela cozinheira que deviam tomar conta dela (que recebiam dinheiro para cuidar da senhora, não era favor não!!!). O crime só foi descoberto porque o filho, desconfiado, instalou uma câmera na sala da casa de sua mãe. Não fosse isso, ela, a senhora, estaria, quem vai saber, até agora sofrendo essas agressões. Quantas não estão a esta hora passando pela mesma situação? As duas negaram as agressões. Mas como negar diante das imagens?
Aqui, na calçada do meu prédio, no Centro do Rio, há moradores de rua: crianças, senhores, senhoras vivendo como animais. Comendo restos de comida, dormindo sob a chuva, frio da madrugada, correndo risco de violência, esperando a morte, imagino. E nada é feito. Eu poderia ficar aqui escrevendo ad eterno sobre o que vejo. Mas por hoje chega!
Alguma coisa devia ser feita diante disso. Não dá para esperar as pessoas terem consciência, serem honestas, justas. Isso não vai acontecer nunca.
Ontem, à noite, no Fantástico, matéria sobre uma senhora de quase 100 anos que era agredida por uma cuidadora e pela cozinheira que deviam tomar conta dela (que recebiam dinheiro para cuidar da senhora, não era favor não!!!). O crime só foi descoberto porque o filho, desconfiado, instalou uma câmera na sala da casa de sua mãe. Não fosse isso, ela, a senhora, estaria, quem vai saber, até agora sofrendo essas agressões. Quantas não estão a esta hora passando pela mesma situação? As duas negaram as agressões. Mas como negar diante das imagens?
Aqui, na calçada do meu prédio, no Centro do Rio, há moradores de rua: crianças, senhores, senhoras vivendo como animais. Comendo restos de comida, dormindo sob a chuva, frio da madrugada, correndo risco de violência, esperando a morte, imagino. E nada é feito. Eu poderia ficar aqui escrevendo ad eterno sobre o que vejo. Mas por hoje chega!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Da série Contos mínimos
Um fio, era este o mistério que nos guiava para sempre. Aquilo que me ligava a mim mesmo e aos outros por milhares de anos e por diversas vidas. Nós éramos sempre um pouco do que eu já havíamos sido.
Da série Contos Mínimos
Pensando bem, disse-me ela depois de tanto ouvir histórias de desumanidades -"Nós nos alimentamos de nós mesmos: quando o homem é o lobo do homem".
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
4 anos (texto)
Dia 24 de janeiro, o Do Avesso faz aniversário. São 4 anos de vida (estou apenas adiantando a notícia). Este ano quero escrever um texto em homenagem aos amigos que colaboraram, direta ou indiretamente, com o blog.
Queria tb modificar alguma coisa por aqui, mas falta ideia. O Layout não dá para alterar muito, já que uso os que me são oferecidos pelo BLOGGER, mas quem sabe não tenho bons sonhos que me façam pensar em mudanças, mesmo que sejam pequenas.
Vou aprendendo com o "não" (texto)
De férias, tenho aproveitado os meus dias para descansar muito, ou seja, dormir bem e só acordar quando o sono acaba. Mas como todo professor, mesmo nas férias, continuo trabalhando. Claro que num ritmo mais tranquilo, mas não menos concentrado do que faria se estive na ativa.
Tenho, agora, todo o tempo do mundo para me concentrar em um trabalho de cada vez. Quase nunca temos a oportunidade de fazer isso durante o ano letivo: são tantas as atividades ao mesmo tempo que quase nunca dá para respirar fundo, pensar mais a respeito de cada uma delas, porque tudo sempre é para ontem.
Hoje, fechei um livro que estamos organizando, uma amiga e eu. Pela manhã meti bronca no meu projeto de pós-doutorado, mas fui ao cinema à noite porque sempre é bom esvaziar a cabeça para no outro dia recomeçar.
Pra amanhã, leituras e escrita, depois reescrita e mais leitura. Tenho tempo, mas se não aproveitar bem o tempo, corro o risco de perder prazos.
Hoje recebi a notícia de que a minha proposta de Produtividade em Pesquisa, para o CNPq, não foi aprovada: eu não tenho o perfil mínimo necessário para solicitar a bolsa, além da proposta não está adequada às exigências da equipe que avalia os projetos. Blz, foi a primeira vez que enviei uma proposta, ano que vem tem outra e eu não desisto.
No mais, é ir aprendendo com os "nãos", para que o sim tenha um gostinho doce. E amanhã é sexta-feira outra vez, engraçado como de férias, isso não faz a menor diferença. Bom fim de semana para quem por aqui passar.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Mais do mesmo (texto)
Faz anos que venho publicando aqui, no blog, no mês em janeiro, sobretudo, o mesmo texto sobre as enchentes que devastam algum ponto do Rio de Janeiro. Triste iniciar as postagens de 2013 com um texto sobre as águas de janeiro, a irresponsabilidade onipresente de vereadores, deputados, prefeitos e governadores. Nem me dou mais ao trabalho de me indignar com as declarações desses senhores (ou senhoras) que ocupam algum cargo político, não me espanto mais com os sobrevoos (de helicóptero) do governador quando alguma região é inundada e pessoas morrem, ou com a pseudo-declaração de que farão, resolverão, construirão, finalizarão, salvarão, doarão o que preciso for para, finalmente, não haver mais problemas com as chuvas, com as encostas ocupadas, com os soterrados, com os que precisam desocupar as suas casas, com os mortos etc.
Acho que, é um desabafo, enquanto escolhermos os nossos representantes pela cor do olhos, pela cara de bom moço, pela barba bem feita, pelo nome de família, correremos, todos, o risco de sermos engolidos por alguma barreira.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Retro-Perspectivas
De longe 2012 não foi o ano mais produtivo aqui no Do Avesso. Dei uma olhada geral em relação aos 3 anos anteriores e, de cara, vi que não cheguei nem perto dos 239 textos de 2011 (um ano que já foi pequeno se comparado aos dois anteriores, 2010 e 2009).
Foram apenas 185 textos neste ano. Consequência do ano barra pesada em se tratando de trabalho forçado na universidade. Pude perceber tb, durante esta olhada geral, que venho perdendo o fôlego: 2011
(239)
2010
(347) e em
2009
(421) em relação às postagens por aqui.
Natural, acho. Mais trabalho, menos tempo para escrever. Nos três primeiros meses deste ano, até que escrevi bastante (escrever tb significa postar textos de outros, postar músicas, fotografias, enfim postagens diversas que não apenas textos meus) foram, respectivamente, 29, 22 e 27 postagens. Um bom começo. Depois degringolou de vez, até que em outubro e novembro parece que não estive por aqui: 2 e 4 postagens, apenas. Vergonha total!!!!
Paciência. Espero que eu possa cantar em 2013: "Este ano não vai ser igual àquele que passou..."
Os comentários tb foram em menor número. Apenas as visualizações se mantiveram no mesmo patamar mesmo com menos postagens. Salve os amigos que por aqui passaram!
Nada é perfeito! Este ano viajei mais, escrevi mais textos acadêmicos, participei de mais eventos e por isso acabei deixando um pouco de lado aquele prazer de escrever apenas por escrever.
De qualquer forma, desejo a todos um 2013 cheio de sorte em todos os sentidos . Beijos e abraços em todos!!!
domingo, 23 de dezembro de 2012
Pros amigos... (texto)
Quase natal, quase ano novo. Eu? Finalmente de férias!!! E, vale dizer, merecidas. 2012 foi um ano de trabalho, foi um ano de conquistas profissionais, foi um ano de viagens, de novas amizades, de conclusões e de perspectivas, de novas possibilidades, de sonho tb.
Aos poucos, 2012 foi me mostrando que nem sempre água mole em pedra dura... que cada um é que sabe a delícia e a dor de ser o que é, que o que é nosso tá guardado.
De férias, depois de dormir muito por quase dois dias, preciso dizer aqui que desejo aos amigos um ano novo cheio de alegrias. Que a gente tenha trabalho, mas que a gente tb possa descansar. Pros amigos quero tudo, desejo tudo de melhor: amor, mega sena, viagens, risos, mais amigos, sorte, realizações.
Pros nem tanto amigos, desejo aquilo que eles merecem. E aí tiro o meu da reta, porque se merecem muito, terão muito e se não merecem tanto, terão, como merecem, o que fizerem por merecer.
Aos não-amigos, desejo distância. E assim, fica bom pra todo mundo! Não quero pedir nada...mas desejo saúde, amigos por perto, riso, realizações, dinheiro...se eu merecer...
Um grande Natal para quem por aqui passar...um Ano Novo novo, desses que faz brilhar os olhos.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Esquenta!!!!
Que sou fã de Regina Casé, não é nenhuma novidade. Desde TV Pirata, passando pelo Programa Legal, Chico Anysio, as novelas, os outros programas humorísticos, o canal Futura (não nessa ordem, é claro!), enfim.
Ela é uma marca registrada e por onde passa, onde põe a mão, se encontra um microfone aberto e tem algum tempo pra dizer alguma coisa, seja lá o que for, é sempre impactante, porque ela (e não consigo imaginar que tudo aquilo não seja natural) tem carisma, tem o que dizer e, quando diz, faz diferença.
Faz tempo que estou querendo escrever aqui no blog um post sobre o Esquenta. Acho até que já escrevi alguma coisa quando da temporada passada, mas hoje, não me contive porque achei o programa exibido, agora à tarde, especial (16.12.2012).
Por mim, teríamos um Esquenta durante todas as estações, sem exceção, porque o programa faz diferença na TV aberta, na programação cultural. Ali encontramos informação compactada. Nem sei como ela consegue em tão pouco tempo trazer aquilo tudo, nos mostrar tanto. Ela mistura Maimi com Copacabana, Chiclete com Banana sem se perder, sem ser artificial, sem ser forçada.
Acho o programa a minha cara, ou seja, a cara de quem gosta de tudo-aqui-agora-ao-mesmo-tempo-junto-e-misturado. Gosto, demais, dessa embolada, dessa farofa, da favela no coração da zona sul, da zona sul na periferia, porque somos muito mais!!!
Gosto da menina bonita que tem o samba correndo nas veias, do surfista que curte um pagode, do funk que nos contamina, de todas as caras estampadas na Telinha da TV. Da Velha Guarda, do samba no pé, do sorriso Fafá-de-Belém, da salada e do churrasco, da piscina e da laje. Da maionese, da macorronese, enfim, de tudo aquilo que nos representa de alguma forma. Não somos tudo, mas somos alguma coisa nesse todo. O Esquete reflete e refrata quem somos, porque podemos ser isso: tudo.
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