segunda-feira, 18 de maio de 2009

O pequeno traidor (filme)

O pequeno traidor é um filme de 2007, dirigido por Lynn Roth e conta a história de um menino israelense e um soldado britânico. Em 1947, meses antes da criação do Estado de Israel, tudo o que Proffi (Ido Port) deseja é que o exército britânico saia de sua terra. Ao soar o toque de recolher, o menino é pego pelo sargento Dunlop (Alfred Molina). Proffi tinha a intenção de espionar o bunker inglês. O militar, ao invés de prendê-lo, decide deixá-lo em casa. Proffi fica surpreso ao perceber que Dunlop tem grande curiosidade pela cultura local e o inimigo, este soldado inglês, não é como ele imaginava. Aos poucos o menino e o soldado tornam-se amigos e esta amizada tem um preço bastante alto a ser pago pela criança.
O filme é emocionante, sensível. Mostra como as amizades nascem, e mais, que às vezes o diabo não é tão feio como parece ou ainda que os aliados podem ser mais crueis do que imaginávamos.
Vou assistir novamente!

sábado, 16 de maio de 2009

17 de MAIO - Dia Internacional contra a Homofobia (texto)

O Dia 17 de Maio é o Dia Internacional contra a Homofobia. A data foi escolhida porque neste dia, em 1990, a Homosexualidade deixou a lista de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesta data tb se luta pelo direito à indiferença, ou seja, para que a orientação sexual não seja critério para a discriminação de qualquer ordem: que a homossexualidade passe sem ser notada. Os homossexuais querem ser reconhecidos pelo seu caráter e não pelo seu desejo sexual.
Luta-se tb, porque há muito ainda para se fazer, contra a violência motivada pela orientação sexual.
É muito importante que todas as pessoas compreendam que ser homossexual ou heterossexual é apenas um detalhe e que há muito mais semelhanças nessa diferença. Da mesma forma que a cor da pela não diz nada além da cor que se tem, a orientação sexual não diz nada além do desejo que cada um carrega.
Um mundo melhor e mais justo passa pela compreensão, convivência, respeito e a tolerância (sem se considerar mais normal) em relação ao outro.
Ponha em prática para que o mundo se humanize um pouco mais.

Em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas

o outro
que há em mim
é você
você
e você

assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós

Contranarciso - Leminski

A cultura da futilidade (texto)

É claro que sou a favor da diversidade. Total e irrestrita. Sem exceção. Sou pela possibilidade da existência e convivência de qualquer que seja a vertente. E mais do que isso, tenho procurado, porque isso é um aprendizado e não acontece da noite para o dia, respeitar as verdades, todas elas. Sem hierarquias. Sempre que posso faço o meu papel como educador para que meus alunos, em algum momento, pensem sobre as diferenças, e mais, procuro mostrar que não espero pelo dia em que todos os homens concordem, apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final. Mas a cultura da futilidade de uma parcela da comunidade gay é insuportável. Não consigo ficar indiferente diante da ostentação como se ela fosse produto de primeira necessidade, cesta-básica.
Sei que não devia, mas fico ofendido diante da seriedade com a qual se fala sobre nada e coisa nenhuma como se fossem muito importantes. Pior, como se fossem importantes para todas as pessoas.
Sei tb que essas afetações não são próprias da cultura gay, mas elas me tocam de maneira diferente quando surgem da boca de parcela dessa comunidade.
Há muito mais para ser mostrado do que alimentar os porcos com pérolas. Mesmo porque isso afasta e a proposta não é com-viver? Não é integração? Não é respeito? Não é o outro e eu também? Pois é ... falta ouvir o que se fala. Tarefa difícil, eu sei (e sei bem), mas investir nisso deveria ser básico.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Que me perdoe se eu insisto neste tema (texto)

Curitiba é uma bela capital. Claro que não me refiro a toda cidade, porque seria o mesmo que dizer que o Rio de Janeiro é lindo ou que é uma Cidade Maravilhosa. Não mesmo. A periferia do Rio é feia, abandonada, desarborizada, suja. Bonitas são partes das zonas sul e central, apenas. Hoje faz um dia lindo por aqui. Faz frio, Céu de Brigadeiro, um ventinho agradável que bate no rosto. As pessoas nas ruas estão elegantemente vestidas. Nessa meia estação ainda é agradável andar pelas ruas. No inverno não. Frio demais é incômodo (pelo menos pra mim).
Gosto dos cafés, das ruas movimentadas e da possibilidade de encontrar o que quero nas livrarias e lojas de CD's. Hoje ouvi o penúltimo CD da Mônica Salmaso "Nem 1 ai", não o comprei mas ele está na minha lista dos próximos a serem adquiridos. A faixa "Saudades dos aviões da Panair (conversando no Bar)" é linda. Os músicos que tocam são de primeira, assim como o seu repertório.
Vi tb livros que me engordaram os olhos, mas como o CD, ficaram para uma próxima vez. Estou sem grana e ainda é dia 15, metado do mês pela frente. Preciso ser menos impulsivo. De qualquer forma, andar por Curitiba faz um bem danado. Respirei um pouco de outro ar e já me sinto mais animado.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nanci (texto)

Nanci não é um nome muito comum, né não? Pelo menos não entre os meus conhecidos. E olha que conheço gente pra burro. Cada vez menos, é verdade, mas ainda assim, muita gente. E por incrível que pareça tenho duas amigas com esse nome. Não estou falando de colegas, dessas que a gente fala um "oi" vezinquando ou encontra esporadicamente para um almoço. Não! Estou falando de duas amigas especiais, dessas que, além de encontrar para um almoço sempre que podemos, agradeço os dias que as tenho por perto. Eles têm um quê semelhante, apesar de nem serem amigas, as duas olham para o "outro" com uma humanidade muito grande e isso faz com elas sejam para mim (e para muitas outras pessoas - eu sei) importantes. Quase nunca digo a elas o quanto são especiais para mim, mas sei que sabem disso. Amo muito vocês. Muito mesmo. E sempre que estamos juntos é tudo muito bom.

Divã (filme)

"Embrulha o teto para presente!" Pode parecer estranha essa frase aí com a qual inicio o texto sobre o filme Divã, mas fará sentido assim que vc puder ver o filme.
Só não escrevo aqui que ri durante toda a projeção porque estaria exagerando, mas posso adiantar que 90% do filme é engraçado. E a graça não é burra, bem ao contrário, é diversão inteligente e em algum momento ele fala sobre cada um de nós (sem ser auto-ajuda): amizade, sexo, amor, casamento (não necessariamente nesta ordem). Enfim, o filme fala daquele intervalo entre o nascimento e a morte no qual namoramos, escolhemos (ou não) uma profissão, casamos, temos filhos, estudamos, rimos, choramos etc.
Lília Cabral é Mercedes, uma mulher de meia idade (mais ou menos 40 anos) que resolve a traição do marido com certa racionalidade. Quer mais? Vá ao cinema! Vale à pena demais ver o filme. Fui e volto assim que puder.

13 de Maio (texto)

O Movimento Negro instituiu o dia 20 de novembro como a data oficial de Afirmação do Negro justamente porque nessa data comemora-se o dia de Zumbi, heroi que representa a luta do negro contra qualquer tipo de dominação. E reafirma, assim, não história que se tem contato sobre os negros (na mídia, nos livros didáticos, nos compêndios de história, nas escolas, nas universidades etc.), mas a história dos negros sobre os negros.
Poderia aqui escrever um tanto sobre o que representa o dia 20 de novembro para o Movimento dos Negros em nossa sociedade (em detrimento do dia 13 de Maio), mas achei mais interessante postar uma poesia de Solano Trindade que conta muito bem essa outra perspectiva da história:

SOU NEGRO
À Dione Silva

Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...