sábado, 6 de junho de 2009

INABILIDADE HUMANA no trato midiático* (texto)

- O retorno da Comunicação do Grotesco -
Dois casos distantes geograficamente guardam em comum a inabilidade e o despreparo para tratar com seres sejam adultos que fogem dos padrões ou crianças prodígio, que não deixam de ser seres em mutação, formação e transformação, como todos nós. A responsabilidade de produtores e apresentadores que levam ao limite a psique de artistas como Susan Boyle e a menina Maísa, de 6 anos, (do SBT) tem de ser questionada e levada mais a sério, e em nivel profissional. No caso de Susan, mesmo que ela tivesse fragilidades, a forma com que a mídia mundial a ela se referiu foi ofensiva e deselegante (foi alcunhada de "feiosa", "solteirona", "desequilibrada" e "vítima de internação em hospital psiquiátrico" - quando tudo o que importava era a sua bela voz), após ter sido injustamente afastada do primeiro lugar em um concurso ("show"?) de calouros, onde jurados se exibem em cima da exposição dos candidatos. mostrando que a relação sádica é o que conta nessas produções para atrair o gosto popular mediano. A menina Maísa, por sua vez, foi chamada de "medrosa" (o apresentador comandava e o público repetia, como marionete, aos gritos e risadas, a palavra diminuidora e humilhante: "medrosa!", medrosa!", o que nos EUA já é identificado como o crime de "bullying"). Foi também chamada de "menina cheia de banca", quando, constrangida, e mesmo tendo dito que "amava" o apresentador, a criança teve suas lágrimas e pavor de um menino maquiado de monstro ignorados e ridicularizados perante o Brasil. Numa segunda apresentação, em vez de ignorar o ocorrido, Silvio Santos tentou tocar de novo no assunto, a despeito dos pedidos educados da menina de que não o fizesse. Ele ignora as lágrimas da pequerrucha (visivelmente abalada e tentando em vão compor-se) e torna a fazer com que ela se sentisse constrangida em seu programa de auditório voltado para o entretenimento humorístico, espetacularizando a dor infantil e transformando em exibição midiática a incapacidade humana de relacionar-se, inclusive a dele: uma nova exibição da Comunicação do Grotesco dos anos 1970, quando Chacrinha fez um popular comer uma barata ao vivo, em troco de um Fusca. Ser-lhe-ia dado um carrinho de plástico!. . Estas produções milionárias deveriam por LEI ter em seu bojo orientação psicológica e psiquiiátrica obrigatória, além de acompanhamento e aconselhamento pedagógico compulsórios, pois seres inocentes poderão sofrer de estresse pós-traumático para o resto de suas vidas devido à má condução que visa o lucro e a audiência crescente a todo custo. Danos incalculáveis decorrem de tais ocorrências, ferindo a sensibilidade interna e externa daqueles que assistem e nada podem fazer, sendo assim disseminadas a impotência popular e a anestesia acrítica. Uma lástima da contemporaneidade.

*Professor Rogério Zola Santiago - jornalista e crítico de mídia pela Universidade de Indiana, USA, 

NUFOPE (texto)

Título estranho esse! Mas pertinente e necessário: I Fórum do Núcleo de Formação Docente e Prática de Ensino (NUFOPE) - da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ocorreu nos dias 4 e 5 de junho, na cidade de Foz do Iguaçu e contou com a presença, principalmente, dos professores dos cursos de licenciatura afetos à Unversidade.
A programação ficou apertada para esses 2 dias: quase não se teve muito tempo para as discussões nos grupos de trabalho (5 grupos, organizados a partir de afinidades), mas foi produtivo porque ouvimos como os cursos (repetidos, no caso de Letras) estão pensando a formação de professores. A organização dos Estágios pelos professores responsáveis pela disciplina Prática de ensino e o Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada um desses cursos: não ficamos na queixa, mas nas propostas para um novo fórum para ampliar as discussões que apenas se iniciaram nesse encontro.
Acho importante destacar que o Pró-Reitor de Graduação esteve conosco durante todo o encontro. Normalmente a presença dos Pró-Reitores não é muito comum, nunca vai além da abertura desses eventos, por conta tb da grande concentração de atribuições, mas o nosso ficou ali, firme e forte, participando, dando opiniões, contribuindo e, mais importante, ouvindo o que tínhamos para dizer.
É claro que tudo não foi um mar-de-rosas, sempre tem um blábláblá que poderia, ou melhor, que não deveria acontecer, mas controlar tudo é impossível e a experiência desse primeiro encontro pode render boas contribuições na organização dos cursos de Licenciatura (História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Letras, Pedagogia, Matemática, Química, Ciências Biológicas, Enfermagem).
Bom saber que a universidade está pensando no ensino!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cadê Patrícia? (texto)

Patrícia Amieiro Franco desapareceu quando voltava para a sua casa na Barra da Tijuca, Rio de janeiro, depois de uma festa. Quase um ano depois do seu desaparecimento, a polícia informou, nesta quinta-feira (4), que oito policiais militares são os principais suspeitos do caso. Vc leu bem? Não!? Então leia outra vez: OITO POLICIAIS MILITARES SÃO OS PRINCIPAIS SUSPEITOS DE ENVOLVIMENTO NO CASO! Isso mesmo!
Provavelmente esses senhores que são pagos para proteger a população mataram e sumiram com o corpo da engenheira.
Segundo os investigadores, os PMs podem responder por homicídio e ocultação de cadáver. Dois deles, que estavam perto do local, disseram que Patrícia teria se acidentado e sumido nas águas do canal. Mas a principal suspeita, ainda de acordo com os investigadores, é que os policiais tenham tentado fazer Patrícia parar, não foram atendidos e atiraram contra o seu veículo, provocando o acidente. Depois, eles teriam pedido apoio a outros colegas do batalhão do Recreio, também na Zona Oeste.
Em abril deste ano, a família de Patrícia lançou um site para divulgar todas as etapas da investigação e mostrar que o caso segue sem solução. Segundo o irmão da engenheira, Adryano Franco, o site (www.cadepatricia.com.br) foi criado para ser mais um instrumento para obter informações sobre o que aconteceu com Patrícia.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Você está preparado para ter um cão de estimação? (texto)

Cães são boas companhias, são divertidos, alegres, estão sempre prontos para receber carinho e brincar. Se filhotes são muito graciosos além daquela carinha que dá vontade de beijar muito, mas adotar ou comprar um animal de estimação não pode ser uma decisão que se toma assim sem pensar.
Cães crescem, dão trabalho, custam caro, precisam de atenção e espaço. Por isso, por conta de decisões impensadas, temos uma grande quantidade de animais abandonados todos os dias. De acordo com dados do Instituto de Proteção aos Animais do Brasil (IPAB) 50% dos animais abandonados são de raça, como poodle, cocker spaniel, pastor alemão, rottweiler e fila, que estão entre as que têm maior índice de rejeição.
É muito comum pessoas que, ao enfrentarem algum contratempo com o cão, querem 'devolver' o animal. Os motivos são diversos: muita bagunça em casa, aumento das despesas por causa de rações e cuidados com o animal, doença, velhice, mudança.
Um fator importante a ser levado em conta é custo mensal para um cão de pequeno porte, os mais procurados - em média, de R$ 150, valor que já inclui gastos com ração, banho e tosa. Além do lado financeiro, existe a questão do tempo que a pessoa tem para se dedicar ao animal. Não adianta deixá-lo trancado o dia todo dentro de casa e só brincar com ele à noite. O ideal é que o cão saia pelo menos duas vezes por dia para passear e fazer suas necessidades na rua. Para quem mora em apartamento e tem pouco espaço, as raças mais indicadas são yorkshire, lhasa apso, shitzu, schnauzer e pinscher. Já quem dispõem de um espaço maior pode arriscar a ter cães como golden retriever, labrador e boxer.
Para evitar a atitude extrema de abandonar o cão é simples - embora quase ninguém faça isso na hora de comprar ou adotar um animalzinho de estimação, converse com um veterinário. Conheça os hábitos dos animais e tenha em mente qual tipo de companhia você quer ter em casa.


sábado, 30 de maio de 2009

Jonas Brothers & The Beatles

Sinceramente, eu não sabia quem eram os irmãos Jonas até que eles desembarcaram aqui no Brasil (ou melhor, lá no Brasil). Nem ficaria bem um homem da minha idade sair por aí atrás dos CD's (acredito que tenham mais de um porque ouvi dizer que já venderam mais de 10.000.00 cópias) dos Brothers, vestindo uma camiseta I love Jonas Brothers. Não mesmo! E tb não faz parte do meu style (para entrar no ritmo) sair por aí gritando ao estilo "macaca de auditório" (isso ainda existe?) para divulgar os meus gostos musicais. Um pequeno parêntese: as músicas e artistas dos quais gosto tb não corresponderiam a esse comportamento. Já me incomodo bastante com os carros dos agro-boys (com suas gatinhas) que circulam por aqui (e por todos os lugares imagináveis) com sons turbinados ouvindo Bruno & Marrone ou qualquer coisa desse gênero (sem com isso querer criar categoria de gosto). Não é a minha, mas é a de muita gente e tenho que respeitar.
Mas o que me chamou a atenção foi o fato dos Irmãos Jonas (parece coisa de religião!) terem sido comparados com Os Besouros. E eu ter me incomodado com isso...falo tanto sobre essa não-categorização de gostos (melhor, pior, bom, ruim, música boa, música pobre, música meia boca etc.) e me peguei achando o absurdo a tal comparação.
Depois que assisti na TV as meninas (entre 10 e 20 e poucos anos) enlouquecidas no show que os garotos fizeram na Apoteose no Rio de Janeiro percebi que podem sim ser comparados aos The Beatles (que o meu amigo Maurício me perdoe). Eles produzem, por onde passam, o mesmo frisson (ou um semelhante ao provocado pelos Beatles nas meninas na década de 1960) nas meninas do mundo inteiro. Não quero aqui falar sobre a música, até porque não sei o que os meninos (os Jonas) tocam, mas apenas desse desespero adoslescente que se manifesta a cada apresentação desses moços.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

VERGONHOSO!!! (texto)

Deu no Globo.com: O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu nesta quinta-feira (28) receber de forma irregular auxílio-moradia de R$ 3,8 mil mensais desde o ano passado (Esse auxílio é quase dez vezes o salário mínimo que a maioria dos brasileiros recebem por mês!!! Ele é pago por nós através dos impostos).
Ele disse ter ordenado o cancelamento do pagamento e prometeu debater (Ele devia renunciar!!!) novas regras para o pagamento do auxílio-moradia em reunião da Mesa Diretora que acontece nesta manhã. A Mesa também decidiu que os senadores que receberam de forma irregular o benefício de auxílio-moradia terão de devolver o dinheiro (Isso quer dizer que além do Sarney tem outros?!) O ressarcimento será feito por meio de desconto na folha de pagamento dos senadores (Isso não é suficiente!).
Sarney tem residência em Brasília. Seu caso agrava-se pelo fato de que desde fevereiro, por ser presidente da Casa, ele tem direito a ocupar a residência oficial do Senado. No início da semana, ele negou o recebimento em conversa com alguns jornalistas, mas nesta quinta-feira retificou a informação. O presidente do Senado atribuiu o pagamento a algum erro (É MUITA CARA-DE-PAU!!!) administrativo. Segundo ele, em mais de 30 anos de mandato nunca pediu para receber o benefício.
“Quero pedir desculpas pela informação errada que eu dei. Eu nunca pedi auxílio-moradia, mas por um equívoco, a partir de 2008, me informaram que realmente estava sendo depositado na minha conta o auxílio-moradia. Eu já mandei retirar isso”, afirmou Sarney.
Tá tudo errado mesmo! E nós o que fazemos? O que podemos fazer?

Este é o e-mail do Senador: sugiro uma mensagem para ele - sarney@senador.gov.br

terça-feira, 26 de maio de 2009

3° mandato?! Pô, péra aí...(texto)

O assunto começa a pipocar na imprensa: falam-se de ementas constitucionais; fala-se tb que não se fala sobre o assunto porque ele, o assunto, é hipótese inexistente; fala-se ainda que é casuísmo. Fala-se até em um referendo popular para ratificar a medida.
Como somos gatos escaldados...e para quem sabe ler...não nos surpreendamos se de repente, não mais que de repente, assim como quem não quer nada, de soslaio tivermos essa possibilidade de uma terceira eleição. Da mesma forma como foi no governo do ex-presidente Fernando Henrique em que a reeleição entrou na pauta do dia, como quem não quer nada, como se nada tivesse acontecendo, entrou tb na Constituição, e ele candidatou-se. E foi reeleito.
Sei que o lugar de decisão é a urna e sei tb que, como já citado aqui em outra oportunidade, não podemos fazer nada se a vontade popular for a de ratificação da proposta, mas não me conformo (e quem está preocupado com o meu inconformismo?) com a alteração das regras da forma como sempre é feita. Essa história de que não se mexe no jogo durante a partida (usando uma metáfora do futebol) é besteira porque o jogo sempre estará em andamento, mas que pelo menos fosse às claras, sem essa de deixar tudo para os 44 minutos do segundo mandato. Aí eu fico...

Espumas ao vento (Accioly Neto)

  Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim Um grande amor não se acaba assim Feito espumas ao vento Não é coisa de momento, raiva pa...