Já faz muito tempo que queria recontar a história dessas minhas fotos.
Recontar é mais divertido que lembrar.
Não tenho nenhuma foto de quanto eu era um bebê. Meus pais estavam se separando e, é claro, não tinham cabeça para pensar em fotografias.
A foto mais antiga que tenho é esta primeira aí. Eu tinha 3 anos e estava na praia com a minha mãe.
Ele me disse que era para ficar ali parado para uma foto e eu, sempre
envergonhado, fiquei nessa pose de soldado. Sentido!
Lembro-me muito dessa sunga de praia: preta e branca. Não me lembrava dessas pernas tortas.
Nesta aqui, à direita, eu só fiquei quieto
porque o fotógrafo me deu esse gatinho de plástico para segurar. E ri porque ele mandou que eu olhasse o passarinho. Eu estava bem mal-humorado neste dia e fiquei ainda mais porque a minha mãe me obrigou, praticamente, a tomar banho (
que eu odiava) e troc
ar de roupa para fazer algumas fotos.
Esta outra aqui à esquerda (
na qual estou sem camisa) foi tirada em frente a nossa casa, no Rio. Tínhamos este
short até pouco tempo atrás. O cinto era costurado nele. E ele era salmão. Praticamente um gordo.
Nesta outra,
carnaval, naturalmente. Ou alguém pensa que no Rio de Janeiro andava-se dessa maneira?
Não sei de onde minha mãe tirou a ideia de colocar esses colares dourados no meu pescoço.
Todo ano eu batia cartão nos bailes infantis vestido de índio.
Mais por conta dos cabelos pretos e lisos do que por vontade. Eu adovava o carnaval! Minha mãe tb gostava muito de estar ali
comigo (eu acho).
Nesta última aqui, eu e o filhote do cachorro dos meus avós.
Gostava muito de cachorro, mas o que eu mais gosto nessa foto é o c
onga azul marinho. Eu estava sentado numa mureta na varanta e a foto foi tirada por um dos meus tios (irmãos de minha mãe).
Acho que era um momento de paz que eu proporcionava. Ficar ali sentando esperando o click da máquina fotográfica.
O nome do cachorro era Boock. Um vira-lata que eu não deixava em paz enquanto eu estivesse nos meus avós.