domingo, 15 de novembro de 2009

Meu tempo (estou aprendendo) Marina Lima/Antonio Cícero

Gosto muito das músicas da Marina Lima/Antonio Cícero. Já ouvi com mais frequência, é verdade. Mas continuo, vezinquando, ouvindo os discos (CD's) antigos. Desta vida, desta arte, por exemplo, é um CD que sempre ouço. Tem ali pérolas dessa dupla: "Meu tempo", é uma delas. Tou ouvindo agora e, como tenho boas lembranças dessa época, posto aqui a letra.


Eu sei

Estou aprendendo

A vida é meu tempo sem me guardar ou machucar demais

E nem quero mais a chave do mundo

Eu sempre mudo, nada é igual, mas o fundamental
Pra mim é saber achar

O que esse tempo tem pra dar

Nada acabou-se quero acreditar que

No fundo do amargo tem uma gota doce
Eu tento não endurecer

É duro sofrer, mas sei que faz parte

Desta vida e desta arte

E só quero

No peito e na garra

Comprar mesmo a barra humana e mortal

Barra total

Pra mim é saber achar

O que esse tempo tem pra dar

Nada acabou-se quero acreditar que

No fundo do amargo tem uma gota doce...

2012 (filme)

Cinema é ou não a maior diversão? É. Sem cinema minha vida seria sem graça. Ir ao cinema (uma pena que agora quase todos sejam em shoppings) é quase um ritual: escolher o filme, a sessão, o lugar, aguardar para que as luzes se apaguem.
Aqui em Cascavel, não em qualquer lugar, acho que por força do hábito, ou melhor, por força do não-hábito, algumas pessoas ainda acham que a sala de projeção é extensão da sua casa e, dessa forma, conversam, atendem telefone, comentam todas as cenas dos filmes etc. Uma pena!
Ontem assisti ao filme_catátrofe_fim_do_mundo 2012. Vou porque gosto de efeitos especiais. Gosto de ver a onda gigante se aproximanda da cidade, destruindo tudo. Prédios inteiros engolidos pelo terremoto etc. etc. etc.
Fora isso, o filme é o mesmo de sempre. A Guerra Fria já acabou faz tempo ..., quer dizer, não em Hollywood: um Russo milionário faz as vezes do vilão (não é bem um vilão, mas tb não é um mocinho). Não é apenas ele, tem tb um norte-americado do mal.
Nesta nova versão, com pitadas politicamente corretas: o presidente negro, o discurso em defesa da nova humanidade, o cientista (tb negro) que descobre/revela o fim_dos_dias etc. etc. etc.
Está tudo lá: previsível até o último instante. O pai_desajustado_que_salva_a_família e recupera o amor e a admiração dos filhos. O maluco que prevê, sem que ninguém dê a devida atenção, os dias finais...
E a cena, divulgada pela imprensa local, do Cristo Redentor aos pedaços, desaponta.
O cartaz brasileiro traz a imagem do Cristo destruído, na França, a Torre Eiffel, na Itália, O Vaticano, mas todas essas cenas são coadjuvantes.
Pra quem gosta de efeitos especiais e não se irrita muito com aqueles roteiros preenchidos com o heroi e a mocinha que se beijam no fim do filme ... dá para encarar.

sábado, 14 de novembro de 2009

Hoje (texto)

Um dia uma amiga me disse aqui que somos (eu-e-ela) ansiosos e, portanto, queremos antecipar tudo: sentimentos, problemas, soluções, idas, vindas, tristezas e alegrias. Estou numa fase de ansiedade exacerbada e isso me tem feito (claro) muito mal. Não tenho conseguido dormir (que novela!) ... e como há um efeito cascata ... fico mais ansioso, menos durmo, menos durmo e mais ansioso. O ano não acaba. Preciso de férias. Mas pela frente: tantas atividades ainda.
Nesta semana, nunca pensei tanto na sexta-feira. Fiquei contando os dias para poder dormir até mais tarde sem ter que pensar em ler trabalhos de conclusão de curso; preocupar-me com as provas, concursos, PDE e a casa que sozinha não funciona.
Ontem cheguei aqui, depois de um dia longo de trabalho, e fiquei deitado sem fazer nada até às 20h. Pensando apenas neste final de semana.
A noite não foi boa, mas não estou com aquele peso nas pernas, apenas uma leve dor de cabeça e um desânimo. Ainda bem que aqui, nesta caverna, existe silêncio.
Estou com o pensamento fixo no mês de janeiro. Querendo dormir uma semana sem intervalo: sem taquicardia, sem pesadelos, sem precisar uma posição boa na cama. Dormir, apenas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lista (texto)

Gosto de listas. Faço quase sobre tudo: os dez livros mais interessantes, os menos; os discos mais ouvidos, as melhores mísicas; os melhores contos; os melhores blogs, enfim, listas, listas e mais listas.
Hoje, no Globo.com, saiu a lista do jornal britânico "The times" dos cem melhores filmes da década, exibidos nos cinemas do ano 2000 para cá.
E em se tratando de filmes, não dá para deixar de reproduzi-la aqui: o longa-metragem "Caché", dirigido por Michael Haneke e estrelado por Juliette Binoche e Daniel Auteil, ficou em primeiro lugar na seleção, seguido de "Ultimato Bourne", com Matt Damon, do oscarizado "Onde os fracos não tem vez", dos irmãos Coen, e do documentário "O homem urso", de Werner Herzog.

O brasileiro Fernando Meirelles apareceu duas vezes na lista, com "Cidade de Deus", que conquistou o 62ª lugar, e "O jardineiro fiel", que ficou em 52º. A lista também inclui "O cavaleiro das trevas", "O eterno brilho de uma mente sem lembranças", "Borat", "Gladiador", "Pequena Miss Sunshine" e outros.

Confira abaixo os primeiro 30 colocados no site do jornal.

1. "Caché" (2005) (vi)

2. "Ultimato bourne" (2007) (vi)

3. "Onde os fracos não têm vez" (2007) (vi)

4. "O homem urso" (2005) ( vi)

5. "Team America: detonando o mundo" (2004) (não vi)

6. "Quem quer ser um milionário?" (2008) (vi)

7. "O último rei da Escócia" (2006) (não vi)

8. "007 - Cassino Royale" (2006) (vi)

9. "A rainha" (2006) (não vi)

10. "Hunger" (2008) (não vi)

11. "Borat" (2006) (vi)

12. "A vida dos outros" (2006) (vi)

13. "This is England" (2007) (não vi)

14. "4 meses, 3 semanas, 2 dias" (2007) (vi)

15. "A queda - As últimas horas de Hitler" (2004) (vi)

16. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" (2004) (vi, mais de dez vezes)

17. "O segredo de Brokeback Mountain" (2005) (vi)

18. "Deixe ela entrar" (2008) (não vi)

19. "Voo United 93" (2006) (vi)

20. "Donnie Darko" (2001) (não vi)

21. "Boa noite e boa sorte" (2005) (vi)

22. "Longe do paraíso" (2002) (vi)

23. "O equilibrista" (2008) (não vi)

24. "Extermínio" (2002) (vi)

25. "Dançando no escuro" (2000) (vi)

26. "Minority report - A nova lei" (2002) (vi)

27. "Sideways - Umas e outras" (2004) (vi)

28. "O escafandro e a borboleta" (2007) (vi)

29. "Quero ser John Malkovich" (2000) (vi, vi, vi)

30. "Irreversível" (2002) (vi)



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Canto de Contar Contos: muitos anos de vida (texto)

No dia 13 de novembro o blog Canto de Contar Contos (http://cantodecontarcontos.blogspot.com) completa o seu primeiro aniversário. A blogueira Cris já está nas comemorações. Hoje ela postou um texto lindo, uma retrospectiva desse seu primeiro ano: contando o surgimento e os caminhos trilhados a partir dos seus escritos. Acho apenas que ela não faz ideia do quanto seus textos navegaram: navegar impreciso (alguém parafraseando o poeta).
Sei que tb faço parte desse aniversário como leitor dos seus textos e, sobretudo, como um privilegiado por ter "conhecido" alguém tão especial. Cris, parabéns pelo aniversário! Anos de vida ao seu blog. Amigos por perto, sempre. Coragem!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Distrito 9 (filme)

Nós esperávamos por um ataque hostil ou por tecnologia, mas no lugar dessa perspectiva, desembarcaram, na Terra, alienígenas-refugiados. Instalaram-se em uma área em Joanesburgo, África do Sul, o Distrito 9, uma espécie de favela. E, como tudo que está à margem, pelo menos aqui no Brasil, eles são encarados e tratados como párias. Uma empresa é contratada para controlar os alienígenas e mantê-los em campos de concentração e, com isso, deseja receber imensos lucros para fabricar armas que tenham como "matéria-prima" as defesas naturais dos extraterrestres. Mas na tentativa de fabricação dessas armas, descobre que para que elas sejam ativadas, o DNA dos aliens é necessário. O tensão entre humanos e aliens aumenta.
É um filme interessante: alienígenas conhecidos como camarões, humano que sofre mutação e, o mais importante, uma metáfora sobre como os indesejados são tratados, seja aqui, seja na África do Sul.

domingo, 8 de novembro de 2009

O início da queda do Muro - 9 de novembro 1989

No final da Segunda Guerra Mundial, Berlim, a capital da Alemanhã, foi dividida em quatro áreas. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética passaram a administrar cada uma destas áreas.

No ano de 1949, os países capitalistas (Estados Unidos, França e Grã-Bretanha) fizeram um acordo para integrar suas áreas à República Federal da Alemanha (Alemanha Oriental). O setor soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrado a República Democrática da Alemanha (Alemanha Ocidental), seguindo o sistema socialista, pró-soviético.

Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam passar livremente de um lado para o outro da cidade. Porém, em agosto de 1961, com o acirramento da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.

O muro, que começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.

Em 9 de novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo na reintegração da Alemanha.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...