Como alguns de vocês sabem, sou professor. Professores dão aulas. E aulas sem alunos, impossível. O fato de eu dar aulas significa, necessariamente, que eu faça avaliações. Fazê-las nunca é tranquilo (por tudo o que já foi dito sobre elas). Proponho uma questão, espero que o aluno consiga respondê-la. Essa resposta, em potencial, deve ser redigida de maneira que forma e conteúdo estejam casados. Nem sempre os casamentos são perfeitos. Na verdade, quase nunca os casamentos são perfeitos: às vezes o cara sabe o conteúdo (e eu sei disso), mas não consegue me provar que sabe através da sua escrita. Outras vezes ele não sabe o conteúdo e tenta através da sua escrita mostrar que sabe.
E outras vezes, ainda, ele sabe e sabe provar que sabe (sorte a dele e a minha tb).
Por tudo isso eu preciso atribuir uma nota ao seu trabalho. Essa nota não é a nota do aluno, mas a nota atribuída à prova feita pelo aluno. É claro que há muita dificuldade de se separar a nota atribuída ao aluno do aluno, por parte do aluno que recebe aquela nota.
Quase sempre, e isso se repete a cada final de ano, ele confunde a nota atribuída à prova ao fato do professor gostar ou não dele.
Ele não consegue entender, quase sempre, que gostar de alguém não significa aprová-lo. Uma coisa é gostar do aluno, ser, inclusive seu amigo, outra coisa é confundir a amizade com a nota que se deve atribuir à prova poduzida por ele.
Não posso aprovar um aluno porque sou seu amigo, porque simpatizo com ele, porque ele é bem humorado, educado, gentil, assiste as aulas. Não posso reprovar um aluno porque ele é mal-educado, grosseiro, não é meu amigo, ou porque tenho certa antipatia por ele.
Existem critérios objetivos para a correção de uma prova: a forma e o conteúdo. A forma é determinada por uma linguagem mais próxima possível da norma padrão. O conteúdo determinado pelos textos lidos e discutidos em sala de aula.
Fico angustiado com a reação deles em torno da reprovação e tb da aprovação. Ouço sempre "O senhor me deu tal nota", como se ela aparecesse do nada, como se eu não tivesse critérios para corrigir uma prova, como se eles não soubessem desses critérios.
E aí as caras viram, ficam feias, emburradas ou, num outro extremo, felizes, cheias de sorrisos, simpáticas, como se eu fosse o ressponsável pela nota que cada um recebe.
Por tudo isso eu preciso atribuir uma nota ao seu trabalho. Essa nota não é a nota do aluno, mas a nota atribuída à prova feita pelo aluno. É claro que há muita dificuldade de se separar a nota atribuída ao aluno do aluno, por parte do aluno que recebe aquela nota.
Quase sempre, e isso se repete a cada final de ano, ele confunde a nota atribuída à prova ao fato do professor gostar ou não dele.
Ele não consegue entender, quase sempre, que gostar de alguém não significa aprová-lo. Uma coisa é gostar do aluno, ser, inclusive seu amigo, outra coisa é confundir a amizade com a nota que se deve atribuir à prova poduzida por ele.
Não posso aprovar um aluno porque sou seu amigo, porque simpatizo com ele, porque ele é bem humorado, educado, gentil, assiste as aulas. Não posso reprovar um aluno porque ele é mal-educado, grosseiro, não é meu amigo, ou porque tenho certa antipatia por ele.
Existem critérios objetivos para a correção de uma prova: a forma e o conteúdo. A forma é determinada por uma linguagem mais próxima possível da norma padrão. O conteúdo determinado pelos textos lidos e discutidos em sala de aula.
Fico angustiado com a reação deles em torno da reprovação e tb da aprovação. Ouço sempre "O senhor me deu tal nota", como se ela aparecesse do nada, como se eu não tivesse critérios para corrigir uma prova, como se eles não soubessem desses critérios.
E aí as caras viram, ficam feias, emburradas ou, num outro extremo, felizes, cheias de sorrisos, simpáticas, como se eu fosse o ressponsável pela nota que cada um recebe.