Ontem almocei com dois grandes amigos (Robson e Henrique). Nos encontramos (os três) praticamente uma vez por ano. São casados, têm filhos, eu moro em outro estado, ou seja, nossas vidas foram organizadas de forma diferentes. Nesse nosso apenas um encontro, nos divertimos muitos (eu pelo menos me divirto bastante). Os dois têm um humor ácido. E não tem tempo ruim para brincadeiras.
Falamos sobre muitas coisas (tínhamos apenas a hora do almoço do Henrique). Não sei por que falamos do BBB (Big Brother Brasil). O Henrique foi categórico afirmando que não assiste de jeito nenhum, que acha o programa uma grande besteira. O Robson, por sua vez, disse que vê. Disse ainda ser viciado em TV e pouca coisa ele não assiste na televisão.
Eu não vejo, mas não sabia dizer, além da falta de interesse, um motivo para não acompanhar o reality. Fiquei pensando.
1. Primeiro acho que é um tempo perdido. Não aprendo nada e não me divirto com o programa. Não é que eu tenha que aprender ou me divertir o tempo todo, mas pelo menos eu tenho que esperar (sou assim) que aquilo possa me trazer algum benefício. Não é o caso do BBB (pelo menos em termos de expectativa);
2. Normalmente são pessoas iguais (em termos de comportamento), são apenas de sexo, profissão (quando há) e lugares diferentes, mas não são pessoas que, em princípio, a gente possa identificar tribos distintas. As conversas, então, só podem ser a partir de um mesmo prisma;
3. Os brothes têm comportamentos que não tem nada a ver comigo. Sou de outra faixa etária. Outra geração e não consigo achar graça nenhuma em biceps e triceps, quero dizer, nos assuntos em torno disso.
4. Ah, ia me esquecendo, show de realidade é um pouco demais pra mim: o que vejo ali é o que posso ver em qualquer lugar: ciumes, inveja, intrigas, grupos contra grupos (é só esperar), bundas, pernas, braços (um açougue humano).
5. Assim que eu me lembrar ... ah, aceito sugestões.