O pastor ugandense Martin Ssempa além de ser contra a homossexualidade, que julga 'um distúrbio', afirma que a camisinha oferece pouca proteção - ficou famoso após organizar manifestações em que queimou preservativos.
Atualmente, Ssempa é um dos mais enfáticos apoiadores do projeto de lei anti-homossexual para votação no Parlamento de Uganda.
O país já proíbe por lei o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas o novo texto é mais rígido, incluindo até a pena de morte em alguns casos.
O país já proíbe por lei o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas o novo texto é mais rígido, incluindo até a pena de morte em alguns casos.
Ssempa é pastor da Igreja da Comunidade Makerere e integrante da Força-tarefa Contra a homossexualidade em Uganda. Ele também tem papel de conselheiro e consultor no governo.
Não é nenhuma novidade aqui para nós brasileiros um pastor, um padre, ser contra a homossexualidade e pautar o seu discurso no fato de pessoas do mesmo sexo não poder gerar filhos ou ainda no argumento de ser a homossexualidade contrária à Família Tradicional etc e tal.
Cansei de escrever aqui, em muitas oportunidades, que esses argumentos são tão furados que agora nem vale à pena insistir mais nisso. No entanto, apesar de acreditar que cada um acha o que pode (e não o que quer), continuo lutando pela liberdade de opinião, só não posso concorda que um país sendo laico (e isso acontece tb em Uganda) a vontade de religiosos (em sua maioria fanáticos) possa ser imposta a todos, indistintamente.
Se o pastor é a favor ou contra alguma coisa, incluindo aí a homossexualidade, ele não pode querer que a sua vontade se sobreponha. E quando escrevo aqui sobre a vontade do pastor, estou escrevendo sobre a vontade de certas religiões (como acontece tb no Brasil). Por conta da bancada evangélica e da igreja católica projetos como o de união civil entre pessoas do mesmo sexo e o de criminalização da homofobia estão mofando.
É um passo adiante e tantos outros para trás.