Deu no Daily Mail, a britânica
Andrea Fletcher sempre foi a feliz companheira do escritor e jornalista
John Ozimek e mãe de
Rafe, 5 anos. O parceiro sempre foi tudo que ela desejou:
gentil,
honesto,
inteligente,
pai dedicado – não só ao filho do casal, mas também às filhas do primeiro casamento de cada um deles,
Natasha, de 16 anos, e
Meg, da mesma idade.
Após o último Natal, porém,
John apareceu com uma novidade:
nunca foi feliz sendo homem. Quer ser uma mulher. E já tem um nome:
Jane Fae.
Andrea foi pega de surpresa. Ficou confusa. Mas, com o tempo, de acordo com a matéria de sábado do
Daily Mail, simplesmente aceitou a mudança. “Ele pode continuar sendo o que sempre foi. E eu continuo a amar essa pessoa, não importa se é homem ou mulher”, afirmou. Andrea já comprou roupas de mulher para John…digo, Jane, e também um perfume feminino.
Ela conta que durante um bom tempo o companheiro andou distante e calado e ela sabia que ele tinha algo a dizer. “Pensei que ele me contaria que tinha alguma doença horrível ou que iria nos abandonar. Mas, no fim, era isso. Confesso que até fiquei aliviada”, disse Andrea. “Não vou abandonar minha alma gêmea”, garantiu, na entrevista.
O menino Rafe estranhou o pai vestido de mulher. “Por que papai está usando uma saia?”, questionou. A mãe explicou: “Alguns pais vestem saias se assim desejarem”. O menino aceitou a explicação. Mas continua chamando “Jane” de pai. “E é o que ele é para Rafe”, diz Andrea.
Na rua, o casal já enfrenta o preconceito geral. “Duas moças passaram por nós no supermercado e começaram a rir da aparência de John. Fiquei com muita raiva e gritei para elas: pelo menos não são feias e gordas como vocês! Elas calaram a boca”, conta Andrea.
Não postei aqui esta matéria apenas para escrever sobre
as infinitas possibilidades. Sobre o número de desejo correspondente
ao número de cabeças existentes, mas porque me chamou atenção o número de
comentários de leitores sobre a matéria publicada na
Globo.com (1681 até o momento desta postagem aqui). Tem de tudo, tem comentários
em nome de Deus,
em nome da sociedade, da família, dos homossexuais, enfim,
fala-se em nome de quase tudo.
Vale mais à pena ler os comentários do que a matéria em si.