Com tristeza que acabo de saber da morte de José Saramago. Mas não a tristeza da morte (a vida é intermitente), mas a tristeza do vazio. Do nada em seu lugar. Ensaio, perplexo, esse texto porque ainda que ele tivesse 87 anos, uma longa vida, (e muita literatura) eu não sabia de sua saúde precária. Morre o homem, a obra continua produzindo leitores, discussões, inquietações: Memorial do convento (1982) é arte, não tem outra igual (acho), Intermitências da morte (2005), me deixou boquiaberto.
A sua lucidez me impressionava, como me impressionava tb a sua experiência, como dizia o que dizia sobre a língua portuguesa, sobre a literatura, sobre a vida.
Sinto-me meio estranho, mistura de perda (mas como se perde algum que não se teve) e melancolia. Uma saudade do que não teve.
“Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.”
A sua lucidez me impressionava, como me impressionava tb a sua experiência, como dizia o que dizia sobre a língua portuguesa, sobre a literatura, sobre a vida.
Sinto-me meio estranho, mistura de perda (mas como se perde algum que não se teve) e melancolia. Uma saudade do que não teve.
“Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.”
José Saramago