sábado, 26 de fevereiro de 2011

Da Série Contos Mínimos

Não havia antalhos entre nós. Ele estava no início da sua vida e eu no final da minha.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Da Série Contos Mínimos

Gritos ecoaram de um distante continente: líbios, egípcios, argelinos, tunisianos, jordanianos, iraquianos e lemenitas sacudiram as bandeiras, invadiram as praças.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pensamento do dia

Envelhecer é ficar cada vez mais à vontade no mundo. (Tânia Aires)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Entre um encontro e a postagem (texto)

Nesse fim de semana reencontrei dois grandes amigos. Bastante tempo sem contato. Um deles eu ainda "encontrava", vezinquando,  via orkut o outro já contavam 12 anos sem uma única notícia.
Eu os conheci em Curitiba quando do meu mestrado. Éramos bem próximos, mas o trabalho, a vida pessoal, a família, os novos  projetos, a nossa casa, tudo isso vai mudando um pouco a nossa rotina e quando a gente se dá conta (se se dá) estamos vivendo outra vida.
Mas essas mesmas ondas que vão nos levando para outras direções tb nos trazem de volta até a beira da praia. E se estamos com sorte, assim como estávamos, nos (re)encontramos. Colocamos quase tudo em dia. Foi muito bom!
Não é exatamente sobre esse reencontro o motivo desse post, ainda que ele me tenha inspirado, de alguma maneira. Mesmo que possa não parecer que tenha alguma relação entre o encontro e o que vou escrever.
Fiquei hoje o dia inteiro lendo textos de alunos (orientandos), textos da pós-graduação e relatórios de iniciação científica. Nos intervalos dessas leituras e observações que eu fazia nesse material (a parada para um chá, o telefone que tocava, a hora do almoço, a instalação de um novo computador, a configuração da nova impressora) eu me pegava com um pensamente recorrente: a alegria de não parecer a idade que se tem.
Não consegui me lembrar de onde surgiu essa ideia insistente, mas, creio, agora aqui pensando sobre esse pensamento, que ele tenha aparecido por conta dessa percepção in loco do tempo que se foi.
Por que tenho tanto medo de envelhecer? Talvez porque a velhice seja (é claro que estou pensando numa vida que ultrapasse todas as  suas fases canônicas) a última etapa de nossas vidas e pensar que se morre sem saber verdadeiramente o que acontece depois não é nada tranquilo, pelo menos pra mim.
Talvez (sempre há muitas possibilidades, e na ausência do Paulo Fernando para me ajudar aqui com essas preocupações, tenho que me virar sozinho mesmo) porque envelhecer seja perder algumas coisas e não lido muito bem com isso (alguém lida?) Perde-se (é esse o verbo, deixar de ter alguma coisa que se tinha, de certa forma, importante, porque se assim não o fosse, não se perdia) a juventude num mundo em que ela é extremamente valorizada. E por mais que se diga não se afetar pelo senso comum...estou eu aqui pensando que ter 40e muitos e não aparentar é um privilégio.
E fiquei pensando ainda nos recorrentes reforços dessa juventude eterna: num espírito jovem, na boa aparência, naquela alegria juvenil como se fosse uma obrigação ter 50, 60, 70 e poucos anos, mas manter-se inatingível pelo tempo.
Não tenho mais trinta. E como é difícil atravessar essa barreira. Queria muito me ver como eu sou e poder ser quem sou sem me preocupar mais do que eu devia (tá aí outro problema, a medida da preocupação) com o que eu não devia me preocupar. Não quero ter espírito jovem nenhum, quero ter o espírito que me cabe com o que eu sou e fui acumulando durante esses anos todos.
Não quero e nem preciso ser um senhor moderno daqueles que ninguém é capaz de dizer a idade que tem porque virou um intervalo entre os 30 e os 60. Quero ser um senhor_senhor que saiba aonde possa ir, o que vestir, ter uma boa saúde a medida do possível sem as obrigações de ser eternamente jovem. Não terei nunca mais 30, nem 40, nem 45 pra sempre, assim como não terei 50, 60  por um período maior do que 365 dias. E viva a idade que se tem!!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O primeiro dia de aula (texto)

Hoje meu primeiro dia em sala de aula com os calouros/2011 do curso de LeTRaS. Gostei da rapaziada (língua preconceiotuosa essa, rs, tem muito mais meninas que meninos e eu os chamando de rapaziada, melhor refazer), ops, gostei da moçada (que já tem outra conotação: jovens de ambos os sexos).
A aula um pouco nervosa, eu fico tenso sempre na primeira semana ou na primeira aula, além da tensão fico gago, surdo e falo tão rápido que preciso me policiar ou ser policiado (mais fácil assim).
De qualquer forma, a aula foi boa, no que diz respeito a primeira impressão. Gostei mesmo do jeitinho dos novos alunos(as). Tomara que seja uma turma turma e não um amontoado de gente que divide o mesmo espaço.
Tomara tb que gostem (muito) de ler e tenham (muito) interesse pela escrita, pela disciplina.
Sejam bem-vindos!!!

Fiquei me lembrando do meu primeiro dia de aula, não na universidade, mas no primeiro ano do ensino fundamental. E vai tempo...
Nunca estranhei a escola. Eu fui criado, praticamente, dentro de escolas. Minha mãe foi professora primária durante muitos anos. E em quase todos os seus anos de magistério eu a acompanhava, vezinquando, porque não havia com quem ficar.
Minha diversão era usar a máquina de escrever. Não me lembro bem a impressão que tinha a respeito dessa máquina, mas acho que devia ser o mesmo fascínio que o computador desperta nas crianças, hoje em dia.
Eu não pensava em ser professor. Quando me peguntavam o que eu seria quando  crescesse, tinha a resposta na ponta-da-língua: médico. Acho que todos os meninos da minha geração queriam ser médicos (é possível que não fosse assim). Sorte da medicina eu ter mudade de opção. Até seringa me arrepia, e veja bem, não estou falando de agulhas.
Lembro-me bem desse primeiro dia, Tia Terezinha, nome da primeira professora. Ela era um amor comigo. E eu ali, fantasiado de aluno de escola pública: tênis preto, calça azul marinho e camisa branca. E aí a Tia Terezinha perguntou quem queria ler um texto. Meu braço já devia estar levantado bem antes de ela pensar em escolher alguém.
Eu já sabia ler, na verdade eu achava que sabia ler.  Pra ser sincero, eu conhecia as letras e as juntava acreditando que faziam algum sentido.
Eu gostava mesmo de aparecer. Nem sei como me transformei numa cara tão tímido. Queria fazer tudo. Sabe aquele tipo de aluno que não dá nem tempo para um outro se oferecer? Era eu. Insuportável isso.
É claro que o mais divertido era a hora do recreio. Fiquei apenas um ano nessa escola (escola em que minha mãe trabalhava). No ano seguinte fui para uma escola mais próxima de onde morávamos.
Uma pequena lembrança desse início rumo à academia. Depois disso, nunca mais deixei de estudar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Doar palavras (Campanha)

Vejam só que projeto bacana e que depende apenas de um minutinho nosso: O Hospital Mário Penna, em Belo Horizonte, que cuida de doentes de câncer, lançou um projeto que se chama "Doe Palavras". Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.
Você acessa o site, escreve uma mensagem de otimismo, curta (como no twitter) e ela aparece no telão para os  pacientes que estão fazendo o tratamento – na sala de quimioterapia. 
Não é incrível? Podemos ajudar milhões de pessoas enquanto elas passam pelo tratamento como nossas mensagens, essa ajuda acontece de muitas formas: apoio, reconforto, distração (ocupam o tempo que ali passam recebendo a quimio), reprogramação mental, otimismo, e muitas outras, algumas bem subliminar, mas muito efetiva. Dizem que é linda a reação de esperança e a fé dos pacientes.
Participem, não apenas hoje mas, todos os dias. Deem um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos. Nos custa quase nada (só um pouco de tempo) e pode realmente trazer grandes benefícios aos que sofrem dessa doença que tem tratamento de efeitos colaterais terríveis, e podem ou não promover a cura. Porém apoio e mensagens de otimismo são um tratamento delicioso sem efeitos colaterais negativos e ajudam muito na cura e/ou no processo de apoio – é uma carícia positiva.
Então? Não economizem palavras: use-as nesse projeto maravilhoso.
Divulguem!!!! 

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...