domingo, 6 de novembro de 2011

Para Cris (texto)



Dia desses, combinamos  (Cris e eu) de postar algumas fotografias dos lugares por onde passássemos quando de nossas caminhadas. Fazia tempo que eu não caminhava...por isso...eu não conseguia cumprir o nosso acordo. É possível até que vc não se lembre dele.
Hoje, um amigo me convidou para uma volta no lago Municipal de Cascavel. Aceitei, como vc pode comprovar pelas fotos. E aproveitei para fotografar o caminho e mostrar para você(s) por onde andei.




































































sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Vesti azul, minha sorte então mudou (texto)

Sei que marrom não é a cor predileta do rei. Para ser sincero, tb não é a minha cor favorita. E por falar em cores favoritas, acho que as minhas são o azul e o vermelho (não necessariamente nesta ordem, nem ao mesmo tempo e muito menos como uma cor que predomine num dia desses).
Mas eu precisava (um pouco de exagero, sempre é bom) mudar a cor do blog. Estarei completando 3 anos no ar e uma pequena reforma já seria uma maneira de comemorar. Começo pelo mais fácil, mais prático, menos burocrático.
E aí fiquei diante das possibilidades que não são muitas fazendo as minhas escolhas. Entre um laranja e um branco, um preto fúnebre e um verde esperança, optei pelo marrom nunca antes usado aqui.
Queria mesmo um blog mais personalizado, que fosse mais a minha cara. Não necessariamente a minha cara, mas que tivesse uma mais agradável e não fosse tão igual a tudo e mais um pouco que se vê por aí em qualquer lugar...Diante dessa impossibilidade, vai o marrom mesmo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Canção Amiga (Carlos Drummond de Andrade)

Canção Amiga

Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.


Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não se vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.


Eu distribuo um segredo
como quem anda ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.


Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.


Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aos 109 anos de Carlos Drummond de Andrade

    José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...