quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cabeça vazia é morada

Resultado de imagem para cabeça vazia e morada do diaboPreciso me ocupar muito porque sou dos acreditam que cabeça vazia é morada do diabo. Sinto que quando tenho muito o que fazer pouco tempo me sobra para pensar nas coisas periféricas. 
As coisas periféricas moram naqueles pensamentos destrutivos, nos espelhos que nos deixam nus, na baixa autoestima, na tristeza. Bem, não quero com isso dizer que essas coisas periféricas não possam habitar os nossos pensamentos. Não só podem como habitam, independente da nossa vontade. Isso é humano.
Mas o que quero dizer é que a forma como isso se encontra em mim é perigosa. Fico muito tempo, mais do que o que considero normal, entregue a essas situações.
E ainda que eu reclame dessa vida intensa, desses convites de projetos que me acompanham sempre, eu sei que são eles que me movem. Gosto e preciso dessa intensidade de coisas para fazer: funciono bem assim, ainda que no fim do dia eu me sinta estragado.

Abre alas (Ivan Lins)


Encoste essa porta que a nossa conversa
Não pode vazar
A vida não era assim, não era assim
Bandeira arriada, folia guardada
Pra não se usar
A festa não era assim, não era assim
(Abre alas, 1974)

segunda-feira, 30 de março de 2015

Volta às aulas e o cuidado de não piorar o que está ruim

Resultado de imagem para volta às aulas na universidadeA vontade de estar em sala de aula estava me angustiando nos dias de paralisação contra os desmandos do (des)governo do Paraná. Fiquei feliz com o fim da greve e muito mais com o recuo do governador sobre o pacotaço contra o funcionalismo público do estado.
E dei a primeira aula, na segunda semana, em vista de as aulas terem começado exatamente na quarta-feira (dia da minha aula) e, por ser o primeiro dia de aula, a recepção dos calouros ter acontecido nesse dia.
E aí parece que tudo volta o normal e a gente fica sem tempo para parar e pensar na aula seguinte. Que bosta esse ritmo de trabalho! Nessa mesma quarta-feira viajei para um evento: coordenação de um simpósio, apresentação de trabalho e no sábado uma banca de dissertação.
Claro que nem tudo foi trabalho. É lógico. Também aproveitei para encontrar amigos, tomar um chope, bater papo, falar besteira, mas, sem me esquecer do que tinha para fazer durante o evento: o texto para apresentar não estava finalizado e a dissertação não estava totalmente lida com as observações. Fiz tudo isso durante três dias.
E aí, ao chegar em casa, mais obrigações da universidade para deixar em ordem. Preciso entrar verdadeiramente no ritmo (é a segunda vez que uso essa palavra aqui) do ano letivo, da vida acadêmica.
Dia 14 tem, finalmente, a banca de Professor Associado. E preciso me preparar. Já andei relendo o texto e percebendo que eu preciso ainda fazer reparos nele. Bem, esse já foi pra banca, mas para uma futura publicação e para os membros, preciso justificar esses furos.
Além disso, deixei atribuições acumuladas e tenho que dar conta delas até o fim desse semana.
Bem, uma coisa de cada vez para não piorar o que não está bom.

Da Série Contos Mínimos

Depois de muitos anos  os irmãos conversaram pela internet. Em princípio, uma conversa dessas que a gente inicia ao se sentar ao lado de um desconhecido e fala sobre o tempo. E, aos poucos, perceberam que aquela era a oportunidade de dizerem-se saudosos. Foi uma boa conversa. Dessas que terminam com os olhos cheios de água e o coração apertado de saudades.

domingo, 29 de março de 2015

Da Série Contos Mínimos

Resultado de imagem para nada
Vivia de um lado para o outro sem se concentrar. A vida já não tinha a mesma graça. Nem música, nem filme, nem nada.

domingo, 22 de março de 2015

Detalhes


Mas "quase" também é mais um detalhe...

Da Série Contos Mínimos

Resultado de imagem para um homem sozinho Falaram muito sobre a saudade. Prometeram se encontrar. Combinaram diversas e (im)possíveis conversas. Que quase aconteceram, mas "quase" também é mais um detalhe. O tempo não permitiu. A vida é desse jeito, enquanto pensamos nela, ela simplesmente acontece.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...