Nesses tempos de jogos. Nesses dias de disputas. Em época de Copa do Mundo, a presença de Helô é sempre enorme. Fico pensando em como ela estaria se estivesse aqui em casa ou se em qualquer outro lugar assistindo os jogos: sem intervalo, todos os jogos, comentando, reclamando, torcendo pelos mais fracos, feliz pelos vencedores e, imediatamente após a vitória de qualquer que fosse a seleção (sobretudo, na fase de mata-mata, quando os países que perdem são eliminados), um lamento enorme em relação à seleção desclassificada.
Se estivesse viva, certamente trocaríamos mensagens durante os jogos. Fizemos isso em muitas oportunidades. Se o jogo era com o Brasil, aí só com ligação: falávamos antes, durante e após o jogo. Que saudade! Quanta saudade sinto dela.
Mil rituais: a mesma posição, reza, oração, incenso (de efeito moral), nenhuma piada, nenhuma gracinha...caso contrário ela ficava brava. E com razão. Eu, espírito de porco, arrumava alguma coisa que a contrariasse para fazer durante o jogo. Ainda que ela soubesse que era apenas para irritar e achasse graça, não era sempre assim de forma tranquila que a brincadeira era recebida.