Pensando bem, disse-me ela depois de tanto ouvir histórias de desumanidades -"Nós nos alimentamos de nós mesmos: quando o homem é o lobo do homem".
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
4 anos (texto)
Dia 24 de janeiro, o Do Avesso faz aniversário. São 4 anos de vida (estou apenas adiantando a notícia). Este ano quero escrever um texto em homenagem aos amigos que colaboraram, direta ou indiretamente, com o blog.
Queria tb modificar alguma coisa por aqui, mas falta ideia. O Layout não dá para alterar muito, já que uso os que me são oferecidos pelo BLOGGER, mas quem sabe não tenho bons sonhos que me façam pensar em mudanças, mesmo que sejam pequenas.
Vou aprendendo com o "não" (texto)
De férias, tenho aproveitado os meus dias para descansar muito, ou seja, dormir bem e só acordar quando o sono acaba. Mas como todo professor, mesmo nas férias, continuo trabalhando. Claro que num ritmo mais tranquilo, mas não menos concentrado do que faria se estive na ativa.
Tenho, agora, todo o tempo do mundo para me concentrar em um trabalho de cada vez. Quase nunca temos a oportunidade de fazer isso durante o ano letivo: são tantas as atividades ao mesmo tempo que quase nunca dá para respirar fundo, pensar mais a respeito de cada uma delas, porque tudo sempre é para ontem.
Hoje, fechei um livro que estamos organizando, uma amiga e eu. Pela manhã meti bronca no meu projeto de pós-doutorado, mas fui ao cinema à noite porque sempre é bom esvaziar a cabeça para no outro dia recomeçar.
Pra amanhã, leituras e escrita, depois reescrita e mais leitura. Tenho tempo, mas se não aproveitar bem o tempo, corro o risco de perder prazos.
Hoje recebi a notícia de que a minha proposta de Produtividade em Pesquisa, para o CNPq, não foi aprovada: eu não tenho o perfil mínimo necessário para solicitar a bolsa, além da proposta não está adequada às exigências da equipe que avalia os projetos. Blz, foi a primeira vez que enviei uma proposta, ano que vem tem outra e eu não desisto.
No mais, é ir aprendendo com os "nãos", para que o sim tenha um gostinho doce. E amanhã é sexta-feira outra vez, engraçado como de férias, isso não faz a menor diferença. Bom fim de semana para quem por aqui passar.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Mais do mesmo (texto)
Faz anos que venho publicando aqui, no blog, no mês em janeiro, sobretudo, o mesmo texto sobre as enchentes que devastam algum ponto do Rio de Janeiro. Triste iniciar as postagens de 2013 com um texto sobre as águas de janeiro, a irresponsabilidade onipresente de vereadores, deputados, prefeitos e governadores. Nem me dou mais ao trabalho de me indignar com as declarações desses senhores (ou senhoras) que ocupam algum cargo político, não me espanto mais com os sobrevoos (de helicóptero) do governador quando alguma região é inundada e pessoas morrem, ou com a pseudo-declaração de que farão, resolverão, construirão, finalizarão, salvarão, doarão o que preciso for para, finalmente, não haver mais problemas com as chuvas, com as encostas ocupadas, com os soterrados, com os que precisam desocupar as suas casas, com os mortos etc.
Acho que, é um desabafo, enquanto escolhermos os nossos representantes pela cor do olhos, pela cara de bom moço, pela barba bem feita, pelo nome de família, correremos, todos, o risco de sermos engolidos por alguma barreira.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Retro-Perspectivas
De longe 2012 não foi o ano mais produtivo aqui no Do Avesso. Dei uma olhada geral em relação aos 3 anos anteriores e, de cara, vi que não cheguei nem perto dos 239 textos de 2011 (um ano que já foi pequeno se comparado aos dois anteriores, 2010 e 2009).
Foram apenas 185 textos neste ano. Consequência do ano barra pesada em se tratando de trabalho forçado na universidade. Pude perceber tb, durante esta olhada geral, que venho perdendo o fôlego: 2011
(239)
2010
(347) e em
2009
(421) em relação às postagens por aqui.
Natural, acho. Mais trabalho, menos tempo para escrever. Nos três primeiros meses deste ano, até que escrevi bastante (escrever tb significa postar textos de outros, postar músicas, fotografias, enfim postagens diversas que não apenas textos meus) foram, respectivamente, 29, 22 e 27 postagens. Um bom começo. Depois degringolou de vez, até que em outubro e novembro parece que não estive por aqui: 2 e 4 postagens, apenas. Vergonha total!!!!
Paciência. Espero que eu possa cantar em 2013: "Este ano não vai ser igual àquele que passou..."
Os comentários tb foram em menor número. Apenas as visualizações se mantiveram no mesmo patamar mesmo com menos postagens. Salve os amigos que por aqui passaram!
Nada é perfeito! Este ano viajei mais, escrevi mais textos acadêmicos, participei de mais eventos e por isso acabei deixando um pouco de lado aquele prazer de escrever apenas por escrever.
De qualquer forma, desejo a todos um 2013 cheio de sorte em todos os sentidos . Beijos e abraços em todos!!!
domingo, 23 de dezembro de 2012
Pros amigos... (texto)
Quase natal, quase ano novo. Eu? Finalmente de férias!!! E, vale dizer, merecidas. 2012 foi um ano de trabalho, foi um ano de conquistas profissionais, foi um ano de viagens, de novas amizades, de conclusões e de perspectivas, de novas possibilidades, de sonho tb.
Aos poucos, 2012 foi me mostrando que nem sempre água mole em pedra dura... que cada um é que sabe a delícia e a dor de ser o que é, que o que é nosso tá guardado.
De férias, depois de dormir muito por quase dois dias, preciso dizer aqui que desejo aos amigos um ano novo cheio de alegrias. Que a gente tenha trabalho, mas que a gente tb possa descansar. Pros amigos quero tudo, desejo tudo de melhor: amor, mega sena, viagens, risos, mais amigos, sorte, realizações.
Pros nem tanto amigos, desejo aquilo que eles merecem. E aí tiro o meu da reta, porque se merecem muito, terão muito e se não merecem tanto, terão, como merecem, o que fizerem por merecer.
Aos não-amigos, desejo distância. E assim, fica bom pra todo mundo! Não quero pedir nada...mas desejo saúde, amigos por perto, riso, realizações, dinheiro...se eu merecer...
Um grande Natal para quem por aqui passar...um Ano Novo novo, desses que faz brilhar os olhos.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Esquenta!!!!
Que sou fã de Regina Casé, não é nenhuma novidade. Desde TV Pirata, passando pelo Programa Legal, Chico Anysio, as novelas, os outros programas humorísticos, o canal Futura (não nessa ordem, é claro!), enfim.
Ela é uma marca registrada e por onde passa, onde põe a mão, se encontra um microfone aberto e tem algum tempo pra dizer alguma coisa, seja lá o que for, é sempre impactante, porque ela (e não consigo imaginar que tudo aquilo não seja natural) tem carisma, tem o que dizer e, quando diz, faz diferença.
Faz tempo que estou querendo escrever aqui no blog um post sobre o Esquenta. Acho até que já escrevi alguma coisa quando da temporada passada, mas hoje, não me contive porque achei o programa exibido, agora à tarde, especial (16.12.2012).
Por mim, teríamos um Esquenta durante todas as estações, sem exceção, porque o programa faz diferença na TV aberta, na programação cultural. Ali encontramos informação compactada. Nem sei como ela consegue em tão pouco tempo trazer aquilo tudo, nos mostrar tanto. Ela mistura Maimi com Copacabana, Chiclete com Banana sem se perder, sem ser artificial, sem ser forçada.
Acho o programa a minha cara, ou seja, a cara de quem gosta de tudo-aqui-agora-ao-mesmo-tempo-junto-e-misturado. Gosto, demais, dessa embolada, dessa farofa, da favela no coração da zona sul, da zona sul na periferia, porque somos muito mais!!!
Gosto da menina bonita que tem o samba correndo nas veias, do surfista que curte um pagode, do funk que nos contamina, de todas as caras estampadas na Telinha da TV. Da Velha Guarda, do samba no pé, do sorriso Fafá-de-Belém, da salada e do churrasco, da piscina e da laje. Da maionese, da macorronese, enfim, de tudo aquilo que nos representa de alguma forma. Não somos tudo, mas somos alguma coisa nesse todo. O Esquete reflete e refrata quem somos, porque podemos ser isso: tudo.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Da Série Contos Mínimos
Tudo o que eu tinha coube em uma mala pequena: dois pares de sapatos, algumas camisas, meias, dois livros: um de Caio Fernando Abreu e A Cinza das Horas.
Fui levando saudades e alegrias. Fui embora sem me despedir, sem abraços, sem tristezas.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
O Fortão da Paulista* (Marcelo Coelho)
O trânsito ali sempre é complicado, mas à noite, com as decorações
natalinas, fico pensando se não seria o caso de interditar a avenida
Paulista de uma vez.
Estando todos avisados que depois de certo horário só a circulação de
pedestres é permitida, pelo menos diminuirá o número dos desesperados
que, dentro do carro, esperavam chegar em tempo a seu destino, sem saber
que a rua se tornou mais uma atração turística do que um meio racional
de circulação.
O passeio pode ser simpático. Puseram árvores de luzinhas que fogem ao
esquema habitual. Em vez de troncos com as lâmpadas chinesas enroladas
em volta, surgiram espetos de tamanho médio, que durante o dia não se
percebem muito, mas à noite se ganham o aspecto de magra e invernal
vegetação iluminada.
Crianças pequenas tiram fotos com os pais, passadas as 23h. Adultos
descansam sentados em parapeitos, a meio do longo trajeto. Andando por
ali, tive sentimentos contraditórios.
Nunca passei o Natal fora do país, mas aquilo podia até ser parecido com
Nova York, ou quem sabe Milwaukee. Estava tudo bem até eu ver três
garotões de preto, cheios de tachinhas e pulseiras, sem o menor ar de
admiração pelos trenós e presépios em volta.
Sosseguei ao ver que havia um carro de polícia estacionado logo ali.
Pensei melhor, identificando os garotos mais com alguma vertente punk do
que com neonazistas ou assassinos de homossexuais.
Bem à minha frente, dois jovens japoneses pareciam tomar conhecimento
com a Paulista pela primeira vez, e temi pelo que pudesse acontecer com
eles.
Algo está certamente errado com um lugar onde, ao mesmo tempo, crianças
pequenas apontam para imagens de Papai Noel e homossexuais podem ser
espancados e mortos à vista de todo mundo -das crianças inclusive.
Certamente, ataques aos gays existem em qualquer parte da cidade, mas
não é casual que episódios desse tipo tenham acontecido várias vezes na
avenida Paulista.
Provavelmente, o homofóbico faz questão de tornar especialmente pública a
sua ação. Viu que na Paulista, na passeata do orgulho gay, existem
muito mais membros dessa tribo do que ele próprio pensava.
O poder de centenas de milhares de gays o intimida. Se existem tantos,
que será de mim? É claro que, lá no fundo, ele pensa: "quando chegará a
minha vez?".
Pois bem, passado o trauma da multidão, ele gostaria que a avenida
voltasse ao normal. Um dia de tolerância aos gays não quer dizer que no
resto do tempo a homossexualidade esteja permitida.
É como o machão que, certa vez na infância, no campinho de futebol, bem, você sabe... Mas ele é totalmente heterossexual, claro.
Dizem os alemães que uma vez é igual a vez nenhuma: "einmal ist
keinmal". Certo, um dia por ano admite-se a festa do orgulho gay. Cabe
ao homofóbico destruir, então, qualquer vestígio do que aconteceu.
Não inovo ao dizer que o fortão da avenida Paulista quer destruir, acima
de tudo, o seu próprio medo de ter desejos homossexuais. Procura
ingerir a heterossexualidade junto com os anabolizantes.
Deveria pensar que a heterossexualidade, como a dimensão dos músculos, é uma questão de grau.
Um dos sujeitos mais heterossexuais que conheci considerava que, depois
dos 40 anos, ter barriga é desejável. Mais do que isso, a ausência de
barriga chegava a lhe parecer um bocado suspeita.
Há quem vá além. Soube de um cidadão que, mesmo nos transes da
adolescência, nunca teve interesse em se masturbar. "Meu negócio é
mulher", dizia ele. E o onanismo, pensando bem, não deixa de ser uma
forma de obter prazer com alguém do mesmo sexo.
Que dizer, ademais, de um homem que faz questão de sair com mulheres
bonitas? É o que quer a maioria; enquanto isso, muitas mulheres não
ligam para a feiura dos companheiros.
Concluo que as mulheres, provavelmente, são mais heterossexuais do que
os homens -tão ligados, afinal, em frescuras estéticas, enjoamentos,
exigências e minúcias.
Como é que aquele gay, pensa o homofóbico da Paulista, pode ser mais
bonito do que eu? Surge o impulso agressivo. Ele volta, depois, à
academia de ginástica. O espelho, ali, reflete a sua imagem. Ele é a
madrasta de Branca de Neve. Que as luzes do Natal não iluminem seu
desfile pela Paulista.
Folha de São Paulo - Ilustrada - 12 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
Não dá para insistir com o tempo, ele tem as seus meios, suas regras e organização para sair de onde está e chegar em outro lugar, estou me referindo, é claro, aos dias que "não passam".
Todos os dias, assim que acordo, penso no tanto que falta para as férias chegarem: são 13 dias para eu estar, finalmente, no Rio e não pensar, pelo menos por uns dias, em trabalho.
Como eu disse em um post anterior, fico por aqui, me organizando de forma que eu elimine, a cada dia, o que falta fazer.
Dia desses, eu descobri que me enfiaram e mais uma atividade no dia 17 de dezembro. Será possível isso?! Não bastasse tudo que eu preciso finalizar, ainda tem um teste seletivo pra encarar. Tudo pela universidade, aff.
Amanhã, a segunda etapa do vestibular. Segunda, uma banca de mestrado pela manhã e à tarde reunião na Pró-Reitoria, terça-feira, atividades internas na universidade, quarta, espero finalizar uma prova para um concurso externo, quinta, uma viagem curta e e sábado de volta a Cascavel. Segunda-feira, 17, o tal teste seletivo e, depois disso, me organizar para a viagem de férias (espero que não inventem nada mais para fazer).
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