sábado, 22 de outubro de 2011

Para reitor, uma universidade com quali(s)dade.

Dia 25, terça-feira próxima, teremos a oportunidade de mostrar que tipo de universidade queremos. Para isso, basta saber quem é quem nessa disputa pelos cargos. Não há desculpa
Quem vota em quem e quem tem o apoio de quem: isso é um bom sinal para conhecer que tipo de universidade teremos caso a gente opte por uma ou outra chapa.
Eu, por exemplo, não sinto saudades da época em que a professora Liana Fátima Fuga foi reitora dessa instituição. Muito menos gostaria de reviver a época do professor Marcos Vinícius e toda a cambada que o acompanhou.
Tá tudo aí, é só procurar saber quem é quem e o que motiva certas pessoas na defesa de algumas candidaturas. Além disso, é importante tb se informar como era a nossa instituição há 8 anos e como ela está agora. O quanto cresceu? O quanto se verticalizou? Quantos doutores tínhamos e quantos temos hoje? A quantidade de grupos de pesquisa, de bolsas para acadêmicos, de espaço físico? São perguntas que são respondidas com certa facilidade. 
Tudo isso reflete planejamento. Precisamos de planejamento.
Um outro termômetro é olhar o lattes dos candidatos. Se estamos falando de academia estamos falando de produção intelectual; se estamos querendo um reitor que saiba o que é pesquisa, extensão e ensino, precisamos valorizar tb o quanto o candidato produziu durante os seus últimos anos para/na instituição. 
Não dá para colocar na reitoria alguém que sequer saiba o que é um artigo, porque é esse quem irá nos representar.
Quero uma universidade com qualidade. Quero uma universidade fora das páginas policiais! Quero uma universidade sem a sujeira dos partidos políticos, uma universidade ficha limpa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

UNIOESTE é Multicâmpus ou Todo bairrismo é burro. Não, Todo bairrismo é estúpido! (texto)

Sempre achei uma grande besteira a rivalidade entre Rio e São Paulo ou entre Aracaju e Bahia. Na verdade, achava até divertido alguém ficar por horas defendendo uma ou outra cidade a partir de percepções completamente subjetivas como se elas pudessem ser realmente comprovadas.
Mas não é exatamente sobre a rivalidade entre o Rio e São Paulo que quero escrever. Esta, pra mim, está superada. Gosto de São Paulo, gosto de São João, de São Francisco e São Sebastião e gosto de meninos e meninas...
A ideia aqui é escrever sobre a rivalidade que querem construir entre os cinco câmpus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Pra ser sincero, acho que essa rivalidade é mais política do que qualquer outra coisa.
Estamos às vésperas de escolher o novo reitor (diretor do câmpus e diretor do centro) da instituição. As eleições serão dia 25 e tenho ouvido de professores, agentes universitários e alunos que votar no candidato de Cascavel (o atual diretor do campus de Cascavel é candidato a reitor), ainda que ele não tenha mostrado, nos últimos quatro anos, nenhuma competência administrativa (um setor de compras que não compra; aquisição bibliográfica que não ocorreu; projetos com financiamento sem espaço físico; professores sem sala para atender alunos; aluno com assessoria e salário; ex-aluno, sem nenhum vínculo com a instituição com assessoria e salário. E há quem diga que isso é pouco, entre outras coisas. Não é.), será bom para Cascavel.  

Não será, acreditem!!!!

Ouvi, ontem à noite, de um professor de Toledo que estava cansado de Rondon (Marechal Cândido Rondon é uma das cinco cidades que compõem a UNIOESTE, além de Francisco Beltrão, Toledo, Foz do Iguaçu, Cascavel) a frente da reitoria por tanto tempo e mesmo que isso significasse colocar na reitoria o atual diretor de câmpus de Cascavel (tenho que reconhecer que muitos agentes universitários parceiros do atual diretor são bons funcionários -muitos, meus amigos- e dão conta de suas responsabilidades, apesar dele) ele o faria para não ver mais uma vez Rondon dirigindo a universidade.
Mais um parêntese, a reitoria, nos últimos oito anos, foi administrada por um professor do curso de História de Marechal Cândido Rondon.
Dizem que contra fatos não há argumentos. Mentira. Não há argumentos contra quem acredita numa causa, seja ela qual for.
O tal professor (de Toledo) ouviu de uma mesa repleta (de professores de Cascavel) todas as mazelas pelas quais passam o campus de Cascavel e mesmo assim manteve a sua posição, porque não quer ver a sala da reitoria ocupada por um professor de Rondon.

Mudanças são necessárias (eu reconheço isso, acho saudável que haja rodízio entre as liderenças), mas não a qualquer custo e preço. Não dá para por em risco uma instituição em nome de uma cidade. , preciso escrever aqui, que esse tipo de bairrimos é burrice.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

15 de outubro

Minha mãe costumava me ligar no dia dos professores para me parabenizar pelo nosso dia. Ela tb era professora. Era quase um ritual. Por volta das 9h, porque sabia que eu não gostava, e ainda não gosto, de acordar cedo, o telefone tocava. Triim, triim (meu telefone tocava assim). -Alexandre?! -Oi, mãe!!! -Parabéns pelo dia dos professores!!! -Parabéns para a senhora tb! Eu, tb como num ritual, repetia o repetitório. E aí falávamos de outras coisas, de tantas outras coisas. Hoje, falei com ela, não por telefone. Não foi preciso discar, teclar nenhum número. Apenas agradeci pelos tantos anos dessas ligações.

domingo, 9 de outubro de 2011

A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração (Rodrigo Savazoni)

É inegável que Jobs foi um grande designer, cujas sacadas levaram sua empresa ao topo do mundo. Mas há outros aspectos a explorar e sobre os quais pensar neste momento de sua morte.
Steve Jobs morreu, após anos lutando contra um câncer que nem mesmo todos os bilhões que ele acumulou foram capazes de conter. Desde ontem, após o anúncio de seu falecimento, não se fala em outra coisa. Panegíricos de toda sorte circulam pelos meios massivos e pós-massivos. Adulado em vida por sua genialidade, é alçado ao status de ídolo maior da era digital. É inegável que Jobs foi um grande designer, cujas sacadas levaram sua empresa ao topo do mundo. Mas há outros aspectos a explorar e sobre os quais pensar neste momento de sua morte.
Jobs era o inimigo número um da colaboração, o aspecto político e econômico mais importante da revolução digital. Nesse sentido, não era um revolucionário, mas um contra-revolucionário. O melhor deles.
Com suas traquitanas maravilhosas, trabalhou pelo cercamento do conhecimento livre. Jamais acreditou na partilha. O que ficou particularmente evidente após seu retorno à Apple, em 1997. Acreditava que para fazer grandes inventos era necessário reunir os melhores, em uma sala, e dela sair com o produto perfeito, aquele que mobilizaria o desejo de adultos e crianças em todo o planeta, os quais formam filas para ter um novo Apple a cada lançamento anual.
A questão central, no entanto, é que o design delicioso de seus produtos é apenas a isca para a construção de um mundo controlado de aplicativos e micro-pagamentos que reduz a imensa conversação global de todos para todos em um sala fechada de vendas orientadas.
O que é a Apple Store senão um grande shopping center virtual, em que podemos adquirir a um clique de tela tudo o que precisamos para nos entreter? A distopia Jobiana é a do homem egoísta, circundado de aparelhos perfeitos, em uma troca limpa e “aparentemente residual”, mediada por apenas uma única empresa: a sua. Por isso, devemos nos perguntar: era isso que queríamos? É isso que queremos para o nosso mundo?
Essa pergunta torna-se ainda mais necessária quando sabemos que existem alternativas. Como escreve o economista da USP, Ricardo Abramovay, em resenha sobre o novo livro do professor de Harvard Yochai Benkler The Penguin and the Leviathan, a cooperação é a grande possibilidade deste nosso tempo.
“Longe de um paroquialismo tradicionalista ou de um movimento alternativo confinado a seitas e grupos eternamente minoritários, a cooperação está na origem das formas mais interessantes e promissoras de criação de prosperidade no mundo contemporâneo. E na raiz dessa cooperação (presente com força crescente no mundo privado, nos negócios públicos e na própria relação entre Estado e cidadãos) estão vínculos humanos reais, abrangentes, significativos, dotados do poder de comunicar e criar confiança entre as pessoas.”
Colaboração: essa, e não outra, é a palavra revolucionária. E Jobs não gostava dela.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Gay tem perna quebrada por agressores em SP

Mais agressão contra gays na região da Avenida Paulista em São Paulo. Tá virando rotina e muito disso se deve à impunidade que, de alguma forma, proteje esse tipo de violência. É crime de intolerância e deveria ser tratado dessa forma.
O que se ouve dos bolsonaros de plantão é que não passa de uma homonormatividade tentando impor a própria sexualidade aos demais.
Orelhas cortadas; braços, pernas e dentes quebrados; traumatismos, rostos cortados são, possivelmente, invenções dos próprios agredidos para produzir efeito de barbárie.
Vergonha total de pagar as contas e não ter proteção alguma.  

domingo, 2 de outubro de 2011

Elo - Maria Rita (CD)

Final de semana em Curitiba, aproveitei para comprar o novo CD de Maria Rita. Na verdade, foi uma surpresa porque não sabia que ela estava para lançar um novo trabalho. Maria Rita? Compro sem ouvir, sempre, porque sei que vou gostar de tudo.
Eis que sou surpreendido por regravações ou trabalhos que não entraram em projetos anteriores por algum motivo. Gostei na primeira audição de tu-do, sem exceção.
Pra mim, Menino do Rio (Caetano veloso), já valia o CD. Mas tem ainda tantas outras interpretações que valem à pena ouvir outra vez: Só de você (Rita Lee e Roberto de Carvalho), Nem um dia (Djavan), A história de Lilly Braun (Chico e Edu Lobo), Santana (Junio Barreto e João Araújo) entre atntas outras. 
Como eu disse, vale a pena ouvir de novo, de novo.

Tecendo a Manhã - João Cabral de Melo Neto (poesia)

Embalado pelo clima do blog da Lucília, um pouco de poesia para animar a semana que inicia:

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.


E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Espumas ao vento (Accioly Neto)

  Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim Um grande amor não se acaba assim Feito espumas ao vento Não é coisa de momento, raiva pa...