sábado, 19 de agosto de 2017

Será que ficou bom?

Adoro brincar de arrumar a casa: trocar os móveis de lugar e  assim experimentar um espaço diferente daquele que eu tinha e usava. Faço isso com frequência até conseguir uma disposição com mais espaço e mais harmonia. Nem sempre dá certo.
Estou neste apartamento faz quase 3 anos e hoje, mais uma vez, troquei a sala de lugar. Não foi fácil por conta dos fios da TV à cabo (e da internet) além da tomada do telefone (que precisa ficar próximo ao aparelho da TV à cabo para funcionar).
O bom desse troca troca é poder limpar aonde não se pode com muita frequência por conta dos móveis mais pesados (ou, no meu caso, por conta da disposição deles, uma vez que não tenho móveis pesados na sala).
Fiquei alguns dias pensando em qual seria o melhor lugar para a TV para evitar o reflexo de fora (a claridade que vem da janela). Como tenho janelas em duas paredes, a TV só não receberia o tal reflexo de fora se ficasse justamente numa parede com janela.
Numa das duas paredes seria impossível por causa daqueles fios (fios curtos para uma longa distância), sobrava apenas uma parece (a que é inteira uma janela), mas havia um pequeno problema: a saída para a sacada. 
Bem, como não havia outra alternativa, inviabilizei uma parte da janela-porta (que dá para a tal sacada) e coloquei diante dela o móvel com a TV. Ficou meio entulhado. Não! Ficou bastante entulhado. Não funcionou como eu imaginava, mas pelo menos, experimentei esse outro jeito para a sala.
Agora, como sugestão de um amigo, vou deixar alguns dias assim e ver se me acostumo ou não com essa disposição. Se não, volto para o estágio anterior e pronto.

domingo, 30 de julho de 2017

Em quanto tempo musical?

Resultado de imagem para brothers in armsFaço desde a adolescência uma aposta comigo mesmo sobre conseguir terminar alguma tarefa de casa (refiro-me à limpezas, organização, em geral) durante a execução de alguma música (algum álbum, alguma faixa, algumas faixas). 
Fazia tempo que não brincava comigo mesmo assim. Fazia muito tempo mesmo. Ontem à noite, alguns amigos vieram a minha casa e, é claro, mesmo que tenham ajudado com a louça e não sejam pessoas bagunceiras, a casa ficou desorganizada. 
Com "desorganizada" entenda-se: garrafas espalhadas, copos, talheres e pratos sujos, chão empoeirado e com marcas de pisadas, banheiro interditado para circulação etc.
Aí, acordei cedo e resolvi que enquanto estivesse ouvindo Dire Straits, Brothers in arms, eu deveria ter a casa organizada e limpa como a entreguei aos amigos ontem à noite. Foi nostálgico relembrar essa brincadeira esquecida nesses últimos anos.

domingo, 9 de julho de 2017

Que tal um filhote de tartaruga?

Meus dias têm sido, desde que o Lacan chegou, limpar xixi e cocô. Como ele ainda não pode sair de casa por causa das vacinas, tudo (inclusive correr, latir, rosnar, roer, teimar) é feito entre a cozinha e a lavanderia. Quando ele está bem calmo (coisa rara para um filhote que não seja de tartaruga, suponho), eu o levo até o sofá da sala para ficar ali comigo vendo TV. Ele fica calmo por uns 3 segundos, no máximo.
Eu acordo cedo, incluindo os finais de semana, para colocar comida, trocar a água e limpar, limpar, limpar. Ele já havia aprendido a fazer o xixi na fralda higiênica, mas faz dois dias que não tem acertado. Na verdade, ora acerta, ora erra (é que de tão cansado, os erros me parecem muito mais frequentes e pesados).
Não é uma fase boa e continuo apostando na próxima: poder sair com ele para caminhar na rua e brincar nos parques para, finalmente, conseguir me divertir um pouco fora de casa.
Estou bem cansado e se eu pudesse dar um conselho a alguém sobre ter um filhote preso num apartamento, eu diria, não o tenha porque não é fácil, sobretudo se vc morar sozinho.
Ontem à noite, ele infernizou a minha vida. Eu tenho outras coisas para fazer além dele e, como ele está restrito àquela área, precisei colocar uma grade entre a cozinha e os quartos para que a ventilação não fosse afetada e eu pudesse assim, sem precisar fechar a porta, saber o que acontece com ele: eu estava no escritório tentando ler uma dissertação e ele não parou de latir. Nos intervalos desse latido, ou ele roía a tal grade ou tentava puxar o tapete e como não conseguia latia ainda mais: latia para mim e para o tapete. Fez isso até me irritar de tal maneira que me levantei e briguei com ele: o que mudou? Absolutamente na-da. Só sossegou na hora em que decidi desligar o computador e me trancar no quarto, aí ele entendeu que era hora de dormir.

domingo, 2 de julho de 2017

Ter ou não ter...

Fiquei mais de um mês decidindo se eu adotava ou não um pet. Mobilizei os amigos para que me falassem sobre os prós e os contras de criar um cachorro de grande porte num apartamento. Um outro, ficou responsável por encontrar um filhote. Apareceram dois e o veterinário queria, é claro, que eu os trouxesse.
Nem fiquei nessa maré. 3 é demais em quaisquer circunstâncias. Depois de uma longa romaria, visitas quase diárias ao canil, decidi (meio da dúvida ainda) trazê-lo. 
Lacan, este é o nome (escolhido por uma amiga), está comigo faz apenas dois dias. Ele fica restrito a uma parte do apartamento: cozinha e lavanderia para, primeiro, aprender aonde fazer o cocô e o xixi (parece que ele só faz isso, meu deus do céu!), depois, porque como ainda não tem noção disso, não sujar todo apartamento (eu ia enlouquecer).
Como ele ficava sozinho no canil, ele já sabe que dormir sozinho não é um problema. Na primeira noite não reclamou absolutamente nada e em hora nenhuma. Na segunda, chorou um pouquinho, mas eu  ignorei. Ele parou depois de algum tempo.
Nosso primeiro final de semana juntos. Não consegui trabalhar  direito porque se eu me ausento um pouco, ele apronta. Já tive vontade de doá-lo. Já perdi a paciência porque preciso repetir, repetir, repetir como um disco riscado (e ele não aprende!), mas olho para a carinha dele e vejo que se trata de um filhotinho e não pode mesmo entender nada ainda.
Algumas coisas ele já sabe: reconhece a caminha dele, sabe aonde tem água e comida, às vezes acerta na toalha higiênica (só às vezes).
Ele não me deixa em paz um só minuto. Tenho que tomar o maior cuidado porque ele está próximo. Se eu lavo as louças, ele aproveita para deitar nos meus pés. Aí, tenho que ficar ali até me cansar.
Ah, se vou tomar banho e o deixo por uns minutos, quando ele me reencontra parece que não me via há duzentos anos: é uma festa! Pula, balança o rabinho, faz festa, até late. Ele é um cachorro e cachorros latem!
Bem, a aventura está apenas começando, eu sei. Ele, por enquanto, não pode sair por causa das vacinas e do risco de encontrar algum cão não-vacinado (vamos ficar nessa por, pelo menos, mais um mês e meio). Ele tem 55 dias e já tomou a primeira dose, faltam mais duas. Acho que a próxima fase vai ser menos estressante e mais divertida: quando ele puder caminha e brincar nos parques. Até lá... a gente vai dourando essa pílula.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Meu poema

Resultado de imagem para meu poema nao se quer poucoDescrever-me com simplicidade
dizer-me com breves sentenças
fazer-me de forma prática.
Meu poema não se quer pouco.

domingo, 28 de maio de 2017

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para a morte é um precipícioHá dias, ele vinha pensando em se matar. Tudo lhe parecia vê o visto. A morte lhe rondava. Tinha medo, é verdade. Não de morrer, isso sequer lhe passava pela cabeça. Temia a decepção de alguém, de parecer fraco e da incoerência entre aquilo que dizia e este precipício.

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para brad pitt grisalho"Eu achava que homens ficavam grisalhos por causa de seus trabalhos estressantes e por decisões estressantes que deviam tomar. Agora acho que acontece quando os homens sentem na pele que seus grandes momentos podem não ser tão grandes quanto esperavam." _disse-me ele.

Espumas ao vento (Accioly Neto)

  Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim Um grande amor não se acaba assim Feito espumas ao vento Não é coisa de momento, raiva pa...