domingo, 2 de julho de 2017

Ter ou não ter...

Fiquei mais de um mês decidindo se eu adotava ou não um pet. Mobilizei os amigos para que me falassem sobre os prós e os contras de criar um cachorro de grande porte num apartamento. Um outro, ficou responsável por encontrar um filhote. Apareceram dois e o veterinário queria, é claro, que eu os trouxesse.
Nem fiquei nessa maré. 3 é demais em quaisquer circunstâncias. Depois de uma longa romaria, visitas quase diárias ao canil, decidi (meio da dúvida ainda) trazê-lo. 
Lacan, este é o nome (escolhido por uma amiga), está comigo faz apenas dois dias. Ele fica restrito a uma parte do apartamento: cozinha e lavanderia para, primeiro, aprender aonde fazer o cocô e o xixi (parece que ele só faz isso, meu deus do céu!), depois, porque como ainda não tem noção disso, não sujar todo apartamento (eu ia enlouquecer).
Como ele ficava sozinho no canil, ele já sabe que dormir sozinho não é um problema. Na primeira noite não reclamou absolutamente nada e em hora nenhuma. Na segunda, chorou um pouquinho, mas eu  ignorei. Ele parou depois de algum tempo.
Nosso primeiro final de semana juntos. Não consegui trabalhar  direito porque se eu me ausento um pouco, ele apronta. Já tive vontade de doá-lo. Já perdi a paciência porque preciso repetir, repetir, repetir como um disco riscado (e ele não aprende!), mas olho para a carinha dele e vejo que se trata de um filhotinho e não pode mesmo entender nada ainda.
Algumas coisas ele já sabe: reconhece a caminha dele, sabe aonde tem água e comida, às vezes acerta na toalha higiênica (só às vezes).
Ele não me deixa em paz um só minuto. Tenho que tomar o maior cuidado porque ele está próximo. Se eu lavo as louças, ele aproveita para deitar nos meus pés. Aí, tenho que ficar ali até me cansar.
Ah, se vou tomar banho e o deixo por uns minutos, quando ele me reencontra parece que não me via há duzentos anos: é uma festa! Pula, balança o rabinho, faz festa, até late. Ele é um cachorro e cachorros latem!
Bem, a aventura está apenas começando, eu sei. Ele, por enquanto, não pode sair por causa das vacinas e do risco de encontrar algum cão não-vacinado (vamos ficar nessa por, pelo menos, mais um mês e meio). Ele tem 55 dias e já tomou a primeira dose, faltam mais duas. Acho que a próxima fase vai ser menos estressante e mais divertida: quando ele puder caminha e brincar nos parques. Até lá... a gente vai dourando essa pílula.

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