sábado, 24 de janeiro de 2009

OTROS AIRES (texto)

Estive em Buenos Aires entre os dias 09 e 20 de janeiro. Cidade linda. Ampla. Limpa. Trânsito organizado. Gente educada. Achava que os argentinos fossem todos jogadores de futebol e seria, por conta da rivalidade entre os países, mal-tratado. Não fui. Bem ao contrário: gentilíssimos.
Fiz quase tudo a pé: Centro (onde eu estava), Recoleta, San Telmo, Palermo, La Boca, Puerto Madero, Retiro etc.
Museus maravilhosos. O Malba é imperdível: artistas do continente. Arte brasileira da melhor qualidade. Salas divididas por décadas. Tudo muito bonito: o prédio já é uma obra. Tb fui a Fundação PROA no Caminito. Lá havia obras de Marcel Duchamp (aquele do Bigode na Monalisa). Espaço bastante bonito.
A cidade é bem arejada. Ruas largas. Prédios bem cuidados. Livrarias em cada esquina. Cafés por todos os lados invadindo as calçadas.
Como gosto muito de música e estava no país do Tango. Fui buscá-lo. Estive em duas milongas: uma igual a todas e a outra um milonga-gay (na qual homens podiam dançar com homens, mulheres com mulheres e homens e mulheres tb dançavam juntos). É claro que não dancei, porque se não danço tango no Brasil, muito menos em Buenos Aires.
Nessa busca por tangos, encontrei 3 CD's espetaculares "Otros Aires", Otros Aires dos" e "Vivo en otros aires". Tango eletrônico, da grife Gotan Project. Além dessa coletânia, o Narcotango. Tb eletrônico de qualidade. E ainda o "LafondaTangoclub" com tangos clássicos com roupagem moderna.
Tudo muito bom. Bem cuidado como a cidade.
O bom de viajar sozinho foi a possibilidade de conhecer outras pessoas (não que isso não pudesse acontecer se eu estivesse acompanhado, mas sozinho, acho que torna-se mais próximo). As conheci. Na verdade fui reconhecido por um Chileno (Jonathan, o que caminha na Hipólito Yrigoyen) e a partir dele, conheci tb duas alemãs: Benjamin e Sabina (as que estão tomando sorvete). Boas companhias, divertidas. Passamos boas horas juntos. O grande problema: línguas diferentes...mas uma mesma sintonia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...