terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um pergunta para qualquer tempo (texto)

Como é que alguém consegue assistir a uma novela do horário nobre da TV Globo, sobretudo se essa novela é escrita por Glória Peres? A mocinha que sofre ou porque é rejeitada ou porque a família não aceita o seu namorado, a amiga que é falsa, o bad boy que apronta e tem o apoio dos pais, tudo isso com gente fantasiada de sei lá o quê, com um sotaque hororroso e usando um vocabulário de dá dó. Meus deus, devemos estar mesmo caminhando, não para às Índias, mas para o fim do mundo.

2 comentários:

  1. Pois é... rsrs Até parece aquela velha história de que a Eni Orlandi falava, de que as novelas funcionam por produtividade (paráfrase) e não por criatividade (polissemia). Talvez seja o que muitos dizem: assistiu a uma novela, assistiu a muitas outras, que seguem o mesmo padrão homogeneizado pela mídia para a massa devoradora de cultura, cultura esta, produzida pela mídia globalizada pós-moderna neo-liberal, e devorada pela massa devoradora de cultura, que consome a cultura espetacularizada, vendida e teatralizada pela mass media. Isso também me faz lembrar das aulas do Prof. Dr. Antônio D. C. em que ele falava que a alma do mito é pura, grossa e simplesmente a ação. Se não tem ação, ou seja, se o circo de horrores não está pegando fogo, não tem graça, não tem história.

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  2. É meu caro essa é a Rede BOBO DE TELEVISÃO.
    Que faz de um programa como o BBB parecer o acontecimento mais imoprtante da Terra, que transforma pessoas que não tem nada a acrecentar a sociedade em ídolos, modelos. mas modelos de que?
    modelos de futilidade, de mediucridade, enfim ...
    Vitorioso é a maioria do povo que sobrevive com um salário mínimo, e que em dia de paredão são os responsáveis por congestionar as linhas telefônicas, vai entender né.

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