domingo, 24 de maio de 2009

A felicidade que não existe (texto)

Na Caros Amigos número 146 de maio, a psicanalista Maria Rita Kehl fala sobre a depressão em nossa sociedade: os sintomas, os tratamentos, a indústria farmacêutica, os sintomas sociais da doença etc.. O que me chamou mais atenção nessa entrevista foi o fato dela afirmar que mesmo com o grande avanço no desenvolvimento de antedepressivos, o que apontaria para uma sociedade mais feliz, a Organização Mundial de Saúde (OMS) nos apresenta dados que mostram a depressão como uma doença crescente nos países industrializados e que em 2020 será a segunda maior causa de comorbidade (estado patológico ou doença) do mundo ocidental.
A psicanalista tb descreve de maneira bastante simples como não suportamos a tristeza. Ou como ela deve ser o tempo todo evitada no mundo moderno. Como se fosse possível uma felicidade sem fim. Devemos estar felizes 24h por dia. Segundo ela a "moral social é a moral da alegria, do gozo, da farra". E qualquer tristeza é associada à depressão.
Uma outra questão importante é que o remédio não cura a depressão, é só a condição para a pessoa ir se tratar. E que o psiquismo é um trabalho para se enfrentar a dificuldade, enfrentar conflitos, suportar crises, suportar desprazer em momentos, porque não dá para ter prazer o tempo todo.

2 comentários:

  1. Oi meu querido!
    Vou ler a matéria para poder ter uma opinião.
    Só sei que lutar contra depressão é como nadar contra a correnteza e se uma pessoa notar que sua tristeza não é uma tristezinha passageira tem mais é que procurar um profissional e estar pronto para começar um processo de auto conhecimento que não tem data pra acabar.
    bjs.

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  2. ai,eu vi essa reportagem na revista e não tive oportunidade de ler.
    o mais engraçado é que nos vendem de todas formas a felicidade
    e a mesma vai ficando mais dificil de ser encontrada...os dados provam
    tchaaaaau

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