quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SIM E NÃO (texto)

Aprendi a dizer Não não faz muito tempo. E sou bastante honesto ao afirmar que ao dizê-lo, mais do que uns podem crer, é libertador. Digo Não para respeitar os meus limites e, sobretudo, a minha vontade. E, sinceramente, pouco tenho me importando com as expectativas dos outros.
"Dizer não é dizer sim", cantou o Kid Abelha e os Abóboras Selvagens nos anos 80 e percebi com o passar dos anos o quanto podemos nos tornar reféns do sim. Dizer Sim sem vontade é uma das grandes agressões a que nos submetemos, porque queremos agradar ao outro, principalmente. Esquecendo-nos.
Tenho percebido que, em geral, as pessoas convivem muito bem com a falsidade, com a dissimulação,  com tudo aquilo que não é mais do que aparentar ser, mas nada bem com as pequenas verdades.
Sei tb que às vezes ela, a verdade, doi (muito), mas ainda assim, prefiro ouvi-la ou dizê-la a ter que conviver com a dissimulação ou com comentários feitos às costas ou à ausência.
No entanto sei tb que tudo isso tem um preço e pagá-lo não é nada fácil, mas diante de liquidar essa dívida ou de fazer alguma concessão, ainda acho mais tranquilo sacar o talão de cheques.

2 comentários:

  1. olha Alê, para mim a gente tem que se respeitar e muito, mesmo porque corremos o risco de na ânsia de querermos nos dar, percebermos que estamos tão vazios, que nada temos.
    Do mais, que seu sim seja sim e que seu não seja não. bjs meus

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  2. Realmente, não fomos criados para dizer "não", e isto acaba sendo um aprendizado que precisamos fazer em nome da nossa sobrevivência. É tb sinal de maturidade.
    Quanto à dissimulação, infelizmente, faz parte da natureza humana - Machado de Assis já nos mostrou -. O melhor a fazer é saber conviver com isso.

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