Acabei de passar por um banca de revistas e de ler essa texto da capa, aí ao lado, da Revista Galileu.
Fiquei pensando aqui com os meus botões*: desde quando envelhecimento é uma doença que precisa ser curada?
Quando eu era criança a velhice ainda não era uma doença. Não se falava em vida eterna (digo, com a conotação de beleza for ever) e nem mesmo em ser jovem aos 60 e poucos anos.
Não havia, pelo menos que eu me lembre, essa ditadura da juventude. A minha avó já era uma senhora com comportamento, vida e pele de uma senhora, sem que isso fosse infelicidade, desgraça, coisa ruim.
Todo mundo precisa estar inteiro, não por saúde, mas porque é necessário, porque o mercado exige, porque a gente se exige e sofre quando não consegue, e não se consegue, naturalmente, atingir o padrão de beleza e juventude estampados em todas os lugares.
Basta ser jovem para ser feliz! Compramos essa ideia e acho que é tarde para envelhecer, naturalmente.
*pensar com os botões não é nada jovem.
*pensar com os botões não é nada jovem.
Pois é. Fica até difícil educar as crianças e os jovens para que respeitem os idosos! É curioso que circula fortemente a ideia de que velho é sinônimo de imprestável. O que, diga-se de passagem, é uma lástima!
ResponderExcluirOra, ora, vão se os dedos, ficam os anéis.
ResponderExcluirPensar em junventude eterna, é simplemente deplorável. Meu corpo terá aparencia jovem, mas minha mente estará carregada de informações as quais somente os velhos possuem, e de repente, a nostalgia, e a vontade de envelhecer baterá em minha porta.