Todos nós temos máscaras sociais, ou seja, a gente se traveste, às vezes de nós mesmos (isso acontece quando a gente vira uma autocaricatura), para dar conta de situações diversas. Fiquei agora pensando nessa minha máscara mais batida, velha de uso, empoeirada, mas que me salva em alguns momentos.
Acho, eu escrevi acho, que a minha máscara mais frequente é a de engraçado. Não sou engraçado, ou melhor, não quero ser divertido sempre. Bem ao contrário, sou silencioso, não gosto de muita falação, mas para sobreviver, não me afogar, não me jogar do terceiro andar e cair em mim, brinco. Faço piadas. Rio de mim mesmo.
Qual a máscara que vc mais usa?
Eu não uso máscara.
ResponderExcluirNunca usei.
Sou sempre eu mesmo e sem analgésico.
Difícil?
Difícil é viver, mas a gente consegue.
Bjs.
Entendo isso que vc está dizendo, até porque um tempo atrás fiquei refletindo sobre isso, escrevi neste post:
ResponderExcluirhttp://pequenaponta.blogspot.com/2010/11/falsa-imagem.html (se quiser depois dá uma lida).
Mas ainda assim, não sei dizer qual mascara uso mais, talvez a de sociável. É que na verdade sou tímida à bessa, então às vezes tenho que me esforçar um pouquinho. rs
É máscara mesmo? Os contextos em que nos envolvemos são tão diversificados e cada um requer que apresentemos uma faceta de nós mesmos. Somos múltiplos e mutantes,embora algo seja constante em nosso modo de estar no mundo. O chato é quando as pessoas criam ou se acostumam com uma imagem nossa e querem a todo custo que nos mantenhamos fiel a essa imagem ou estranham quando resolvemos mudar.
ResponderExcluirAdoro esse poema de Mário de Andrade. Acho que ele diz um pouco do que somos.
ResponderExcluirEU SOU TREZENTOS
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh Pireneus! Ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!
Abraço no meu leito as milhores palavras,
E os suspiros que dou são violinos alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos!
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo…
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.
Olá,Prof. Alexandre, gostei! Foi numa dessas reflexões que surgiu a pequena série de fotografias "Faces". Uma que gosto é "Faces e Tomates" em http://asartesdarosa.blogspot.com/2010/11/fotografia-de-autor-serie-faces.html
ResponderExcluirMuito interessante o seu blog! Já estou te seguindo. Também possuo um e gostaria que conhecesse, jorge-menteaberta.blogspot.com
ResponderExcluirNão me arrisco a dizer qual é a minha mascara mais comum, mesmo porque já me perdi entre elas e as vezes nem sei qual visto, ou se visto e revisto!
ResponderExcluirÉ confuso mesmo. É a sobrevivência. As vezes é divertido e no fundo dolorido!
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente." - Fernando Pessoa
putz... sou o contrário, é difícil ser séria, tenho que ser a maior parte do tempo, todo mundo fala que eu tenho cara de brava, mas é pura fachada.
ResponderExcluirbjs querido