Sei lá, mas há algo de podre no reino da Dinamarca. Ontem depois de ouvir, em diversos canais de TV, reportagens, declarações, depoimentos, fiquei com algumas pulgas me incomodando.
Como o Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, não sabia da possibilidade do traficante se entregar? Se ele não sabia, como alguns delegados e policiais trocavam mensagens por telefone sobre o assunto, como se fosse alguma coisa simples de saber?
Policias de Saquarema presentes na hora da detenção do Rei da Rocinha. O que eles faziam no Rio de Janeiro? No mínimo, curioso.
E a história bem mal contada de levar O mestre, como era chamado pelos comparsas, para 15DP ou para a Polícia Federal.
10 milhões arrecadados a cada mês e 50% de tudo isso para pagar policiais corruptos. Quem são esses policiais?
Além de tudo isso, pensei que fossem encontrar na Rocinha, diante de tamanha arrecadação e um aparato de mais ou menos 700 pessoas dando apoio ao tráfico (sem contar os tais policiais), um arsenal bélico, mas encontraram apenas 20 pistolas, 15 fuzis, 2 espingardas e 1 submetralhadora, além de 20 rojões. Nem em Antares, zona oeste do Rio, o armamento deve ser tão fraco assim ou houve uma supervalorização da Pacificação da Rocinha?
Tá parecendo a história das armas atômicas do Iraque. Do perigo que corríamos se Saddam Hussein continuasse vivo.
Sei lá, ainda restam outras tantas dúvidas.
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