A imprensa constroi rivalidades mesmo quando elas sequer podem existir: cria expectivas, embates, rixas, competições, disputas sem qualquer fundamento e nos coloca, quase sempre, como coadjuvantes nessas improváveis querelas.
Foi o que aconteceu, na minha opinião, entre o futebol do Barcelona e do Santos. Fiquei com algumas pulgas atrás da orelha quando li uma declaração do Guardiola, técnico daquele time, sobre nunca ter ouvido falar no Santos (para além dos anos de Pelé), até pouco tempo antes de saber que poderiam jogar contra ele.
E a imprensa aqui cheia de expectativas sobre quem teria o melhor futebol: Messi ou Neymar.
Depois da vitória do time espanhol, Josep disse, em entrevista coletiva, que viu cinco ou seis partidos do Santos, e "sabíamos que era preciso estar
preparado quando Neymar tivesse a bola". Disse ainda que "o que tentamos fazer é tocar a bola o mais rápido possível. Na
verdade, é o que o Brasil sempre fez, segundo me contavam meus pais e
meus avôs".
Pareceu-me mais gentileza do que qualquer outra coisa.
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