Quinta-feira, dia 26 de janeiro, fui ao encontro de ex-alunos do Colégio Antônio de Pádua, Campo Grande, Rio de Janeiro. Minha primeira turma de língua portuguesa no ensino médio. Até então eu ministrava aulas de literatura para este nível de ensino (língua portuguesa era privilégio (rs) apenas dos alunos de ensino fundamental, antigo ginásio).
Fazia apenas 20 anos que eu não encontrava essa turma. E eu realmente não sabia o que esperar. Sabia que tinha sido um grande prazer trabalhar naquela escola e com esses alunos. Fui logo ficando íntimo deles e eles de mim.
Era uma relação aluno-professor, não se pode negar, até porque não dá para ser de outra forma, mas era verdadeiramente prazeroso estar por ali. Eu ainda que novo professor na escola, nos idos de 1992, era muito bem tratado pela direção, coordenação, professores, funcionários e alunos.
Fiz grande amigos nesta turma. Eu tinha bons alunos por perto. Além disso, o que não é pouco, eles eram bem humorados, inteligentes, aplicados. Só repeti essa dose, alguns anos depois na Universidade Estácio de Sá, campus de Vila Valqueire (mas isso fica para outro post).
O encontro foi muito além do que eu esperava. A minha sensação era de um tempo que não havia passado. Era como se tivéssemos acabado de sair de uma aula e nos reuníssemos para uma conversa fiada dessas que alunos e professores fazem sempre que há boas relações. Tudo, sem exceção, foi alegria. Rimos, relembramos os velhos tempos, falamos dos novos tempos, fui emocionante demais.
Voltei para a minha casa (na carona de um grande amigo e ex-aluno) sem acreditar muito no que acabava de me acontecer. A sensação de que a felicidade está/é próxima e se materializa num abraço, num beijo, num sorriso, na oportunidade de estar ali sentando dividindo uma mesa, jogando conversa fora.
Bom demais poder ter vivido isso.
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