Hoje, vi uma cena cada vez mais comum entre algumas faixas etárias: as redes sociais são mais importantes do que a interação real entre os membros dessas comunidades virtuais.
O virtual é mais urgente do que o que se passa a volta, mais real do que a própria realidade. O que se vê não desperta nenhum interesse, a não ser se for para postar imediatamente nas redes.
Fiquei pensando ao ver a cena e fotografá-la se eles não estariam interagindo via smartphones, uma forma muito mais produtiva, diga-se de passagem, porque, pensei eu (me divertindo com o pensamento), digita-se muito mais rápido do que se pode falar, além de ser muito mais agradável digitar num aparelho que cabe na mão, do que articular sons, respiração, ideias, sentidos etc.
Brincadeiras à parte, a cena me chamou a atenção justamente porque eles estavam muito atentos ao que se passava no smartphone e nada atentos ao que se passava em volta deles.
Essa fotografia foi tirada na Rua do Comércio, local de muito movimento (talvez se possa ver o movimento no reflexo na vitrine), grande circulação de pessoas de grande parte do mundo, além, é claro, do que se pode ver nessa rua: construções históricas, pessoas de todos os tipos, artistas de rua.
Não que eles já não pudessem ter prestado atenção a sua volta, não que esta cena, fotografada por mim, não fosse apenas um milésimo de segundo de todo o tempo que eles passaram ali, mas que era curiosa, ah, isso era.
Acabei de me tocar que eu tb estava com o smartphone em punho, pronto para sacar uma imagem e postá-la nas redes sociais.
Acabei de me tocar que eu tb estava com o smartphone em punho, pronto para sacar uma imagem e postá-la nas redes sociais.
E a tendência é piorar?
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