sábado, 19 de julho de 2014

Da Série se encontra aonde não se busca

Hoje, mais uma vez, ouvi de alguém que conheço tão pouco e tão pouca intimidade tenho conselhos que vou levar para a minha vida. Não vou aqui, por motivos pessoais, escrever sobre eles (os conselhos), mas preciso documentar já que esse blog tb funciona como um diário que: 1) a vida é mesmo surpreendente; 2) a gente não ouve com clareza mesmo sabendo que precisa ouvir o que a gente já sabe; 3) nem sempre idade tem a ver com experiência; 4) sabedoria não tem nada a ver com escolarização; 5) o mundo é verdadeiramente pequeno; 6) estamos todos conectados, i.e., um dia a gente se esbarra. O ponto final é apenas para marcar uma pausa.
Tem uma poesia de Quintana que me é muito cara porque me remete aos tempos de adolescência, quando ganhei de um amigo um livro desse autor:

Uma alegria para sempre 

As coisas que não conseguem ser 
olvidadas continuam acontecendo. 
Sentimo-las como da primeira vez, 
sentimo-las fora do tempo, 
nesse mundo do sempre onde as 
datas não datam. Só no mundo do nunca 
existem lápides... Que importa se – 
depois de tudo – tenha "ela" partido, 
casado, mudado, sumido, esquecido, 
enganado, ou que quer que te haja 
feito, em suma? Tiveste uma parte da 
sua vida que foi só tua e, esta, ela 
jamais a poderá passar de ti para ninguém. 
Há bens inalienáveis, há certos momentos que, 
ao contrário do que pensas, 
fazem parte da tua vida presente 
e não do teu passado. E abrem-se no teu 
sorriso mesmo quando, deslembrado deles, 
estiveres sorrindo a outras coisas. 
Ah, nem queiras saber o quanto 
deves à ingrata criatura... 
A thing of beauty is a joy for ever 
disse, há cento e muitos anos, um poeta 
inglês que não conseguiu morrer."

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