quinta-feira, 17 de abril de 2025

Da Série: Contos Mínimos



Ela seguia o trilho do açúcar como sempre, mas naquele dia, parou. O farelo doce estava ali, intacto, à disposição — e, no entanto, faltava alguma coisa, o seu companheiro que sumira na última tempestade. Voltou sozinha para o formigueiro, arrastando não o grão, mas uma saudade miúda que cem patas não conseguiam carregar.

Um comentário:

Não se trata de eliminar a falta, mas de habitá-la

Há uma promessa que atravessa muitos dos nossos desejos: a de que, em algum momento, algo ou alguém virá preencher um vazio que sentimos, da...