domingo, 24 de maio de 2009

A felicidade que não existe (texto)

Na Caros Amigos número 146 de maio, a psicanalista Maria Rita Kehl fala sobre a depressão em nossa sociedade: os sintomas, os tratamentos, a indústria farmacêutica, os sintomas sociais da doença etc.. O que me chamou mais atenção nessa entrevista foi o fato dela afirmar que mesmo com o grande avanço no desenvolvimento de antedepressivos, o que apontaria para uma sociedade mais feliz, a Organização Mundial de Saúde (OMS) nos apresenta dados que mostram a depressão como uma doença crescente nos países industrializados e que em 2020 será a segunda maior causa de comorbidade (estado patológico ou doença) do mundo ocidental.
A psicanalista tb descreve de maneira bastante simples como não suportamos a tristeza. Ou como ela deve ser o tempo todo evitada no mundo moderno. Como se fosse possível uma felicidade sem fim. Devemos estar felizes 24h por dia. Segundo ela a "moral social é a moral da alegria, do gozo, da farra". E qualquer tristeza é associada à depressão.
Uma outra questão importante é que o remédio não cura a depressão, é só a condição para a pessoa ir se tratar. E que o psiquismo é um trabalho para se enfrentar a dificuldade, enfrentar conflitos, suportar crises, suportar desprazer em momentos, porque não dá para ter prazer o tempo todo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quem é vc?

Estou postando para saber quem é que passa por aqui. Deixe, por favor, um nome, uma cidade, um bairro e um pouquinho de vc. Obrigado.

Enquanto isso nos EUA...

Americanos são muito estatísticos
Têm gestos nítidos e sorrisos límpidos
Olhos de brilho penetrante que vão fundo
No que olham, mas não no próprio fundo
Os americanos representam boa parte
Da alegria existente neste mundo
Para os americanos branco é branco, preto é preto
(E a mulata não é a tal)
Bicha é bicha, macho é macho,
Mulher é mulher e dinheiro é dinheiro
E assim ganham-se, barganham-se, perdem-se
Concedem-se, conquistam-se direitos
(Americanos - Caetano Veloso)

Nos Estados Unidos da América branco é branco, preto é preto e a mulata não é a tal, já nos disse Caetano nos versos acima, na letra de Americanos, no entanto, pelo visto, a orientação sexual de qualquer um não parece ser critério para as escolhas políticas, ao contrário do que acontece aqui no Brasil.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou a parlamentar lésbica (sic) Jenny Durkan para assumir o Departamento de Justiça do Estado de Washington.
Jenny tem 50 anos e vive com sua companheira e dois filhos. Ao ter conhecimento do convite, afirmou em nota que "será uma grande chance de servir ao Estado e ao país".
A indicação de Jenny Durkan precisa ainda ser aprovada pelo Senado.

Dia da Língua Nacional (texto)

"Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?"*

Hoje, 21 de Maio, comemora-se o Dia da Língua Nacional e, por isso, rendemos homenagens ao nosso idioma. Herdamos dos portugueses, mas ressignificamos o idioma dando-lhe outras cores: indígenas, africanos e europeus contribuíram com outros tons, outros sons, outros sentidos.
Em meados dos Setecentos, o Brasil era uma babel tropical em que o português já predominava, mas ainda convivia rotineiramente com outros inúmeros idiomas usados nas conversas de indígenas, africanos e europeus.
Em 1757, Pombal proibiu que se falasse outra língua que não o português, e fez dele matéria de ensino obrigatório nas escolas, onde antes se aprendia basicamente a gramática latina.
Quando a família real portuguesa concluiu sua aventurosa travessia atlântica e desembarcou no Rio de Janeiro, em 8 de março de 1808, trazia consigo costumes e uma tradição que não se exprimia apenas em roupas elaboradas, rapapés cansativos ou cerimônias suntuosas. Era antes na ponta da língua que Portugal, abandonado às pressas, ainda se manifestava, de forma mais corriqueira e insistente, do lado de cá do oceano.
A chegada da família real produziu um feito de representação da unidade. A língua portuguesa, assim, se torna símbolo importante da união nacional, mas nem por isso deixou de exprimir a diversidade da nossa formação.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

No limite (texto)

Dar aulas numa universidade é muito agradável. Trabalha-se com adultos e isso faz com que não se perca tempo com aquelas chateações próprias de adolescentes. Certo? Errado! Estou chegando ao meu limite de paciência. Tenho alguns dois alunos que comportam-se mal, apesar de não serem mais crianças, agem como se fossem. Já tentei brigar, reclamar, fazer um cara bem feia, torcer o nariz, olhar fixamente, parar a aula, pedir educadamente que calem a boca, falar baixo, falar alto, não falar nada, falar tudo, mas nenhuma dessas estratégias surtiram o efeito desejado ... hoje trocaram bilhetinhos durante a aula ... a trinta centímetros da minha cara ... saí para beber água para não me irritar mais do que já estava ... respirei duzentas e cinquenta e sete vezes ... voltei e continuei, dentro do possível com a aula que gostaria de dar ...
Pergunto-me, todos os dias, o que é que essas criaturas estão fazendo que não saem para bater um papo longe de mim e da turma já que estão lá apenas de corpo presente?
Por que é que insistem em assistir as aulas que não os interessam?
O que é que leva uma pessoa a "estudar" se a sua vontade é a de estar em outro lugar?
Pergunto-me ainda, será que se sabe quantos ficaram de fora no processo seletivo do vestibular e que estariam loucos de vontade de estudar mas não podem?
Por que ocupar a vaga de outro se, até onde sei, ninguém está ali obrigado?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet (texto)

Alguns cuidados importantes:
1. O computador deve estar sempre sob a vigilância de algum adulto e em área comum da casa.
2. A criança deve ser monitorada quando utilizar computadores.
3. A educação virtual depende tb da família do usuário.
4. A criança precisa entender o que significa material ofensivo.
5. Estabeleça regras. Explique, de forma clara, os riscos que se corre.
6. Existem softwares que filtram e bloqueiam sites impróprios. Encontre um que se ajuste às regras previamente estabelecidas, como por exemplo o NetFilter Família.
7. "Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na Internet, por exemplo, nome, endereço, telefone, escola e o e-mail em locais públicos, como salas de bate-papo. É a versão moderna do “nunca fale com estranhos”. Recomende que a criança utilize apelidos, prática comum na Internet e uma maneira de proteger informações pessoais" .
8. Conheça os amigos virtuais do seu filho, porque há pessoas mal intencionadas.
9. Quanto mais você souber sobre a Internet mais estará capacitado(a) para instruir seu filho.

DENUNCIE: ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

"Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente:

Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa".

Embriaguez e excesso de velocidade (texto)

O Deputado Fernando Ribas Carli Filho, Partido Socialista Brasileiro (PSB), 26 anos, matou dois rapazes (26 e 20 anos) em Curitiba na madrugada da quinta-feira dia 07. Com excesso de velocidade, 150km/h, o carro do político destroçou o carro no qual estavam os rapazes.
O resultado do exame de dosagem alcoólica feito na amostra de sangue do deputado estadual comprovou que o parlamentar estava embriagado no momento do acidente.
De acordo com a análise, realizada pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba e divulgado no fim da manhã desta segunda-feira (18) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue. Para o Código Brasileiro de Trânsito (artigo 306), a apresentação de dosagem acima de 6 decigramas já é considerada crime, e o nível tolerado é de 2 decigramas.
Além disso, o deputado tinha 130 pontos em sua carteira de habilitação que estava suspensa. Nos últimos seis anos o parlamentar teria recebido 30 multas, 23 delas por excesso de velocidade.
Mais uma vez preciso reforçar que a responsabilidade tb é nossa, porque somos nós quem escolhemos, através do voto direto, esses representantes.
Não quero nem tocar no fato dos rapazes mortos, na família desses meninos, na mãe do deputado que manifestou indignação pelo ato do filho, mas ressaltar que se não mudarmos a forma como escolhemos os vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes seremos todos os dias bombardeados com histórias semelhantes.
Morro de vergonha, fico indignado, mas a vergonha e a indignação devem servir para mudar alguma coisa, senão não adiantou nada essa tragédia.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...