segunda-feira, 29 de junho de 2009

Angústia (texto)

Estou angustiado...tenho dormido mal e acordado mal tb. O sono não vem e quando vem (porque durmo) não me relaxa. Acordo muitas vezes durante à noite e os pesadelos voltaram. As noites são silenciosas demais e isso tem produzido em mim intensas reflexões que me impedem de dormir. O outro dia é uma bomba: estou irritado, cansado e sem concentração.
A sensação é de estar sufocado dentro de uma caixa: falta de ar e fobia. Minha cabeça não para. Muitos pensamentos entram e saem da minha cabeça: tudo muito desorganizado. Tento organizá-los, mas é em vão. Além dessa desorganização tenho pensamentos que me incomodam. Penso para me livrar da angústia, mas o efeito é outro.

domingo, 28 de junho de 2009

Orgulho Gay (texto)

Hoje, 28 de junho, é comemorado o Dia Internacional do Orgulho Gay. E o que temos para comemorar neste último ano em relação às conquistas da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) no Brasil e no mundo?
Para começar, vamos explicar a origem desta comemoração. Há 40 anos, houve a primeira ação de resistência dos homossexuais. Em 28 de junho de 1969, a polícia mais uma vez queria fazer uma batida e usar de violência contra os LGBT no bar nova-iorquino Stonewall. Qual não foi a sua surpresa quando sentiu a reação, inédita, dos homossexuais presentes, que resolveram passar de vítimas a atacantes, jogando garrafas nos policiais e mostrando que a situação iria mudar dali por diante.
De lá para cá, várias conquistas foram conseguidas e a cada ano se repetem as comemorações do Dia do Orgulho Gay em todo o mundo. E do ano passado para cá, o que mudou? Consultamos então o News Center do GLS Planet para pesquisar o que aconteceu da última comemoração para cá. Em termos de direitos no mundo, a situação progrediu nos países avançados, ou de Primeiro Mundo (nos desenvolvidos), e ficou praticamente estacionária nos subdesenvolvidos, ou de Terceiro Mundo (nos em desenvolvimento).
O casamento foi instituído na Holanda, inclusive com o direito de adoção de crianças por homossexuais. Na Alemanha, o casamento gay já foi aprovado. A Bélgica também já deu seus primeiros passos em direção ao casamento gay. Em Londres, o registro de parcerias está valendo e em mais uma dúzia de países, a união civil entre pessoas do mesmo sexo foi estabelecida. No Canadá, a primeira união civil registrada aconteceu e os primeiros a registrar sua união no país foram Ross Boutilier e seu namorado Brian Mombourquette. E o primeiro casamento religioso do país e América em geral tb já aconteceu, em Toronto, unindo dois casais: Kevin Bourassa e Joe Varnell; e Elaine Vautour com Anne Vautour.
Nos outros países desenvolvidos
, mesmo onde ainda não há leis específicas, cresce o apoio da população à iniciativa, como na Espanha, onde 75% das pessoas apóiam a união LGBT. Na Noruega, onde casais de mesmo sexo podem requerer o registro de sua parceria com todos os direitos e deveres do casamento legal, está em estudo lei que permite a adoção gay. Genebra, na Suíça, insituiu em fevereiro deste ano uma lei que equipara os direitos de casais homossexuais aos de casais heterossexuais legalmente casados. Nos Estados Unidos, ambiguidade: Vermont foi o primeiro estado americano a permitir o casamento de homossexuais, que não é reconhecido por nenhum outro estado. A Califórnia proibiu a possibilidade de casamento gay, através da lei Proposition 22, mas o estado, que tem lei de parceria civil, aprovou no início deste mês uma medida de autoria da deputada lésbica assumida Carole Migden, pela qual os casais de mesmo sexo passam a ter mais direitos do que na lei atual. É no trabalho que os EUA se destacam: a maioria das empresas Fortune 500 tem política antidiscriminação de seus funcionários e dão benefícios aos parceiros de mesmo sexo de seus empregados, coisa que nem as filiais da Europa seguem, quanto mais as do Brasil.
Surgiram os primeiros prefeitos assumidamente gays: o de Paris, Bertrand Delanöe, e o de Berlim, que acaba de ser empossado, Klaus Wowereit. Outro passo importante na política aconteceu na Itália, onde a ativista lésbica Titti De Simone foi eleita deputada, ovelha negra em um governo francamente conservador.
No Terceiro Mundo, a situação é bem diferente: os países muçulmanos continuam condenando e criminalizando a homossexualidade. Na Índia, duas mulheres pra lá de corajosas, Jaya Verma e Tanuja Chauhan resolveram desafiar as leis e costumes indianos e se casaram em cerimônia privada, realizada por um padre hindu, na pequena cidade de Ambikapur, em maio passado. O continete africano também continua disputa a liderança dos preconceitos, em países como Zimbabwe e Namíbia.
No Brasil, é verdade que agora existe o reconhecimento de parceria homossexual, como julgado em caso do INSS no Rio Grande do Sul e em decisão da 7a Câmara do TJ, que garantiu o direito de um companheiro de gay a receber 50% dos bens do casal, o que equivale à condição de meeiro nos moldes tradicionais. Em compensação, a lei de parceria civil (PCR) parece fadada a sumir do mapa. A maior conquista e progresso ficou por conta do crescimento das paradas gays, principalmente a de São Paulo, que já tem lugar entre as paradas mais disputadas do mundo e o reconhecimento oficial da Prefeitura da cidade. Mas os casos de assassinatos homofóbicos continuam em ascensão e não há políticos gays assumidos ou com uma agenda centrada e consistente de defesa dos direitos LGBT.
A AIDS ressurge como grande problema em todo o mundo, mas desta vez não só de homens gays, mas da população em geral. Já assuntos como religião e gays na vida militar continuam como sempre: verdadeiros tabus, sem mudanças realmente expressivas no último ano. Mas e na sua vida, quais foram as conquistas desde o último dia 28 de junho de 2000 até hoje?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Michael é Pop (texto)

Aos 50 anos e com uma carreira marcada por grandes sucessos, morre o Rei do Pop. Quem (das gerações de 60/70/80) não dançou ao som de Billie Jean? Quem não tentou a dancinha eternizada pelo astro que simula passos em câmera lenta (moonwalk)? Quem não ficou boquiaberto com os seus videoclipes? Quem não se emocionou com as suas músicas românticas?
Desde os Jackson Five, aos 5 anos, Michael Jackson encanta com sua voz e performance: as vendas do grupo em singles e álbuns, incluindo coletâneas, podem chegar a 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo (e isso significa, como ilustração, que cada família aqui na América, tem um disco do Rei do Pop).
O cantor norteamericano gravou o álbum mais vendido da história, Thriller. Dezenove Grammys em carreira solo e seis Grammys com The Jacksons e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo.
Fiquei triste com a notícia, porque eu estava esperando o seu retorno na nova turnê que começaria em julho. O Rei está morto, mas a sua música não!!

A Partida (filme)

Assisti nesta semana ao filme A Partida, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009, que conta a história de um violoncelista que volta à cidade natal com a esposa depois que a orquestra onde toca é dissolvida. Lá, começa a trabalhar como funcionário de uma funerária e, depois de alguns contratempos, fica extremamente orgulhoso de sua nova profissão, apesar das críticas dos que o rodeiam.
São vários clichês (e não estou sendo exagerado!). Não conto para não ser o estraga-prazer de quem for ver o longa. Além de uma música que te faz chorar o tempo todo, desnecessário!
Apesar de tudo isso nos mostra um ritual interessante sobre os preparativos para a morte. Não sei se indico. Não sei... Sempre acho que o melhor é ter a própria opinião a respeito dessas produções. E gosto, sabe-se como é.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Esses amigos... (texto)

Tem sido fundamental, nesses dias aqui no Rio, para que eu tenha um pouco de equilíbrio, os meus amigos, esses que têm me acompanhado, literalmente, no dia a dia junto de minha mãe e meu pai(drasto). Os e-mails que tenho recebido sobre orações, sobre pensamentos positivos, sobre amizade, força espitirual, nas ligações que recebo, nos papos descontraídos que tentam me tirar da preocupação, da angústia em lidar sem nenhuma experiência com a dor de Helô.
Hoje vi nos olhos do meu pai(drato) o seu sofrimento e tb a sua falta de experiência para saber como fazer da melhor forma e aliviar o peso de estarmos doentes, tristes, angustiados, sem saber direito como serão os próximos dias.
E como não há um manual que nos ensine como temos que agir, vamos, na medida do possível, e dando um passo de cada vez, experimentando, claro que sempre com o auxílio de profissionais, os novos acontecimentos.
Obrigado mesmo a todos pelo carinho e pelas orações, pela palavras de afeto e força. Tudo isso faz muita diferença.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Fazenda (texto)

Bem que eu poderia estar me referindo a "qualquer pano ou tecido" (um dos sentidos do verbete Fazenda - substantivo feminino - no dicionário Houaiss), mas não é bem isso. Refiro-me a um, digamos, programa exibido pela Rede Record. Programação de entretenimento (sic) que ao vivo nos permite acompanhar a vida interessante de (preciso respirar para poder escrever o que vou registrar agora) artistas (???!!!).
Sei que gosto não se discute. Sei tb que hierarquia de gosto é bobagem: cada um gosta do que pode, mas não consigo não registrar isso aqui. Quando a gente acha que o Big Brother (e toda a cambada que faz parte dessa bobagem) é o representante máximo do mal gosto, surge A FAZENDA (cheia de rostinhos conhecidos, além, é claro de cavalos, porcos e galinhas etc.).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Questões de subjetividade (texto)

A Parada Gay em São Paulo é um momento de afirmação da homossexualidade. Concordem ou não, participem ou não, é o maior evento em torno da visibilidade da comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trangêneros (LGBT). No entando, a grande mídia se dedicou às questões como o aumento nas vendas no comércio, lotação de hotéis, a quantidade de pessoas nas ruas, e, sobretudo, à violência.
Existe uma escancarada e significativa negligência da grande imprensa em abordar as questões subjetivas das sexualidades. O discurso heterocêntrico não deixa espaço para as diferenças de gênero. Em termos de violência, essa última Parada, foi uma das mais tranquilas, segundo a polícia militar.
Mas se ela, a impensa oficial, dá tanto destaque à violência, por que não a usa para discutir, por exemplo, a homofobia? A criminalização da homofobia é um fato que não é tangenciado pelos meios oficiais de comunicação. Por que não se discute o que está por trás das agressões, as suas motivações, ou ainda, a consequência disso nas pessoas vítimas dessa violência? E tb como e por que essa situação se naturaliza e se instala nos agressores?
Precisamos que as pautas jornalísticas pensem que a Parada não é apenas festa ou um momento turístico para a cidade de São Paulo, mas um momento para se pensar a sexualidade em todas as suas manifestações.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...