ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Todas as Cartas de Amor são Ridículas (poesia)
Faz muito tempo não recebo uma carta. Dessas que chegam pelo correio tradicional. Acho que a última carta que recebi foi quando voltei ao Rio para estudar (2002) e uma amiga de Marechal Cândido Rondon (Bea) me escreveu. Foi uma felicidade enorme. Fiquei ali com aquela carta por horas sem abri-la. Fiquei aproveitando todos os minutos com ela na mão sem saber do que se tratava. Li aos poucos, de-va-ga-ri-nho, palavra por palavra para saborear cada escolha.
Antes dessa só mesmo a minha mãe me mandava cartas. Pelo menos uma por semana. As vezes eram 3. Todas elas transbordando de saudade. Era um momento especial, recebê-las cheias de notícias. Sinto saudades dessas correspondências. Não sei aonde foram parar. Um tesouro perdido, talvez, pra sempre.
Cartas de amor, nem se fale! Não me lembro de nenhuma. Acho que as cartas de amor na minha adolescência já eram ridículas. Lembro-me de tê-las escrito algum dia, mas não me lembro o remetente. Devia ter guardado alguma delas para agora poder reler, mas não guardamos cópias de cartas enviadas...que pena!!
Antes dessa só mesmo a minha mãe me mandava cartas. Pelo menos uma por semana. As vezes eram 3. Todas elas transbordando de saudade. Era um momento especial, recebê-las cheias de notícias. Sinto saudades dessas correspondências. Não sei aonde foram parar. Um tesouro perdido, talvez, pra sempre.
Cartas de amor, nem se fale! Não me lembro de nenhuma. Acho que as cartas de amor na minha adolescência já eram ridículas. Lembro-me de tê-las escrito algum dia, mas não me lembro o remetente. Devia ter guardado alguma delas para agora poder reler, mas não guardamos cópias de cartas enviadas...que pena!!
Todas as cartas de amor são Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje as minhas memórias
Dessas cartas de amor é que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje as minhas memórias
Dessas cartas de amor é que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Relações sem relação (texto)
Algumas relações insistem em permanecer na superficialidade. Talvez porque as pessoas permaneçam sempre na parte mais rasa, impedindo, portanto, qualquer que seja o aprofundamento. Ouço alguns que conferem ao mundo contemporânero a produção desse tipo de (des)encontros. Discordo. Nem ao mundo lá fora nem ao homem subordinado a ele. Talvez, é no que acredito, seja mais fácil o por cima, mais prático, menos propício ao embate. Tudo precisa ser imediato (como se fosse possível) e quando não é (o caso de conhecer o outro), não tem vez. O prozac está aí para comprovar isso. Mas como tudo tem pelo menos dois lados, os que "optam" por essas (des)relações tb não usufruem do que é o mais bacana: reconhecer-se.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Nomeado por Ato Secreto afirma que o Senado deveria se orgulhar de tê-lo como funcionário (texto)
O Público e o Privado se confudem na cabeça da Famiglia Sarney. Namorado da neta do Sir Ney declarou-se hoje ao Gl ser um excelente funcionário, ter qualificação mais do que suficiente para ocupar o cargo que ocupa e que por isso o Senado deveria ogulhar-se (sic) de tê-lo como funcionário.
Henrique Dias Bernardes, este é o nome do funcionário por quem devemos nos orgulhar, disse tb que não sabia que a sua nomeação tinha sido encaminhada por meio dos atos secretos. Além disso declarou-se competente, eficiente e que desempenha a sua função de forma muito profissional. O que ele não sabe é que a sua competência pouco importa numa situação dessas porque o Senado não é uma empresa particular da Famiglia Sir Ney e por isso a sua nomeação não seria mais legal pelo fato dele ter ou não formação para o cargo que ocupa.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Se nos E.U.A negros continuam sendo tratados como suspeitos , imagine aqui? (texto)
Um caso, não raro aqui no Brasil, que nos E.U.A provocou certa comoção social me chamou atenção hoje durante a sua veiculação no jornal da TV. Um professor negro ao chegar de viagem e não conseguir abrir a porta de sua casa, por conta de uma chave emperrada, foi denunciado por uma vizinha como se estivesse tentando roubar a tal casa. Segundo a reportagem, o professor, da mais importante universidade dos Estados Unidos - Harvard University, tentou explicar aos policiais o que havia acontecido. Mostrou aos agentes os seus documentos e tb a carteira de professor do Instituto no qual trabalhava, não adiantou. Foi preso, fotografado, fichado.
Segundo Obama, presidente dos E.U.A., negros e latinos continuam sendo tratados na América do Norte como cidadão de segunda classe. Suspeitos acima de qualquer investigação. Se isso acontece lá, imagine o que não acontece aqui sem que os jornais veiculem(?): as minorias, todas elas, sem exceção, são tratadas como cidadãos sem classe. Apanham, são presos, são algemados, violentados sem que isso cause quaisquer comoções. Ou pelo menos, tanta comoção.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Mãe (música)
Palavras, calas nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão Que dor no coração
Cidades, mares, povo rio
Ninguém me tem amor
Cigarras, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais, nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E, só porque não estais
És para mim e nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão Que dor no coração
Cidades, mares, povo rio
Ninguém me tem amor
Cigarras, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais, nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E, só porque não estais
És para mim e nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
"Sempre pode piorar" ou "Se mexer, fede". (texto)
E quando a gente acha que tudo está traquilo, que nada mais tem para ser descoberto, eis que uma sequência de diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial, durante a Operação Boi Barrica, e divulgados na edição desta quarta-feira (22) do jornal O Estado de S.Paulo, revela a nomeação de cargos pela família Sarney no Senado e liga o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores concedidos por meio de atos secretos.
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