quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Campanha para desestabilizar-me" (texto)

Sarney diz que não vai deixar presidência do Senado, afirma tb que as denúncias são campanha para tentar desestabilizá-lo. Ele negou envolvimento com desvio de recursos e atos ilícitos, nesta quarta-feira (5) em pronunciamento no plenário da Casa.
Ele afirmou que continuará no cargo porque foi eleito para presidir a Casa e que nenhum senador poderá ordenar que saia.

“Permaneço pelo Senado, para que saiba que me fez presidente para cumprir meu mandato.”

Disse estar tomando todas as medidas administrativas necessárias para melhorar o funcionamento da Casa “Avaliei que as críticas que me fizeram eram só rescaldo da eleição, mas eram mais profundas, faziam parte de um projeto político e de uma campanha para desestabilizar-me”, disse Sarney.

“Hoje não se fala mais em crise administrativa do Senado, ela sumiu. Toda a mídia e alguns senadores a atribuem a mim. Não dizem o que fiz de errado ou porque devo receber punição”, disse Sarney.

Ele destacou seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse que seu maior compromisso é com a Casa. “Tenho posição política de apoio ao presidente Lula. Meu dever é para com o Senado."

Sarney destacou ter sido sempre um homem “pacífico” e elencou fatos de sua biografia. Ele mencionou seu protesto contra a cassação de deputados durante a ditadura militar e contra o Ato Institucional 5 (AI-5), que restringiu liberdades.

Sobre as acusações feitas contra ele no Conselho de Ética, Sarney destacou que todas são baseadas em "denúncias de jornal". Ele nega que qualquer uma delas comprove fato ilícito.

“Nunca meu nome foi envolvido em qualquer escândalo. Agora as acusações que me foram feitas nas diversas representações ao Conselho de Ética nenhuma coisa se refere a dinheiro ou atos ilícitos ou coisas com dinheiro público. São coisas que nao representam nenhum desvio ético. São coisas menores, que podem ser jogadas e manipuladas.”
O plenário está completamente ocupado pelos senadores. Os senadores acompanham atentamente, em silêncio, cada palavra de Sarney. Nos telões espalhados pelo Senado, servidores e visitantes do Congresso formam rodas para ouvir o discurso do presidente da Casa.

Atos secretos:
Sobre os atos secretos, o presidente do Senado negou ter responsabilidade direta pela não publicação e apresentou uma planilha com os números detalhados sobre os boletins secretos em cada presidência. "Ninguém aqui sabia ou podia pensar que aqui existia ato secreto", disse.

De acordo com o levantamento de Sarney, na administração Renan Calheiros (PMDB-AL) foram editados 229 boletins não publicados. Sob a presidência de Garibaldi Alves (PMDB-RN) foram 106 boletins que não ganharam publicidade. Sarney é o terceiro da lista, com 34 boletins não publicados, somando suas duas gestões anteriores. Na sequência aparecem Ramez Tebet (19), Antonio Carlos Magalhães (11), Tião Viana (9) e Edison Lobão (3).

Parentes:
Ele afirmou ainda nunca ter contratado nenhum parente para sua assessoria e procurou rebater todas as denúncias sobre seus parentes no Senado. “Nunca chamei parentes para minha assessoria”.

Ele admitiu apenas a contratação de uma sobrinha que atuou no gabinete de Delcídio Amaral (PT-MS). Sarney justificou dizendo que o marido de sua sobrinha tinha sido transferida para o Mato Grosso do Sul. Sobre o neto acusado de usar o prestígio da família para intermediar contratos de crédito consignado com a Casa, Sarney negou a acusação. Ele apresentou um ofício do diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, dizendo que o neto do presidente do Senado nunca foi funcionário da Casa nem negociou qualquer contrato com a Casa.
Em relação à Fundação José Sarney, o presidente do Senado apresentou documentos mostrando ter delegado as tarefas administrativas a terceira. Ele nega participação em qualquer suposta irregularidade que possa ter sido cometida.
O presidente da Casa criticou também a divulgação de gravações que mostraram sua interferência na contratação do suposto namorado da sua neta, que foi nomeado por ato secreto. “É uma ilegalidade, uma brutalidade, que hoje é comigo e amanhã pode ser com qualquer um dos senhores senadores”.
Ele destaca que não há qualquer declaração na gravação de que o ato seria secreto, mas admite que atendeu ao pedido da neta de arranjar emprego para o suposto namorado. “Não há nelas qualquer palavra minha de nomeação por ato secreto. Claro que não existe pedido de uma neta que, se pudermos ajudar legalmente, deixaríamos de ajudá-la”. Gravação e documentos Sarney afirmou ainda ter sido fraudada uma outra gravação que mostraria o empreiteiro Zuleido Veras, acusado de envolvimento em irrgularidades em licitações de obras públicas, dizendo que iria para a casa do presidente do Senado. Ele apresentou um laudo do perito Ricardo Molina dizendo que foi incluída a palavra “Sarney” no meio de uma frase e que a voz não seria de Veras.
Acusou ainda jornalistas de terem roubado documentos de um agricultor para quem vendeu uma fazenda. Negou também qualquer irregularidade neste negócio.

Assim, com estes métodos, não está se desejando melhorar, nem se pensando no Senado. Estão em uma campanha pessoal contra mim”, disse Sarney.

No encerramento do seu pronunciamento, fez um apelo aos opositores para que a “paz” seja restaurada na Casa. “Que a paz seja restaurada nesta Casa, que o ódio e a paixão política não nos faça perder a razão”.

Para concluir, Sarney pediu um "julgamento justo". “Este cargo não me acrescenta nada, se não agruras, injustiças, decepção e trabalho, mas minha certeza é que nada fiz de errado e minha crença que as senhoras e os senhores são justos e que a convivência faz conhecer uns aos outros e me faz ter a certeza de que serei julgado com justiça.”

terça-feira, 4 de agosto de 2009

ERA UMA VEZ (texto)

SARNEY ESTÁ APOSTANDO NO CANSAÇO! ELES (A SUA QUADRILHA - REFIRO-ME A QUADRA DE ALIADOS) ESTÃO ESPERANDO APENAS QUE A IMPRENSA SE CANSE, QUE A OPINIÃO PÚBLICA (SE É QUE EXISTE) TB SE CANSE E PRONTO. ERA UMA VEZ...

Espelho, espelho meu (texto)

O presidente Luiz Inácio Lula a Silva se reuniu na noite desta terça-feira (4) com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para tratar da crise do Senado. Temer, que também é presidente licenciado do PMDB, disse que a conversa serviu para tratar de temas relacionados à Câmara e ao Senado. O encontro não estava na agenda de Lula.
“A cada 30 dias o presidente me chama para nós conversarmos sobre questões relacionadas ao Congresso e à política. Conversamos também sobre a crise do Senado”, disse o peemedebista ao sair do encontro.
Segundo Temer, Sarney não vai renunciar à presidência do Senado. “[Ele] não renuncia.” O presidente da Câmara disse que o presidente Lula voltou a defender que o Senado resolva a crise com suas próprias forças. “O presidente continua muito empenhado no sentido de que o Senado resolva a questão por conta própria. Evidente que demonstrou todo apreço pelo presidente Sarney”, afirmou. Antes de Temer, Lula também teve uma reunião fora da agenda com o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Collor saiu da reunião sem dar declarações.
Ao chegar no Senado, Collor seguiu diretamente para o gabinete do líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nenhum dos dois deu declarações à imprensa.
Na segunda-feira (3), Collor e Calheiros protagonizaram um bate-boca com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que pedia a renúncia de Sarney, seu colega de partido. Nesta terça, Simon pediu esclarecimentos à Mesa Diretora do Senado sobre o comportamento de Collor.
Nos últimos dias, Lula e integrantes de seu gabinete pessoal tem intensificado os contatos com senadores da base aliada para tentar encontrar uma solução para a crise no Senado. Na segunda-feira, o chefe de gabinete do presidente se reuniu com o líder do PT no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), e a líder do governo no Congresso, senador Ideli Salvatti (PT-SC).
Nesta terça, Mercadante afirmou que o PT continua defendendo a licença de Sarney da presidência do Senado, mas disse que não tem compromisso com a iniciativa dos partidos que se opõem à Sarney de pedir a renúncia do senador. "Não tenho compromisso com essa iniciativa. A posição do PSDB não é de licença, é de renúncia, manifestada em plenário", disse Mercadante por meio de sua assessoria.


Gripe Sarney (texto)

Um grupo de manifestantes usando máscaras ocupou as galerias do plenário nesta terça-feira (4) para pedir a renúncia do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). A sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos, até que a situação foi controlada.
Os seguranças agiram com rapidez, confiscaram uma faixa que dizia 'Fora, Sarney!' e retiraram os manifestantes do plenário. Sarney chegou 15 minutos depois da saída dos manifestantes .

SEM NADO (e não estou falando do Cielo) (texto)

Deu na Globo.com: O presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira (4) já ter tomado uma decisão sobre as acusações contra José Sarney (PMDB-AP). “Já está tudo decidido, está apenas em segredo. (...) Eu estou cumprindo um dever cívico, sem medo de nada. Estou preparado para tudo”, disse.
Cabe a Duque decidir pelo arquivamento imediato dos pedidos de investigação contra Sarney ou pela nomeação de um relator para analisá-los. Ele deverá anunciar sua decisão na reunião desta quarta-feira (5) do colegiado. O Conselho de Ética tem 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa.
Duque minimizou o poder que tem sobre o destino de Sarney. Ele destacou que caberá recurso ao plenário do Conselho qualquer que seja sua decisão. “Se eu arquivar ou não isso não será definitivo porque cabe recurso”.
Ele negou que tenha recebido qualquer pressão para tomar sua posição. Duque foi indicado para o cargo de presidente do conselho pelo grupo do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), ALIADO de Sarney.
Na segunda-feira, Renan chegou a bater boca em plenário com o senador Pedro Simon (PMDB-RS) quando este pedia a saída do presidente da Casa da função. Assessores de Sarney anunciaram no fim da manhã que ele faria um pronunciamento ainda nesta terça-feira. Mas acabou sendo adiado para a quarta, mesmo dia da reunião do Conselho de Ética.

Simpatia é quase amor (texto)

É interessante como descobrimos num encontro com um desconhecido uma simpatia sem explicação. Hoje, no final da tarde, um senhor venho até a minha casa para um orçamento (preciso de uma tomada para um aparelho de ar-condicionado). Ele tinha um sorriso tão contagiante, uma simpatia tranbordante, uma honestidade nos olhos que me encantaram. Ficamos conversando durante o tempo dele medir o meu apartamento para saber a quantidade de fios que iria usar nessa instalação, foi tempo suficiente para saber que não se precisa muito para amizade.
Gosto de gente com sorriso aberto! Com brilho nos olhos. Porque isso é afinidade.

domingo, 2 de agosto de 2009

Dentro e fora (texto)

Porque buscamos sempre do lado de fora Deus, Verdade, Tranquilidade, Felicidade, não os escontramos.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...