O Carrefour afastou a empresa que fazia a segurança e prestava serviços em lojas da rede de supermercados após denúncia de que um homem negro foi agredido. O agressor seria um funcionário da empresa terceirizada.
Por meio de nota, o Carrefour informou que o gerente do supermercado também foi afastado. Assim que o caso veio à tona, o suposto agressor já havia sido demitido. O inquérito foi aberto no 5º Distrito Policial da cidade.
Nos próximos dias, o advogado da vítima, Dojival Vieira, pretende entrar com uma ação de indenização por danos morais contra o supermercado e o Estado. “Esse caso é emblemático e precisa ser punido com vigor para que outras situações de discriminação racial não venham a ocorrer.”
O Carrefour afirmou que acompanha a investigação policial e espera "o máximo rigor na apuração dos fatos".
Segundo ele, cinco homens, que não vestiam uniformes, o levaram até um quartinho onde o espancaram. “Eles falaram que eu ia roubar o EcoSport e a moto. Quando disse que o carro era meu, batiam mais.”
Quando três policiais militares chegaram ao local, Santana explicou que seus documentos estavam no carro. “Eles riam e diziam: ‘Sua cara não nega. Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia’.” De tanto insistir, foram até o automóvel, onde sua família o esperava. Após conferir a documentação, os policiais foram embora. “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”, diz ele.