sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Depois da chuva (texto)

Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir

Sou explosivo. Pavio curto. Sei que tenho qualidades. Sei tb que elas, às vezes, ficam num segundo plano por conta dessa forma como me comporto. Por outro lado, como NUNCA me meto onde não sou chamado (e mesmo se sou chamado, penso muito antes de me intrometer - além disso, tenho pouco tempo para a vida dos outros), fico esperando que façam o mesmo em relação a mim.
Se eu me expuser aqui e isso ofender a alguém, façamos o mesmo como faríamos com os programas de TV indesejáveis, apertemos o controle remoto em outro canal e pronto. Num clique estaremos numa outra página, num outro programa.

Público e privado (texto)

Escrevo aqui o que sinto e tenho vontade, com alguma censura (é verdade), mas sempre o que sinto. Nada postado aqui tem outra intenção que não seja a de me expressar através desses sentimentos. Ainda que para algumas pessoas seja uma exposição (e eu tb acho vezinquando isso) desnecessária, escolho sempre postar como ando me sentindo.
Da mesma forma que não censuro nenhum comentário, venha ele de onde vier, seja ele do jeito que for, gostaria que esses meus sentimentos tb fossem respeitados. Afinal, um blog, ainda que o acesso seja público, é tb particular.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Da Série Contos Mínimos (texto)

Nem bem amanhaceu, ela já estava de pé. Coração na boca. Pernas inseguras. Mãos trêmulas. Que mãe não ficaria assim com a chegada do filho, depois de tantos anos?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Caras & Bocas (texto)

Postei aqui, não me lembro exatamente quando, um pequeno texto metendo o pau na novela Caras & Bocas, exibida pela Rede Globo, às 19 horas (mais ou menos). Naquele texto, eu escrevi , entre outras coisas, que o nome da novela não tinha nada de inovador e que fazia referência a outros títulos de novelas (tais como Transas & Caretas, Plumas & Paetês etc.). Lembro-me apenas que fiz uma única ressalva ao texto de Walcir Carrasco (novelista) em relação à trama das 19h: um núcleo cômico, a família da Laís (Fernanda Machado), no entanto, preciso agora refazer algumas considerações (é claro que continuo achando insuportável a historinha sem graça entre os protagonistas, sempre o mesmo leo-lero de sempre, para, nos últimos capítulos, acabar tudo bem. A mesma novela de sempre, a mesma traminha óbvia e sem sal):
1) É uma novela bastante divertida, com vários núcleos cômicos. Cada núcleo explora, ao seu modo, assuntos diversos: ainda que o tom seja de comédia, discutem-se diversos tipos de preconceitos: sexual, racial, religioso, estético e ético;
2) Tem um macaco como um dos personagens centrais. Ele além de pintor, fotografa e desvenda, com as essas fotografias, várias situações (inovador);
3) Ivonete (Suzana Pires) é uma grande revelação (desculpem-se se ela era conhecida). Além de linda é divertidíssima, os seus jargões ("Não me absorva!", "Tô virada no cão" e "Sou toda trabalhada...") já caíram na graça de muita gente;
4) Ainda que o personagem seja pequeno, não dá para esquecê-lo: Mercedes (Neusa Maria Faro) com o tempo da comédia, transforma pequenos diálogos com as suas caras e bocas.
Eu poderia ainda destacar alguns outros personagens (Cássio, Judith, Adenor, Fabiano, Bianca, Felipe, Lili = Marco Pigossi, Deborah Evelyn, Otaviano Costa, Fábio Lago, Isabelle Drummond, Miguel Rômulo, Maria Clara Gueiros), mas seriam tantos os destaques que o texto não acabaria.
O importante é que a novela (apesar dessa espichada desnecessária) é divertida.

Cicatrizes (música)

Aonde foi que eu perdi o teu sorriso
E trouxe pros meus dias a saudade
Um mal secreto lentamente invade
O que se transformou em armadilha

O que será que eu posso mais não faço?
E deixo me morrer em agonia
Repouso no teu colo meu cansaço
E crio nas tuas mãos a fantasia
E essa dor antiga não estanca
Por que é que nunca sara essa ferida
Se a porta desse quarto não se tranca
Por que é que sempre foge a saída ?
(Solange Böeke)

Saudades (texto)

Saudades da minha mãe: saudades de poder ligar apenas para um oi. Já estaríamos planejando o natal desse ano. Êta vida!

Da série Contos Mínimos (texto)

Olhava através da janela, concentrava-se nos passos dados no corredor, esperava anciosamente que o telefone tocasse. Nenhum sinal. Ela não voltaria.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...